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sábado, 26 de novembro de 2011

A HISTÓRIA DA TEOLOGIA CONTINUA...






Imagens extraídas do Google Image                                                                                    Prof. Leonardo Miranda
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Quando um material de pesquisa no campo da História está sendo produzido, é de se supor que o autor sonhe, reflita, se veja imaginariamente diante do leitor ou estudante, mas acima de tudo, ainda que esteja longe na realidade, é possível sugerir que ele deseje que a pessoa que tiver contato com sua bibliografia seja transformado.

A História da Teologia, encontrada em diversas obras bibliográficas, revela sobre pessoas que foram transformadas e entenderam que elas não deveriam se comportar como passivas diante da locomotiva da vida que passava por elas. Antes, elas poderiam ser em parceria com Deus, o maquinista, co-autores na construção da História e da própria vida. E é pensando assim que se conclui que o contato com qualquer literatura de História da Teologia só pode resultar em duas consequências: uma tomada de consciência ou não.

O que se espera é que o estudante compreenda e se veja não como mais um na multidão, mas como alguém que pode promover significativas contribuições. Só porque normalmente o conteúdo exposto nos livros de História da Teologia encerra-se no século XX isto não quer dizer que novas propostas teológicas não possam ser construídas, ou até que novas tentativas de resgatar a Identidade da Igreja não possam ser tentadas ou até mesmo que não se possa pensar sobre a suficiência ou a insuficiência dos modelos teológicos atuais.

Seria pecado ou atrevimento avaliar a ortodoxia e adequá-la aos dias de hoje? Seria errado tentar aproveitar os princípios da Reforma Protestante e quem sabe até lutar por uma nova Reforma? Seria inconveniente ousar nas respostas teológicas para hoje? Seria antiquado lutar pela chama do Cristianismo na pós-modernidade em face de tanto relativismo? Ou o pecado está exatamente na omissão? Isto é, no bem que o cristão, e mais especificamente o teólogo, sabe que tem que fazer e não faz?[1]

Algo interessante de se notar é que Deus não construiu a História da Teologia sozinho. Muito pelo contrário, Ele deu discernimento a homens que, depois de terem sido resgatados pela sua graça, lutaram em prol do Evangelho, da verdade de Deus que sempre se mostrou antagônica aos valores estabelecidos pelo pecado na vida humana.   

Assim, a História da Teologia continua, porque o cristianismo continua, a Igreja continua. Passarão os céus e a terra, mas as palavras do Senhor Jesus não hão de passar[2] e se ele estabeleceu a Igreja e prometeu que as portas do inferno não prevalecerão[3], é porque a Igreja sairia de seu lugar e iria ao encontro das vidas que precisam receber a mensagem do Evangelho, saqueando, metaforicamente, o inferno. E essa ação missionária demandaria, como continua demandando, respostas tanto aos incrédulos quanto aos recém-chegados à fé cristã e até mesmo aos próprios cristãos.  

Os grandes momentos de produção teológica ocorreram e anda ocorrem exatamente dessa relação com a prática evangelical. Não para satisfazer as necessidades do ser humano como um fim em si, mas para a obediência, por gratidão a Cristo, conscientes de sua obra. Desse modo, os questionamentos nascem do contato com o anúncio da verdade bíblica no meio dos não-convertidos e o berço das novas teologias está onde os cristãos sinceros e desejosos da implantação e vivência do Reino estão.

De fato, a História da Teologia continua. Enquanto Cristo não se manifestar com o Reino plenamente, o teólogo continua tendo a obrigação de contribuir com respostas no meio de sua comunidade e continua sendo capacitado por Deus para defender o cristianismo, refutando os falsos ensinos e batalhando pela fé que uma vez foi dada aos santos.

Assim, o que se faz é um convite a todos os “profetas Isaías” que são ao mesmo tempo “Apóstolos”, “Pais da Igreja”, “Reformadores” e acima de tudo, ministros do genuíno Evangelho da Graça em seu coração! Que se “coloquem na brecha” [4] e sejam usados por Deus para denunciar as heresias, os erros e as controvérsias teológicas, sempre com zelo, mansidão, humildade, ponderação, reflexão e sensibilidade espiritual. Tendo o cuidado de entender que a unidade cristã absoluta é uma utopia e a maturidade para saber que não se deve fazer uso desnecessário do poder, e nunca abandonar os princípios bíblicos e a oração, jamais desanimando por causa dos obstáculos internos ou externos, afinal, se nossos “antepassados na fé” desistissem, a mensagem sobre o amor de Deus não teria chegado a nós.  

Daí o convite, a todos os que desejam contribuir para a confirmação de que o Reino de Deus é uma realidade, e se manifesta entre os homens através da Igreja e suas ações no mundo, incluindo as ações teológicas, que sempre serão possíveis... porque a História da Teologia continua!

Pense nisto!


[1] Cf. a epístola de Tiago 5:17.
[2] Cf. o evangelho de Mateus 24:35.
[3] Cf. o evangelho de Mateus 16:18.
[4] Os exemplos citados aqui são exatamente o contrário. Deus procurou intercessores, ministros que estivessem “na brecha”, segundo a linguagem bíblica, e não encontrou. Cf. os livros de Isaías 59:16 e Ezequiel 22:30.

sábado, 19 de novembro de 2011

DESAFIO MISSIONÁRIO ATUAL


Imagem extraída do Google Imagem                                                                                          
Prof. Paulo Cunha
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"... mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito
Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém 
como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da 
terra." (Atos 1:8)


O contexto das missões está mudando rapidamente. A Igreja deve estar atenta a essas mudanças. Durante muitos anos vimos países fechados para a liberdade de expressão e para o Cristianismo sofrerem grandes mudanças políticas que possibilitaram a entrada do Evangelho. A antiga União Soviética, por exemplo, não existe mais, senão vinte países interligados e soberanos como nação, cada qual, com uma política livre. A Europa tem sofrido mudanças a passos assustadores. Também temos assistido pela TV freqüentemente notícias demonstrando o impacto econômico que determinados países, antes inexpressivos, como Coréia e China, agora estão provocando no mundo. Vimos também o drama em 2006 de 12 países às margens do Oceano Índico serem brutalmente submergidos pelas gigantescas ondas marítimas provocando a morte de mais de 300.000 pessoas. Evento que, por sua vez, obrigaram países como a Indonésia (considerado o país mais dominado pelo islamismo) abrir suas fronteiras para a entrada de socorro ao povo que sobreviveu, o que permitiu a entrada de vários missionários como voluntários. Olhando para a América Latina, tomamos conhecimento de décadas de opressão severa provocada por países ricos e líderes ditadores, mas que pouco a pouco estão emergindo-se com governos democráticos, economias cada vez mais livres e o protestantismo crescendo rapidamente onde o catolicismo romano era determinante.

É claro e visível a ação do Espírito Santo na história dos países em todo mundo. Sabemos que os últimos dias não são dias de paz sobre a terra, mesmo assim vemos Deus soberanamente levando as boas-novas através da Igreja até aos confins da Terra. A violência étnica e religiosa contra a Igreja está perdendo forças em todos os lugares e ela tem encontrado oportunidades de exploração como nunca visto antes.

Tudo isto torna desafiador para nós entendermos o contexto de missões em todo mundo. Com a gradual extinção da dicotomia entre o mundo espiritual e natural (no campo das responsabilidades), entre evangelização oral e envolvimento em questões sociais, a Igreja tem aprendido a olhar para o mundo não apenas como seu inimigo (Tiago 4:4), mas como sua missão (Marcos 16:15). Este efeito vem provocando uma reavaliação de suas prioridades e metodologias ministeriais que correspondem melhor com o aspecto vocacional e a realidade da visão cristã de mundo.

Depois de tanto tempo, hoje é que estamos compreendendo que não podemos mais separar a dimensão espiritual da experiência humana em suas evidências mais naturais e/ou mundanas. As pessoas são como um todo (corpo, alma e espírito) vivendo em estruturas sociais complexas nos seus contextos econômicos e políticos.

A pobreza espiritual e social em que vivem os povos é um chamado vivo para pregarmos o Evangelho de Jesus e um desafio para nós como Igreja que recebeu das mãos do seu Senhor a responsabilidade de ir, orar, mobilizar, treinar e pela a ação do Espírito Santo enviar trabalhadores a semear nesta terra, seja local, estadual, nacional ou mundial.

Neste momento crucial, onde estamos terminando a primeira década do século 21, que Deus nos use como testemunhas fiéis, seja onde estamos, seja onde Ele nos levar, e que possamos ser sábios em Deus para discernirmos os tempos e percebermos as oportunidades em nossa volta para propagar o Evangelho do nosso Senhor.
  
Soli Deo Gloria


sábado, 5 de novembro de 2011

ESCUTAR FAZ TODA A DIFERENÇA


















Imagem extraída do Google Image
Prof. José A. Nogueira
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É interessante como as pessoas tem o incrível dom de aconselhar ou de falar horrores em nossa cabeça quando estamos atravessando por um problema sem antes ter a hombridade de ao menos nos escutar. Sim, escutar faz toda a diferença!

A Palavra de Deus em Tiago no capítulo primeiro versículo dezenove nos adverte a ouvir. Obviamente, antes de Freud ter nascido, Deus já inspirava homens para que fossem registrados conselhos úteis que fizessem toda uma diferença na vida de um ser humano ao serem postos em prática. Não há mística nenhuma nisso! Um raio não vai cair do céu se você desobedecer às orientações bíblicas, mas certamente, você irá provar as consequências dolorosas por tê-las negado, simples assim!


Bom, onde quero chegar? Para a psicanálise, quando falamos sem ao menos ouvir aquela pessoa que está atravessando por um determinado problema e consequentemente “empurramos” nela um monte de: “se eu fosse você, eu faria isso...!”, observe que estamos quase violando o Self (o “ego”, o “eu”) dessa pessoa, empurrando o nosso “Eu” para dentro dela. É como se estivéssemos descontruindo o “Eu” que ela possui ditando o que o meu “Eu” poderia ter feito. O que nos esquecemos é que cada um de nós é único e que cada um de nós tem um temperamento, um caráter, uma história distinta. Sim, não somos iguais! O fato de precisarmos do outro para fixar a nossa identidade está exatamente aí, em nos compararmos para descobrir no que somos diferentes.

 
Portanto, falar sem escutar é um erro intolerável para a psicanálise, logo, entendemos que recuperar, ajudar, e incentivar são fatos que podemos conseguir juntos: analista e analisando. Um verdadeiro trabalho em equipe. Não se pode dizer o que a pessoa com problemas pode fazer sem conhecer, sem pesquisar, sem entender “os porquês”. É inaceitável não compreender alguém simplesmente porque está demorando meses para se superar. Reflita nisso: Um homem pode correr de uma barata e desafiar um leão, outro homem, correr de um leão e enfrentar baratas! Isso vai depender da história de vida de cada um de nós, das predisposições e do contato social.

 
Na teologia, observamos também o princípio de dar atenção ao indivíduo! Observe João 21:18 a 22: Pedro recebia orientações de Jesus sobre a sua morte,quando teve a sua atenção tirada ao ver João passar próximo a ele; então pergunta a Jesus: “Mestre, e deste, o que será?” Pesquise a resposta de Jesus a Pedro no versículo vinte e dois e perceba como Jesus sabia dar ênfase ao sujeito, à subjetividade contida na vida de cada um dos seus discípulos.


Ninguém deve deixar de socorrer um irmão na sua aflição; antes devemos ajudá-lo, contudo não devemos censurá-lo ou criticá-lo, mas sim, encorajá-lo. Devemos ouvi-lo atentamente, e nunca dizer o que faríamos, mas o que poderia ser feito juntamente com a ajuda dele e com o consentimento dele através de um bom discurso e de um bom diálogo. É preciso amar, compreender e empatizar, lembrando sempre: “... cada um de nós compõe a sua história e cada ser em si carrega o dom de ser capaz..." (Renato Teixeira). É por isso que não podemos simplesmente dizer ao outro o que fazer, antes devemos acreditar em sua capacidade! É por isso que escutar faz toda a diferença!