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terça-feira, 21 de maio de 2013

A SIMPLICIDADE DA VIDA CRISTÃ E A COMPLEXIDADE DO IMAGINÁRIO CRISTÃO

Imagem extraída do Google Image
Prof. Leonardo Miranda
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A leitura do Evangelho nos mostra o quanto a vida cristã é simples. Em síntese, basicamente, Jesus encarna, dá início ao seu ministério, ensina sobre o Reino de Deus e denuncia a natureza pecaminosa que em nós opera nos impedindo de ter comunhão com Deus. Então demonstra que não podemos herdar este Reino por condições naturais ou por nosso próprio esforço e, finalmente, apresenta a solução: morre em nosso lugar. A sequencia da ação salvífica de Deus se revela a história quando, a partir do segundo século, a Igreja desenvolve a ortodoxia cristã que é a sistematização dos ensinamentos de Jesus dados por Ele mesmo ou pelos apóstolos.

Já o imaginário cristão é complexo devido a todos os ensinamentos distorcidos decorrentes das múltiplas interpretações da mesma bíblia sagrada. Imaginário aqui é entendido como o conjunto de usos e costumes culturais específicos que são confundidos com doutrina bíblica.

De modo geral o imaginário é medonho, aterrorizante, anti-bíblico, escravizador, confuso e tende a somente nos afastar cada vez mais do Deus da Bíblia e nos aproximar cada vez mais do deus do legalismo. E assim, de ano em ano o tempo vai passando, a vida vai prosseguindo, a maturidade biológica vai se desenvolvendo, mas a maturidade espiritual não ocorre.

Quantas são as pessoas que poderiam estar melhor, se desenvolvendo espiritualmente e, consequentemente, em todas as demais áreas de sua vida, mas estão estagnadas por não entenderem os fundamentos da fé cristã e muito menos sobre como deve ser uma relação saudável com Deus. Ora estão presas no individualismo exacerbado, não congregando, não procurando manter a comunhão com a Igreja e muito menos participando dos meios de Graça (batismo, pregação da bíblia e ceia); ora estão presas no outro extremo que é a coletividade: ficam sem identidade própria, bitolados a todas as atividades relegadas somente ao templo, pois do contrário não saberiam o que é, o que significa e como é ser cristão.

É interessante perceber que quanto mais simples se vive a vida cristã, mais liberdade, menos culpa e menos medo temos em nosso dia a dia. Consequentemente mais espiritualmente maduros ficamos e mais praticamos as disciplinas bíblicas que devem mesmo ser usuais a todos os cristãos, independente de como administram o seu tempo. São elas: a oração e a leitura da Bíblia.

Pela oração somos edificados, pois é o momento de nos sondarmos e falarmos com Deus num processo de autorreflexão; já pela leitura das Escrituras somos educados por Deus ao mesmo tempo em que temos o nosso caráter amalgamado pela ação do Espírito Santo. No mais, aprendemos que a vida cristã é simples a partir de alguns princípios:

1) Antes da Queda a vida era normal; depois da Queda passou a ser anormal: De acordo com a Bíblia, Deus criou o ser humano sem pecado e com plenas condições de viver harmonicamente com o restante da criação. Agostinho, bispo da Igreja localizada em Hipona, afirmou que antes da entrada do pecado no Éden, era possível não pecar, mas depois da Queda, não foi mais possível não pecar! Assim sendo, a condição em que qualquer pessoa se encontra hoje no “estado caído” é de escravidão no pecado e uma vida completamente anormal. Isto é, em todas as características funcionais que permitem o ser humano viver, existe a contaminação pelo pecado e a resultante distorção na sua existência. Somente Cristo, com sua Graça, pode resolver o dilema do ser humano de ser ao mesmo tempo magnificamente imagem e semelhança de Deus e terrivelmente pecador e rebelde contra Deus.

2) A Redenção promovida por Cristo restaura e aponta para o verdadeiro estado de normalidade existencial: Cristo quando nos redime não está inventando uma nova maneira de crer, pensar e se comportar. Ele está simplesmente restaurando a comunhão entre Deus e nós ao mesmo tempo em que está nos libertando do poder condenatório do pecado. Em seus ensinamentos sobre o Reino, Jesus mostra com sua própria vida como deveria ser a nossa se em nós não houvesse pecado. Desse modo, Cristo aponta para o nosso verdadeiro estado de normalidade existencial e nos transforma para assim vivermos. Mas isto só é possível para aquele que nascer de novo em Cristo.

3) A regeneração não é sinônimo de mutação, mas, sim, de redirecionamento: Para muitos cristãos, a vida que tinham antes de Cristo parece mais “fácil” porque já estavam acostumados com ela, como se o estilo de vida anterior é que fosse o normal. Daí residir a complexidade do imaginário cristão. Pois tendem a pensar que agora é mais difícil porque tem que viver de um jeito que, além de não estarem acostumados, ainda por cima, o fazem ou por medo da futura condenação ao lago de fogo e enxofre ou porque lhes foi imposto, da parte de Deus, um estilo de vida “não-humano”. Assim, para estes cristãos, em seu imaginário, a vida cristã é como se fosse uma mutação, uma imposição a uma forma de vida totalmente anormal e incomum. Mas, na verdade, é exatamente o contrário: a vida cristã é que é normal e a vida não-cristã é que é anormal. E o que a regeneração promovida por Cristo faz é nos redirecionar para a vida normal nos padrões de Deus.

Destes princípios podemos concluir que em toda a nossa composição existencial, com nossas funções e necessidades biológicas, sociais, psicológicas e espirituais, não devemos deixar de ser o que somos e viver como vivemos, pois é através destas funções e necessidades que interagimos com o restante da criação e temos condições de co-regermos a criação com Deus. O imaginário cristão nos leva ao dualismo como se houvesse dois mundos: o espiritual e o material, e nos escraviza, pois nos faz tentar negar a nossa natureza com todas as suas funções e necessidades. Mas, a vida cristã, por meio de uma visão cristã de mundo, nos orienta a vivermos integralmente de modo que todas as nossas funções e necessidades estejam orientadas pela Bíblia, revelação de Deus para nós, e ao mesmo tempo objetivem a glorificação de Deus.

Como se pode notar, a vida cristã é simples e conduz à maturidade espiritual, mas o imaginário cristão, com suas distorções, é complexo e conduz à imaturidade espiritual e estagnação!

Pense nisto!

segunda-feira, 13 de maio de 2013

NÃO FORAM OS PREGOS

Imagem extraída do Google Image
Pr. Paulo Cunha
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João 20:25 – “Diziam-lhe, pois, ou outros discípulos: Vimos o Senhor. Ele, porém, lhes respondeu: Se eu não vir o sinal dos pregos nas mãos, e não meter a mão no seu lado, de maneira nenhuma crerei.”

Este texto descreve a incredulidade de Tomé, um dos doze principais discípulos; um dos apóstolos, dos homens que acompanharam Jesus no seu ministério aqui na terra, um dos escolhidos por Ele para aprender e fundar a Igreja em Pentecostes.

Às vezes falamos muito de Tomé, da sua falta de fé, da sua maneira de expressar. Chegamos até a nos admirarmos de sua atitude, afinal ele conhecia Jesus de ver e ouvir, de quem tinha recebido o ensino e a ordem junto com os outros discípulos para inaugurar um novo tempo dado por Deus: a Era da Graça.

Lendo este texto, eu me pus a pensar: “gente, tem hora que ajo do mesmo jeito que Tomé, acredito num Cristo Salvador, que sofreu por mim na cruz do calvário, para que eu alcançasse a graça da Salvação. Porém, noutro instante, estou deixando o dia-a-dia me sufocar com suas mazelas e dores. Deus: Misericórdia!!!” Esqueço o que Cristo fez por mim, esqueço como foi sublime, “DE TAL MANEIRA” que não foram os pregos que conseguiram suster o meu Jesus na cruz, mas, sim, o seu grande amor por mim que o segurou até o fim nesta via dolorosa da crucificação.

Gostaria de dividir com você o que me veio à mente quando li este versículo e entrei num certo estado de espírito, onde minha mente me levou a tentar ver que aqueles pregos que Tomé queria tanto contemplar as marcas não valiam nada! O que valeu mesmo foi o amor de Cristo por mim na cruz do calvário.

Quero deixar claro, que estou escrevendo para cristãos, então todas as minhas pontuações se referem a nossa vida cristã. Boa reflexão daqui para frente!

Hoje, nós cristãos estamos a lamuriar pelos cantos das nossas casas e igrejas locais e nos gabinetes pastorais a ausência do amor, mas, devemos lembrar que quem está assentado à destra de Deus Pai e intercede por nós veio à terra justamente para resgatar isto: o AMOR (João 3:16). Foi por este sentimento que Ele sofreu em dor na cruz. A dor material veio pelos pregos, mas, a maior dor, que era espiritual, foi pelos meus pecados.

Jesus foi para o Gólgota e sofreu afrontas, dor, salvou um ladrão, e quando rendeu seu espírito ao Pai disse: “Está Consumado”. Ele queria expressar que não tinham sido os pregos que o seguraram até aquele momento, mas o seu amor por mim e por você: pastor, diácono, ministro, membro, leitor. A manifestação do amor divino veio através de manifestações naturais (o sol escureceu, terremoto, as pedras se fenderam), para mostrar: “Esse realmente é o Filho de Deus”. Ele hoje se manifesta através da Igreja. Então nos perguntamos: Como estamos passando isso aos que precisam desse amor?

Também não posso me esquecer de Pilatos, da sua coroa de espinhos, do seu sofrimento até o fim da agonia do Monte da Caveira. Preciso ter isso em mente e o que significa a Cruz para mim, que me declaro um cristão. Vejo que preciso a cada dia modificar os meus caminhos e não pensar nos pregos da cruz: vai muito além disso o significado da cruz!

Por último, eu preciso seguir o trilho que Jesus me deixou para trilhar: o “Trilho da Cruz”. Nele conseguirei ter mais amor, aprender a carregar a cargas dos meus irmãos, falar do verdadeiro e genuíno Evangelho da Cruz. Seguindo este trilho, com certeza ele me conduzirá aos céus, onde Jesus me aguarda para me mostrar suas marcas nas mãos por tanto ter me amado.

1ºJoão 4:10-11 – Nisto está o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou a nós, e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. Amados, se Deus assim nos amou, nós também devemos amar-nos uns aos outros.