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sábado, 22 de junho de 2013

O ESPÍRITO, A IGREJA E A EVANGELIZAÇÃO: Uma reflexão sobre o crescimento saudável da Igreja

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Pr. Márcio A. Leão
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Nunca pensei que chegaria a ouvir uma indagação de um amigo como ouvi por esses dias. E justamente essa indagação que me levou a escrever este artigo. “Você já se perguntou do que uma igreja local precisa fazer para seu crescimento?” Se não, certamente já ouviu muitos líderes não só fazerem esta pergunta, mas principalmente preocupados com isso. Fórmulas supostamente miraculosas, muitas maneiras, várias estratégias, e isto não considerando que cada planejamento demanda cinco, dez, vinte... enfim mil coisas que fazer para a igreja local crescer.

Exemplo disso é o tal do “encontro com Deus”! Por algumas vezes que me encontrei um pastor amigo ele sempre insiste em me convencer de que devo participar do “Encontro com Deus” que acontece em sua igreja. Não só o encontro, mas também o pós-encontro, o “novo-encontro”, enfim, mais ou menos o “antes, o durante e o depois”. Como se não bastasse por esses dias ao encontrá-lo pela rua, ele perguntou: “Você não quer que sua igreja cresça mesmo, não é? Você não quer ver sua igreja crescer né?”. Pensando já ter ouvido de tudo ele continuou dizendo: “Rapaz, todas as igrejas estão nessa visão e se você não entrar nela, sua igreja será sucumbida”. Meu Deus!!! Confesso que fiquei sem reação diante da declaração do pastor, e logo ao sair de sua presença disse para mim mesmo: “e eu que achava que o diabo é quem era nosso único inimigo!”

Mas fica a pergunta: Será que nós líderes devemos realmente nos preocupar com o que fazer para o crescimento da “nossa” igreja? Existe realmente uma fórmula mágica para tal crescimento? Porque quando lembramos que existe uma Bíblia que é a Palavra de Deus, e nela encontra-se registrado o início da Igreja e seu crescimento percebemos o quanto esses líderes estão equivocados no que se refere ao crescimento numérico da igreja. Basta estudarmos a bíblia e logo veremos que a igreja foi estabelecida nos seguintes princípios:

1) SACRÍFICIO: foi necessário que Cristo se sacrificasse por nós para que por meio dele nossos pecados fossem perdoados.

2) GRAÇA: o sacrifício foi a manifestação da Graça de Deus. Cristo morreu por todos nós, mas Deus mediante a sua graça nos alcançou pela sua misericórdia.

3) ARREPENDIMENTO: o arrependimento é o resultado da graça de Deus operada em nós quando entendemos por meio do Espírito Santo o sacrifício de Cristo. Quando Pedro prega seu primeiro sermão no dia de pentecostes, em Atos 2:37, vemos que aquelas pessoas que ali se encontravam foram impactadas pela pregação e ouve um arrependimento profundo no coração delas, ou seja, sendo elas alcançadas pela graça de Deus, compreendendo o sacrifício de Cristo, logo veio o arrependimento.

4) DISCIPULADO: não basta somente levar as pessoas ao arrependimento, mas é necessário discipulá-las, prepará-las para que elas cresçam na fé e se comprometam com a propagação do Evangelho.

5) CAPACITAÇÃO: esse é o ponto primordial para o crescimento da Igreja, em ATOS 1:04. Jesus determinou que a Igreja não se ausentasse de Jerusalém, ou seja, não se preocupassem onde deveriam abrir outra congregação, ou que nome deveria receber, ou como seria realizado o culto inaugural, pelo contrário, deveriam esperar que se cumprisse a promessa do Pai em lhes batizar com o Espírito Santo. Mas porque deveria esperar? Qual a necessidade de que a Igreja fosse primeiramente batizada, revestida do Espírito Santo? Logo encontramos a resposta no versículo 08: “para serem suas testemunhas...” ou seja, seriam capacitados para evangelizarem o mundo inteiro.

No livro de JOÃO 16:13, Jesus disse: “quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará as cousas que hão de vir.” Essa palavra é maravilhosa, pois vemos aqui o Deus misericordioso que além de nos alcançar, gerar em nós arrependimento, nos capacita com seu Espírito para que possamos anunciar as boas novas aos povos.

É justamente isso que percebemos na Bíblia: Deus alcançando vidas por meio do seu Espírito que opera por meio da Igreja. Não vemos os discípulos preocupados com o que fazer para que “suas” sinagogas cresçam, qual deveria ser o tamanho do templo, ou se a igreja do lado esta crescendo ou não, pelo contrário, vemos homens cheios do Espírito Santo com um desejo de anunciar a palavra de Deus às pessoas e sendo esses um instrumento nas mãos do Espírito Santo para que a obra de Deus fosse realizada como, por exemplo, no livro de ATOS 13:02, onde está escrito: “E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me agora a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.”

Com todo respeito aos amigos adeptos a todo tipo de mecanismo que ocupem suas mentes de como fazer para crescer “suas” igrejas, mas nada nesse mundo poderá se igualar ou ser tão eficiente como a ação do Espírito Santo de Deus na Igreja. O que vejo em ATOS 2:37-47 não é nenhum movimento como o “encontro com Deus”, mas vejo uma Igreja sedenta por Cristo, que cuidava uns dos outros sem sequer haver disputas ministeriais, e o próprio Deus se incumbindo de acrescentar aqueles que iam sendo salvos.

Em vez dos líderes gastarem seus preciosos tempos em reuniões enfadonhas buscando qual deva ser a nova estratégia, deveriam convocar seus obreiros para orarem, se humilharem na presença de Deus e suplicarem pela presença do Espírito Santo para que ele nos diga para onde ir, ou o que falar como vemos no livro de ATOS 8:26-40. Lideres que desejam não o crescimento de “suas” igrejas, mas que sejam tão uteis como foram J. Hudson Taylor, Charles H. Spurgeon, Jonathans Edwards, John Wesley, George Whitefield e muitos outros que se entregaram ao desejo de verem o Reino de Deus ser propagado e não suas denominações em si.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

O LUGAR DA ÉTICA CRISTÃ NAS QUESTÕES CONTEMPORÂNEAS

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Prof. Leonardo Miranda
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Fenomenologicamente o ser humano tem a necessidade de interagir com a realidade existente. A grande evidência social de que alguém está vivo, isto é, alguém, de fato, sabe viver e a aproveitar a vida, gozar do benefício da existência, é a interação. Interagir significa exercer ação mútua com algo ou alguém, afetando ou influenciando o desenvolvimento ou a condição um do outro, mantendo sempre a comunicação, o diálogo em dada situação, seja ela familiar, profissional etc[1]. Esse ato de relacionar-se e de compartilhar de determinada atividade com outro é o que caracteriza a interação.

Mas, considerando os aspectos da individualidade, da coletividade e os culturais, as pessoas e comunidades podem ser comparadas grosseiramente às impressões digitais. Assim como cada dedo possui uma distinta, ninguém é igual a ninguém e mesmo que muitas informações como as dadas pela educação, pela política, pela economia e pela arte e outros domínios da vida, sejam comuns a todos, a forma de absorção destas informações não será a mesma. Cada pessoa processa as mesmas informações de modo diferente. E como se já não bastasse, o comportamento, decorrente da apropriação de valores, em cada pessoa também se manifesta de forma diferente. Cada pessoa se comporta com base nos valores que considera correto.

Eis, então, o grande desafio da interação. Como saber se os valores e os comportamentos estão corretos ou errados? Como saber se a própria interação está correta ou é correta do modo como ocorre? E se está, quem estabeleceu que está? Esta certeza é interna, isto é, parte da subjetividade de um, que influencia o restante ou é externa? Se é interna, com que autoridade este alguém estabeleceu que seus valores estão corretos? Se é externa, de onde vem? E quem estabeleceu que a certeza externa é que está correta?

Como se pode perceber, diante de tantas perguntas, é notório que o ser humano precisa de um ponto de referência fora de si, que seja infinito, para conseguir responder! Do contrário, o desafio continuará e a resposta satisfatória não virá! Assim, considerando que o cristão é o pensador que compreende a necessidade de tal busca pelo referencial externo e este referencial é Deus, esta é a base para se refletir teologicamente sobre as questões éticas enfrentadas na atualidade.

Repare que tudo se origina na interação. Se esta necessidade fenomenológica não existisse, se cada ser humano fosse como uma ilha, isto é, totalmente isolado, se não houvesse a precisão da inter-relação e, consequentemente da interdependência, certamente não existiriam as questões éticas. Mas, como há esta interação, então, é necessário que se reflita sobre as questões éticas. Isto não levando em consideração que os conflitos decorrentes da interação são por causa do pecado. Além disso, a sociedade está em constante transformação. Hoje se apregoa um valor, amanhã este valor pode mudar, pois, a pós-modernidade é caracterizada justamente pela relativização e incerteza de valores.

Como já se sabe, a origem das questões éticas está na interação entre os seres humanos entre si e com o restante da realidade. Mas sua manifestação ocorre nas instituições socais das mais diversas. Elas se manifestam nas instituições familiares basicamente através do amor-próprio, da sexualidade, do controle da natalidade, do aborto e do divórcio. Já nas instituições civis, elas se manifestam na relação política, nas finanças privadas e públicas, na consideração dada à ecologia, diante dos vícios dos mais variados, na relação com o infrator pela pena de morte, na situação de transplantes e doação e órgãos, na eutanásia, na bioética, na saúde pela clonagem de seres humanos e na prática da justiça em qualquer instância. Nas instituições militares, a questão principal é sobre a guerra e nas instituições religiosas o grande desafio é sobre a tolerância ou não-tolerância religiosa diante do outro que crê de modo diferente e como um deve se comportar perante o outro.    

Mediante o aparecimento e o incômodo social provocado pelas questões éticas, como fica a ética cristã? Ou como deve se posicionar quanto às dificuldades e questionamentos? Já se sabe que a ética cristã é tão válida enquanto sistema de pensamento quanto a ética não cristã. Assim, nas relações com as instituições familiares, civis, militares e religiosas, o posicionamento da ética cristã deve seguir uma estrutura lógica com pressuposições próprias, autenticamente bíblicas[2]. Em outras palavras, a ética cristã, não precisa e não assume as prerrogativas não-cristãs de interpretação da realidade.

Para começar, cada questão ética deve ser considerada um caso particular. Quando se pergunta se um preço é justo, ou se um aborto praticado foi moralmente justificado ou se a mentira do médico na tentativa de poupar o sofrimento é correta[3], estes são exemplos de casos particulares em que a ética cristã defronta-se diariamente, perguntando sobre o que é certo e o que é errado em cada situação. Assim, para se iniciar a discussão ética, o cristão deve perguntar qual o significado de cada questão mencionada acima.

A seguir, o pensador cristão, teólogo ou leigo, deve perguntar quais as consequências mediante os casos particulares serem praticados e mediante não serem praticados, ou seja, quais os argumentos contrários e quais os argumentos a favor da prática. Diante das possíveis respostas, só terá condições de prosseguir em seu raciocínio pelo uso dos princípios morais. Tratam-se dos mais abrangentes e importantes conceitos éticos extraídos das Escrituras. Eles não se aplicam apenas em algumas atividades, mas a todas, significando que para a ética cristã existem princípios universais. São, portanto, princípios sem exceção, que não cedem a qualquer tipo de conveniência. Leis justas, governo justo, economia justa, preços justos, salários justos, relações tranquilas entre esposo e esposa e entre as nações, etc. são alguns princípios morais que fundamentam a ética, pois eles procedem de Deus[4].

Então, este mesmo pensador deve voltar sua preocupação para a tentativa de conduzir suas conclusões à prática diária; e isto acontecerá quando estabelecer as regras morais. Os princípios morais são expressos nas atividades práticas através das regras morais. Um exemplo interessante está no texto de Êxodo 20:13 que transforma o princípio da preservação da vida numa regra prática: “Não matarás”.

Acima de tudo, nesta interação entre a ética cristã e as instituições sociais variadas, o pensador deve entender que é a crença em Deus e nos valores bíblicos que certamente o conduzirá ao discernimento do que é certo e do que é errado, norteando seu comportamento ao mesmo tempo em que o capacita a distinguir o que realmente é proveitoso e o que não é para a fé e a própria relação com Deus, pois sua ética se baseia exatamente nisto: a Revelação especial de Deus.

Pense nisto!


[1] Dicionário Eletrônico Houaiss.
[2] HOLMES, Arthur F.. Ética: As decisões morais à luz da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2000.
[3] Estes exemplos de casos particulares são discutidos com o nome de regras de negócios, direitos do nascituro e faltar à verdade.
[4] “Que é que o Senhor pede de ti... senão que pratiques e justiça, ames a beneficência e andes humildemente com o teu Deus?” (Mq.6:8).

terça-feira, 4 de junho de 2013

MUDANÇAS DE CICLOS: HORA DE UM AVIVAMENTO REAL

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Jader H. Faleiro
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Estamos vivendo tempos em que nossa sociedade está passando por grandes transformações; não falo de transformações tecnológicas, pois essas são inevitáveis e em sua maioria são bem vindas, porém mudanças mais profundas e estão ligadas diretamente com a posição que a Igreja tem tomado nesses últimos dias.

De certa forma as mudanças sociais sempre aconteceram e que fazem parte de um ciclo normal da humanidade. De fato, podemos perceber que a sociedade passa diariamente por mudanças, e que estes acontecimentos em longo prazo sempre culminam em revoluções, revoltas e até guerras que marcam o que alguns chamam de mudança de ciclo da humanidade.

A sociedade brasileira está chegando ao fim de um “ciclo”: o aumento da criminalidade, da depravação moral e a aprovação de leis as quais são fortes golpes contra a Igreja são exemplos disso. Como consequência da perseguição política e ideológica e da falta de conhecimento das Escrituras para se posicionar publicamente, temos a “prostituição teológica” que faz o sincretismo imperar nas denominações ditas evangélicas criando uma geração de cristãos enfraquecidos, que são levados por vários ventos de falsas doutrinas de um lado para o outro, embriagados por ensinos que negam a fé cristã ao mesmo tempo em que são estimulados a amarem este mundo e a si próprios.

A Igreja (em sua maioria de líderes e membros) se encontra indiferente aos resultados na mudança de ciclo. Ao buscar por interesses não bíblicos, ela não percebe que sua omissão resulta em parte alimentando o caos social. Quando ela deixou a sã doutrina, quando deixou de ser missionária, quando trocou os cultos por shows, a leitura da bíblia por livros de auto-ajuda e quando deixou de amar o próximo passou a o tê-lo como inimigo, rival e até concorrente!

A noiva está caída, machucada, ela foi vendida, foi abusada, seus profetas estão mudos, seus ministros bêbados, seus cantores cantam ao vento, porém ouve-se um gemido muito tímido, uma voz parecida com a de uma criança pedindo restauração. Quem pode ouvir essa voz? Onde chegaremos como sociedade, ou pior como igreja? “O mundo dorme nas trevas, a igreja não luta, pois dorme na luz” (Keith Green)

Essa sociedade é um barril de pólvora que pode explodir a qualquer momento, enquanto muitos “bons samaritanos” querem cuidar das classes minoritárias, as grandes massas padecem com o crime, com a desigualdade. Estaremos nós como Igreja assistindo a tudo isso sem reagir? Esperaremos o islamismo aparecer como única solução para por limites, como tem acontecido em vários países que decepcionados com a corrupção da Igreja no decorrer da história se renderam a religião de Maomé, pois encontraram nele um refugio contra depravação social? É isso que espera o futuro do povo brasileiro?

A igreja é chamada para ser o estandarte de Cristo! E o que vale um estandarte dentro de uma caixa? O que adianta a unção se ela não alcançar os perdidos? E de que adiantam as belas e inflamadas mensagens se o alvo não for o coração dos perdidos? Não podemos nos esconder atrás da desculpa que essas coisas vão acontecer mesmo na covardia de um discurso escatológico alienado para não fazermos nada. Precisamos de um avivamento bíblico, real para a Igreja brasileira. Não um avivamento fantasioso caracterizado por muito barulho, manifestações supostamente sobrenaturais ou mesmo psicológicas. Mas, sim, um avivamento que provoque mudança na visão de mundo dos cristãos evangélicos brasileiros, uma transformação de dentro para fora, na renovação do entendimento e que seja suficiente para uma mobilização prática, no comportamento da Igreja.

Estamos vivendo um tempo único em nossa nação, o qual as gerações futuras provarão dos frutos de nossas decisões. E pensando como pai me pergunto: Qual é o futuro que deixaremos para nossos filhos nessa nação?

Finalizando essa reflexão deixo uma frase cuja autoria me é desconhecida, porém resume bem o que foi proposto: “Amar a Cristo equivale a amar a igreja que Ele comprou com Seu sangue e reconhecer que a igreja é d'Ele. Ele é o único Senhor”.