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sábado, 24 de setembro de 2011

ESTUDAR CIENTIFICAMENTE A BÍBLIA NÃO É PECADO

      Imagem extraída do Google Image
Prof. Leonardo Miranda
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Abordar a Bíblia como livro histórico e como literatura nem sempre é bem visto aos olhos de todos os cristãos. Muitos têm receios religiosos em examinar as Escrituras cientificamente, isto é, através das técnicas da bibliologia, que por sua vez, objetiva descobrir, observar, investigar e conhecer a história do livro, a sua origem, a sua evolução, a sua produção, a sua publicação, a sua conservação e restauração das cópias, e a organização dos textos no decorrer da produção da Bíblia. Mas, se refletirmos bem, veremos que a oposição ao estudo científico se dá por dois motivos básicos.

Um é o de que esse tipo de estudo é uma tentativa de conduzir as pessoas a desacreditar no valor religioso da Bíblia. Todavia, esse tipo de influência não vem da crítica literária; ao contrário, a crítica literária é na verdade uma ferramenta muito importante para a biliologia, principalmente porque confirma o que já é aceito por fé: que a Bíblia não é ficção, é um livro histórico e ao mesmo tempo palavra revelada de Deus para o ser humano. De fato, quem tenta negligenciar essa verdade não são os críticos literários e nem os biblistas, e, sim, os eruditos com tendências seculares e liberais.

O outro motivo para a oposição ao estudo científico das Escrituras, diretamente ligado ao primeiro, é o receio de que esse tratamento científico da Bíblia anule a autoridade divina que os cristãos associam à ela. Pela razão de a Bíblia ser vista como um livro especial, algumas pessoas argumentam que avaliá-la do ponto de vista histórico e literário significa encará-la como um livro comum. Então, sob essa lógica a Bíblia não poderia ser estudada com as ferramentas habituais da linguística, da gramática, e nem da história.

Mas, o problema desse argumento é que ele é insustentável por si só. Repare: quando alguém, seja leigo ou teólogo, estuda em casa, na escola bíblica ou no seminário  disciplinas como “métodos de estudo da Bíblia”, hermenêutica, línguas bíblicas ou exegese, este alguém já está usando de ferramentas científico-teológicas no estudo da Bíblia. Por isso, o fato de que a Bíblia é um livro diferente dos demais por possuir uma essência espiritual no conteúdo, não significa que seja diferente nos demais aspectos de sua composição como os materiais usados para a produção dos textos. Mesmo um exame superficial da Bíblia mostra que seus autores usaram língua e gramática comuns, respectivas da época, e que os relatos contém história.

Desse modo, abordar a Bíblia como livro, como material cultural historicamente situado em determinado tempo e lugar e até como literatura, isto é, abordá-la cientificamente não significa que a fé tem que ser deixada de lado, não significa que o biblista considere a Bíblia como livro comum, e muito menos que os teólogos e leigos devem lê-la hoje com olhar de descrédito. Antes, uma investigaçãso científica como a que é proposta pela bibliologia serve para indicar quais os pontos em que a Bíblia é igual às antigas literaturas e quais os pontos em que ela é diferente, confirmando que essa diferença se dá por ser a Bíblia a palavra de Deus. Por isso, estudar cientificamente a Bíblia não é pecado!

Pense nisto! 

sábado, 17 de setembro de 2011

QUANDO OS SACERDOTES TOCAM AS TROMBETAS










Imagem extraída do Google Images                                                               
Prof Paulo Rogério da Cunha
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Há muitas lições simples para nós na história das atitudes de Deus para com Israel nos tempos passados. Em Números, capítulo 10, Moisés recebeu instruções sobre o tocar das trombetas. Era importante que não produzissem “um som inadequado, incerto.” Havia quatro usos distintos para o seu toque. Dois deles era a voz de Deus para o povo e dois eram a vos do povo a Deus.

Primeiro: um toque com ambas as trombetas reunia as tribos à porta do tabernáculo. Havia ocasiões quando precisavam vir perante o Senhor para receber instruções. Um toque com uma única trombeta era sinal para os príncipes das tribos se ajuntarem. Sem dúvida, receberiam um recado de Moisés para levar de volta para o povo. Nós também precisamos esperar perante Ele para ouvir Sua voz.

Segundo: eles poderiam tocar “um alarme” como ordem para iniciar a sua viagem. A direção seria indicada para eles pela nuvem. Assim, precisavam caminhar conforme a ordem dada pelo Senhor a Moisés. Nós também precisamos estar atentos à Sua voz para nos guiar pelo caminho e, quando agimos, dever ser debaixo da vontade de Deus e “com decência e ordem”, como citado pelo apóstolo Paulo, não se esquecendo que neste caminho de peregrino aqui na terra sempre devemos estar em conformidade com a Sua Palavra.

A terceira ocasião do uso das trombetas era para a guerra. Quando se emprenhavam em batalha contra um inimigo que os oprimia, o som da trombeta seria ouvido do Céu. A promessa era que seriam libertados. Assim, era um reconhecimento de que estavam dependentes do Senhor e de que precisavam do Seu auxílio. Quantas vezes temos pelejado mais do que o necessário antes de “tocar a trombeta” e pedir a Sua ajuda!

Finalmente, nos dias de festas e quando traziam os seus sacrifícios, as trombetas eram tocadas como memorial para eles perante o Senhor. E assim as trombetas soavam quando adoravam, pedindo a Deus para ouvir e aceitar as suas ofertas. Seria bom se fôssemos achados perante Ele frequentemente nesse sentido.

As maneiras de tocar as trombetas nos indicam que existe apenas um Deus, mas, diversas formas de ouvi-lo. A igreja de hoje deve estar atenta com qual forma Deus quer falar com ela. Não existe uma forma apenas, idolatrar, santificar, afirmar que Deus só age desta ou daquela forma, no mínimo é falta de intimidade com Ele, para não dizer, que é doutrina humana para atender aos seus propósitos materiais. Leitor, atente para isso. Ouça os “SONS” das trombetas, pois eles são a voz de Deus para você, e questione quando este som aparece sempre da mesma forma dentro do seu meio evangélico. Reflita sobre o escrito e Números 10.

Soli Deo Gloria.

sábado, 3 de setembro de 2011

A SÍNDROME DE ADÃO NAS IGREJAS EVANGÉLICAS

     Imagem extraída do Google Image


Pr. Márcio Leão
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Imagino o quanto deve ter sido difícil para Adão após a queda, o peso da culpa martirizando sua consciência e já declarando sua sentença: Digno de morte! É fácil perceber seu desespero quando ouve a voz de Deus pelo jardim: - Adão onde estás? E pobre homem em uma atitude desesperadora pega sua mulher e tenta se esconder de Deus entre as árvores. Posso imaginar seu coração quase saindo pela boca, pernas trêmulas, como uma criança que faz arte e sabe que o pai descobriu, então ela se encolhe no canto da casa, se esconde debaixo da cama com as mãozinhas sobre a boca imaginando coisas terríveis que seu pai poderá lhe fazer.

Nesta hora, um dos momentos mais sombrios, passava no pensamento do homem: “O que vou dizer a Ele? Qual será a minha justificativa diante do meu erro?” E ao ser interpelado por Deus, mais que depressa Adão aponta seu dedo sem piedade para sua esposa e diz: “A mulher que tu me deste por companheira, ela me deu da árvore e eu comi”.

Abusando um pouco do texto de Gênesis no relato da tentativa da justificativa do homem perante Deus, o que Adão quis dizer? “Essa mulher não presta!” ou talvez: “Olha Deus o Senhor não me deu uma boa esposa!”. Certo é que em nenhum momento vamos encontrar Adão dizendo que ele ignorou a ordem de Deus e ciente do perigo comeu do fruto.

Como pastor, percebo o quanto essa Síndrome de Adão é tão presente na vida das pessoas e em seus relacionamentos, a dificuldade de reconhecer a sua parte de culpa, sua responsabilidade naquilo que talvez não esteja dando certo. Vejo que essa síndrome tem afetado, principalmente, três áreas dentro das igrejas: Na fé, na pregação e no louvor.

1.- Síndrome de Adão na fé: Hoje em dia é muito comum líderes fazerem o uso da palavra com inúmeros exemplos bíblicos para falarem de fé com o intuito de instigar a mesma no coração das pessoas e as levarem a crer na conquista futura. Esse é um dos pontos comuns na teologia da prosperidade, onde pregadores convencem as pessoas até mesmo fazerem ofertas abusivas na certeza de que a retribuição de Deus é certa. Mas, e quando as pessoas se lançam no “mundo da ilusão” deste tipo de fé dando quase todo o seu sustento confiante na promessa do pregador e aquilo que elas esperavam não acontece? Qual justificativa é dada a elas? É simples, como é de costume desses “Adãos” da teologia da prosperidade: “É porque você não teve fé” e se esqueceu que no dia em que ele pregava o mesmo não colocou essa condição de fé para seus ouvintes, mas sim o de ofertar como atitude suficiente para que Deus fizesse algo.

2.- Síndrome de Adão na Pregação: Estamos vivendo um tempo dentro das igrejas que realmente percebe-se um desinteresse de muitas pessoas em ouvir a palavra, principalmente se o sermão, no culto, não for ao encontro das necessidades dessas pessoas (mas, por outro lado temos que admitir que certos sermões ouvimos pela misericórdia de Deus, porque na verdade não passam de “pregações espadas”: longas e chatas). Homens despreparados sem sabedoria alguma tomam nosso tempo nos púlpitos das igrejas pregando um tanto de baboseira e como se não bastasse você ainda é obrigado a dar “glória a Deus” porque se não, caso contrário, você é um crente frio que não gosta da palavra, e para provar a nossa fé ainda dizem: “Deus me deu uma palavra para essa noite!”. Me desculpem, mas para mim o que Deus deu está na bíblia o que passa disso é pura interpretação nossa. Algumas contamos com a iluminação do Espírito Santo, outras não passam de intuição humana.

3.- Síndrome de Adão no Louvor: É lamentável mas os louvores de nossas igrejas inevitavelmente se tornaram narcisistas, somos adoradores de nós mesmos, “olha pra mim..., vou viver uma virada..., Deus é fiel para cumprir..., toma posse da vitória...” enfim, tudo isso nos leva a adorar a nós mesmos e “fazermos” de Deus uma fonte que devemos sugar até a última gota para saciar nossos desejos. É também interessante a maneira que muitas vezes nos comportamos no período do louvor em nossas igrejas, o “grupo santo” se posiciona no altar, faz a oração para o céu se abrir e começa então o louvorzão, mas de repente parece que algo está travando, impedindo que o louvor chegue “aos céus” ai o que acontece? Os amados “levitas” chamam a igreja para a responsabilidade com conclamações tais como: “feche teus olhos, abra teu coração pra Jesus, esquece teus problemas, não olhe para quem está do seu lado”, e tudo em uma tentativa de buscar resposta para que a coisa possa fluir. Algumas semanas atrás fui convidado pára a festividade de uma igreja, e durante as apresentações um grupo de senhoras se posicionou para cantar alguns hinos, naquele momento o cd não queria tocar, as irmãs erraram a letra do hino, e o que aconteceu? Claro! Um convite da líder do grupo: “Vamos orar porque o diabo não está satisfeito”. Que lástima! Em vez de reconhecer que o cd é de péssima qualidade e que na verdade as irmãs não ensaiaram para cantar o hino é mais fácil acusar o diabo, que por sua vez não manifestou ali para falar que era inocente, afinal de contas pensar que isso era uma ação dele dava ao mesmo respeito.

Não há muito que se possa esperar, na verdade estamos como Adão: encurralados, aflitos, trêmulos, e queremos arranjar uma boa desculpa para justificar os nossos erros, é mais fácil dizer que a culpa é do pastor que não me visitou, do irmão que deixou de me cumprimentar, de alguém que deixou de me ajudar do que reconhecer o meu próprio erro. Talvez esteja faltando em nós a mesma atitude de Jó no dia da sua provação, que é: não acusar alguém! Talvez esteja faltando em nós a mesma atitude de Josué quando se vê derrotado diante do povo de Ai em vez de culpar seus inimigos se humilhou diante de Deus para buscar respostas por causa da derrota sofrida, ou quem sabe fazer como Davi que após o pecado de adultério descoberto pelo profeta Natã não tentou se justificar mas se declarou culpado perante Deus.

A culpa não é a falta de fé! Igualmente devemos compreender que há um propósito de Deus para nós e precisamos levar isto a sério: “porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade. (Fl 2:13)”. Não é literalmente as pessoas que não querem ouvir a pregação, mas de fato o despreparo e a falta do que falar, não é o diabo que está furioso em cima do telhado da igreja para não deixar o louvor subir, mas sim canções que não expressam adoração alguma para Deus.

Que cada um de nós, antes de apontar nosso dedo de acusador correndo o risco até mesmo de acusar injustamente as pessoas que estão próximas de nós, olhemos a partir de nós mesmos: “Onde errei? O que fiz para que isso acontecesse? O que posso fazer ou mudar para rever o dano causado?”. Agindo assim amadureceremos e certamente teremos a oportunidade de aprendermos com os nossos próprios erros.