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terça-feira, 30 de outubro de 2012

CRITICANDO A CRÍTICA

Imagem extraída do Google Chrome

Prof. Leonardo Miranda
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Buscando inspiração e fatos cotidianos para saber sobre o que escrever, tive a idéia de reler alguns de meus artigos já publicados e encontrei este: “Criticando a crítica”. Quando eu o escrevi a Discipulus ainda não existia; eu nem mesmo pensava em fazer parte deste grupo tão abençoado por Deus. Assim, relendo, decidi, republicar postando no blog exatamente por ver o seu conteúdo como algo ainda relevante e, de certa forma, atual. O texto permanece exatamente como quando o escrevi, até o título permanece original.

Quando a Discipulus nasceu, nossos sonho e objetivo eram, ainda são e continuarão sendo o de fazermos alguma diferença dentro do Cristianismo. Nada de brilhantismo, holofotes, centro das atenções, novas crenças e novas doutrinas ou mesmo novas revelações. Não! Nada disso! A tal diferença é única e exclusivamente o desejo de muitos cristãos honestos diante da crise evangelical eclesiástica de nosso contexto brasileiro: uma tentativa de retorno às Escrituras e ao Evangelho de Cristo. Ousado? Talvez! Sincero na tentativa de glorificar a Deus? Totalmente!

O texto criticando a crítica nasceu de uma reflexão sobre o que eu presenciei nos púlpitos, nos instituições de ensino teológico e nas conversas informais com líderes cristãos: a crítica mordaz, severa e sem misericórdia de algumas pessoas sobre as outras, sem um devido parâmetro, de maneira totalmente inconseqüente não importando a “quem doesse” ou mesmo se decepções ou traumas seriam provocados nos criticados posteriormente.

De certo modo, quando a Discipulus posta um texto escrito por mim ou pelos demais escritores que se doam disponibilizando seus artigos ao blog, é fato que não há como medir a repercussão das mensagens publicadas semanalmente: alguém pode concordar, outro pode discordar, ainda outro pode considerar relevante cada reflexão, mas ser mais comedido entendendo que há talvez certos exageros por parte dos autores, contudo, a intenção da Discipulus é colocar cada leitor para pensar, para ponderar sobre o que está acontecendo na realidade ao seu redor e que, às vezes, devido a uma visão de mundo mais simplista, os fatos passam despercebidos.

Assim, ouso postar este texto em nome da Discipulus, para que todos os leitores vejam o nível de compreensão que temos sobre a delicadeza que é tratar dos assuntos que escrevemos. Somo todos sensíveis quanto a perceber que cada crítica não nos dá alegria, mas, sim, tristeza, pois estamos lutando contra uma situação de corrupção da mensagem original do Evangelho, encontrada na Bíblia e na Ortodoxia. Quem nos dera por der escrever somente coisas boas! Portanto, para todos os que entendem a crítica de modo errôneo e para todos os que entendem que a crítica deve ser feita, mas não sabem o modo de usá-la, deixo este texto como uma sugestão sobre como podemos criticar o sistema corrupto sem “ferir mortalmente” os que pertencem a ele por ignorância ou pela própria corrupção pessoal. Afinal, o Evangelho genuíno, mesmo não compactuando com o pecado, deve transmitir uma mensagem de vida a todos que o ouvem! Faça bom proveito! Boa leitura!
   
Criticando a crítica? É isso mesmo que você acabou de ler querido leitor! É preciso criticar a crítica, é preciso questionar a utilidade da crítica. Afinal, como eu costumo me perguntar, para que serve a crítica se ela não provocar, no mínimo, uma reflexão?

A crítica em si é um instrumento muito útil no que diz respeito a avaliarmos as situações e as obras humanas cotidianas. A crítica é um julgamento. Mas… se é assim, como é possível criticar e não pecar em nosso julgamento? Como é possível criticar e não contrariarmos o ensino do evangelho que nos instrui sobre não julgarmos para não sermos julgados? (Evangelho segundo Mateus 7:1).Se considerarmos que nosso julgamento se restringe a faculdade de examinar e/ou julgar as obras de caráter literário ou artístico, social, político e educacional, sob forma de análise, comentário ou apreciação teórica e/ou estética ou até mesmo nos limitarmos à discussão de fatos históricos, necessariamente não estamos atribuindo condenação a ninguém. Ao contrário, ao limitarmos nossa crítica às obras acima citadas, nos concentramos em apenas examiná-las censurando o que não gostarmos ou acharmos que é injusto ou reconhecendo o valor de uma idéia por seu grau de perfeição e originalidade e, nalguns casos, o benefício que produzirá à sociedade. O grande problema é quando associamos a crítica ao julgamento das pessoas. Isso sim é condenável de acordo com o ensino do evangelho dado por Jesus. Pois nesses casos, o que é a crítica senão o julgamento advindo da sugestão social que provoca no “criticado” a falsa culpa?

Ao criticarmos uma pessoa demonstramos preconceito e contribuímos para a formação de uma baixa auto-estima. Ao criticarmos uma pessoa demonstramos a distorção do pecado que há em nós, cuja tendência nos induz a censuramos ou condenarmos aquilo que, inconscientemente, desejamos ter ou ser, mas não temos coragem de assumir e não suportamos o fato de que o outro seja ou tenha e nós não.

Então, qual deve ser nossa posição em relação à crítica? Muito simples, devemos assumi-la como uma ferramenta de discernimento. Criticar as obras e não às pessoas significa ou demonstra que somos seres pensantes e que ninguém tem o direito de nos enganar e/ou manipular, seja em benefício próprio ou de outros. Daí se conclui que é preciso criticar a crítica! É preciso criticar a crítica quando essa não gera nenhuma reflexão, é preciso criticá-la quando se percebe que o “ataque” é desferido contra a pessoa, contra o “autor” da fala, da ação ou do objeto; é preciso criticar a crítica quando se percebe que o “crítico” não tem motivos conscientes, claros, consistentes, coerentes, plausíveis, objetivos e benéficos para criticar, isto é, quando o crítico critica simplesmente porque já foi dominado pela crítica ao invés de dominá-la e agora sua mente já não faz uso da razão corretamente sem lançar uma crítica qualquer.

É preciso criticar a crítica quando se vê claramente que sua origem está na inveja que o crítico sente do criticado. Nessas situações percebe-se notoriamente que o crítico, no afã de mostrar publicamente que é alguém que pensa, perdeu a humildade e não consegue discernir e reconhecer que outros também podem ter originalidade e competência para falar, opinar, agir e criar momentos, ações ou objetos.

Essa crítica é chamada de “má crítica” ou “crítica destrutiva”. E onde a encontramos? Geralmente nalguns conselhos, nem todos, mas certamente em alguns; nos ambientes de trabalho, no meio de pessoas invejosas e na própria Igreja. Observe que quando os maus conselheiros, os invejosos, os competidores concorrentes no ambiente de trabalho e alguns cristãos criticam, estão na verdade, querendo dizer nas “entrelinhas” que eles pensam, falam ou agem com mais prudência, melhor ou com mais capacidade do que os criticados, revelando então, que os criticados não sabem viver sua própria vida. Isso restringe a liberdade de pensamento e decisão do criticado.

Para esse combate sugiro duas ferramentas: uma usada em mim mesmo se eu for o crítico e a outra sobre aquele que projeta a crítica, ou seja, se o crítico for outra pessoa:

A primeira eu intitulo de “crítica introspectiva” e funciona em mim: quando eu desenvolvo uma crítica devo me perguntar, criticando a mim mesmo, o porquê de minha crítica e qual o seu alvo; assim saberei se minha crítica procede ou não. Se a resposta for positiva, isto é, se proceder, se minha crítica for sobre a obra do autor e sua origem não estiver na inveja, na falta de humildade, ou na falta de discernimento; a seguir devo observar se ocorrerá conseqüentemente uma reflexão que me leve a duas mudanças em minha vida 1)aprender com o acerto ou o erro do autor para me tornar uma pessoa melhor, jamais desprezando ou inferiorizando o autor por seu erro, se assim acontecer; e 2)se eu fosse o autor como eu faria e de que forma isso beneficiaria também aos demais, além de mim mesmo, na medida do possível.

A segunda eu intitulo de “crítica da crítica” e funciona na pessoa que criticou: ao ouvir a crítica devo perguntar sutilmente qual a razão dessa e o que o crítico observou para desferir sua crítica. Pelo simples uso da lógica o crítico se denunciará se suas razões não forem consistentes. Pois naturalmente ao demonstrar seu objeto de crítica, seja a pessoa criticada, isto é o autor, ou não, ao ser questionado o porquê de sua crítica se o crítico demonstrar falta de domínio do assunto ou desdenho, já se saberá que essa critica não tem fundamento nem lógico, nem pedagógico e nem bíblico.

Sei que escrever sobre o tema proposto nesses tempos em que a individualidade tem sido “endeusada” com o apoio da relatividade e da subjetividade não é fácil, e talvez seja necessária uma avaliação mais completa, que por sua vez, exija certo nível de complexidade tendo em vista decidirmos quais os apontamentos ou quais os parâmetros que devemos usar para afirmar quando alguém está dando um mau conselho ou está com inveja do criticado. Inclusive a própria Bíblia está recheada de instruções sobre os benefícios da multidão de conselheiros e conselhos. Todavia certo é que alguns dos apontamentos usados neste artigo e que devem ser combatidos são a inveja, a falta de humildade e a falta de discernimento. Portanto, querido leitor, todas as vezes que percebermos que a crítica feita ergue-se contra a pessoa, e sua origem está numa dessas razões acima citadas devemos combatê-la, devemos criticá-la, devemos criticar a crítica.

Pense nisto!

terça-feira, 16 de outubro de 2012

FÉ, ESPERANÇA E AMOR





Imagem extraída do Google Imagem
Jader Faleiro
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Ao analisarmos o contexto em que o apóstolo Paulo escreve a carta aos coríntios é impossível não fazer um paralelo com a atual situação da igreja. A contemporaneidade com das palavras ditas pelo apóstolo são de causar arrepios àqueles que vislumbram a crise em que se encontra a igreja no século XXI, vejamos o que diz o texto:

Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa, e que não haja entre vós divisões; antes sejais unidos em um mesmo pensamento e em um mesmo parecer. Porque a respeito de vós, irmãos meus, me foi comunicado pelos da família de Cloé que há contendas entre vós. Quero dizer com isto, que cada um de vós diz: Eu sou de Paulo, e eu de Apolo, e eu de Cefas, e eu de Cristo. Está Cristo dividido? foi Paulo crucificado por vós? ou fostes vós batizados em nome de Paulo?” (1ª Coríntios 1:10-13)

Paulo começa rogando para que os irmãos digam as mesmas coisas uns aos outros, e que não haja divisões na igreja. É impossível não pensarmos como hoje são pregados vários discursos dentro da mesma igreja, como são levantadas tantas bandeiras representando a mesma cruz e como o partidarismo tem corrompido a pregação do Evangelho. Ao dizer que devemos ter um só discurso Paulo não está censurando a criatividade, ou a liberdade de expressão da igreja. Não! Ele está alertando a igreja! Pois a diferença de pensamentos é o principio da divisão, pois hoje temos uma igreja multifacetada onde no mesmo ambiente você encontra vários grupos.

Desde o grupo dos pentecostais, dos tradicionais, dos teólogos, passando pelo grupo dos que defendem a teoria da prosperidade e dos que são radicalmente contra tal crença, até o grupo dos “adoradores” e daqueles que não estão preocupados com nada.

Nesse contexto alguém pode dizer que a igreja é isso mesmo: ela é feita destas diferenças e eu concordo, porém esta pluralidade somada à ausência de conhecimento bíblico e, porque não dizer, somada à ausência de novo nascimento, tem resultado em um show de divisões em nossas igrejas locais. O problema não está no que a pessoa crê, mas está nela por causa de sua crença. A pessoa é capaz de se posicionar contra seu irmão alegando sempre que estar certa: “eu sou de Paulo, eu sou de Apolo, eu sou de Pedro”. Como temos ouvido este discurso, porém com outras palavras!

Na verdade temos contemplado uma igreja espiritualmente imatura, pessoas que não aceitam nenhuma repreensão, nenhuma exortação. Vivemos um tempo em que as pessoas não se adéquam aos padrões do Evangelho, mas procuram “um evangelho” que se adéque aos seus padrões e se por ventura não encontram, simplesmente elas criam um. Quantas vezes não presenciamos pessoas que saíram de suas igrejas somente por não ter concordado com uma situação, ou porque não aceitaram a correção de um líder, como meninos saem correndo em busca de um evangelho que possa lhes massagear o ego.

Em uma carta em que vemos o apóstolo Paulo exortar de tal maneira uma igreja, ele resume seu discurso nas palavras do capítulo treze falando sobre o amor:

“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá. Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos. Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor”. (1ª Coríntios 13:1-13)

Só conseguimos entender o que Paulo disse nesse capitulo quando traçamos um paralelo com a situação de divisão na qual a igreja de Corinto estava enfrentando: muitos dons, muita coisa acontecendo, muito pecado, muita conversa, muitos grupos, mas Paulo resume sua exortação aos coríntios dizendo que “se não tivesse amor de nada valeria”. Temos vivido em uma época onde a igreja está perdendo seu amor, onde o poder, a politicagem, a conveniência, o conformismo com esse século tem possuído os corações das pessoas e infelizmente da maioria dos cristãos.

Na atual crise de identidade que a igreja se encontra, nos resta “a fé, a esperança e o amor” e que o nosso amor seja maior do que todas as outras coisas a ponto de lutarmos pelo evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

PACTO DE LAUSANNE – 3º Parte: UM APELO PARA O RESGATE DA VERDADEIRA IDENTIDADE DA IGREJA



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Prof. Leonardo Miranda

Este é o terceiro e último texto da qual nos beneficiamos em reflexão sobre o Pacto de Lausanne. Os 15 artigos firmados como compromissos continuam atuais e coerentemente apelativos à nossa consciência. Portanto, nada melhor do que ponderarmos sobre a realidade da Igreja brasileira a partir deste documento tão importante.

No primeiro texto refleti sobre a reafirmação do compromisso da Igreja e seu papel na sociedade a partir dos cinco primeiros artigos. No segundo texto destaquei, a partir de mais cinco artigos subseqüentes, o que intitulei como pecados coletivos da Igreja ao nos apegarmos à centralização nas atividades do templo e na falta de evangelização genuína. Neste terceiro texto exponho os cinco últimos artigos mostrando que o seu conteúdo é suficiente para percebermos que diante de nos arrependermos de nossas práticas pseudo-evangélicas, ainda há tempo de assumirmos a verdadeira identidade que Cristo legou à sua Igreja. Vejamos:

11. Educação e liderança: Confessamos que às vezes temos nos empenhado em conseguir o crescimento numérico da igreja em detrimento do espiritual, divorciando a evangelização da edificação dos crentes. [...] Reconhecemos que há uma grande necessidade de desenvolver a educação teológica, especialmente para líderes eclesiásticos. Em toda nação e em toda cultura deve haver um eficiente programa de treinamento para pastores e leigos em doutrina, em discipulado, em evangelização, em edificação e em serviço. Este treinamento não deve depender de uma metodologia estereotipada, mas deve se desenvolver a partir de iniciativas locais criativas, de acordo com os padrões bíblicos.

12. Conflito espiritual: Cremos que estamos empenhados num permanente conflito espiritual com os principados e postestades do mal, que querem destruir a igreja e frustrar sua tarefa de evangelização mundial. Sabemos da necessidade de nos revestirmos da armadura de Deus e combater esta batalha com as armas espirituais da verdade e da oração. Pois percebemos a atividade no nosso inimigo, não somente nas falsas ideologias fora da igreja, mas também dentro dela em falsos evangelhos que torcem as Escrituras e colocam o homem no lugar de Deus. Precisamos tanto de vigilância como de discernimento para salvaguardar o evangelho bíblico. Reconhecemos que nós mesmos não somos imunes ao perigo de capitularmos ao secularismo. [...] por vezes tem acontecido que, na ânsia de conseguir resultados para o evangelho, temos comprometido a nossa mensagem, temos manipulado os nossos ouvintes com técnicas de pressão, e temos estado excessivamente preocupados com as estatísticas, e até mesmo utilizando-as de forma desonesta. A igreja tem que estar no mundo; o mundo não tem que estar na igreja.

13. Liberdade e perseguição: [...] oramos pelos líderes das nações e com eles instamos para que garantam a liberdade de pensamento e de consciência, e a liberdade de praticar e propagar a religião, de acordo com a vontade de Deus, e com o que vem expresso na Declaração Universal do Direitos Humanos. Também expressamos nossa profunda preocupação com todos os que foram injustamente encarcerados, especialmente com nossos irmãos que estão sofrendo por causa do seu testemunho do Senhor Jesus. Prometemos orar e trabalhar pela libertação deles. Ao mesmo tempo, recusamo-nos a ser intimidados por sua situação. Com a ajuda de Deus, nós também procuraremos nos opor a toda injustiça e permanecer fiéis ao evangelho, seja a que custo for. Não nos esqueçamos de que Jesus nos preveniu de que a perseguição é inevitável.

14. O poder do Espírito Santo: Cremos no poder do Espírito Santo. O pai enviou o seu Espírito para dar testemunho do seu Filho. Sem o testemunho dele o nosso seria em vão. Convicção de pecado, fé em Cristo, novo nascimento cristão, é tudo obra dele. De mais a mais, o Espírito Santo é um Espírito missionário, de maneira que a evangelização deve surgir espontaneamente numa igreja cheia do Espírito. A igreja que não é missionária contradiz a si mesma e debela o Espírito. A evangelização mundial só se tornará realidade quando o Espírito renovar a igreja na verdade, na sabedoria, na fé, na santidade, no amor e no poder. Portanto, instamos com todos os cristãos para que orem pedindo pela visita do soberano Espírito de Deus, a fim de que o seu fruto todo apareça em todo o seu povo, e que todos os seus dons enriqueçam o corpo de Cristo. Só então a igreja inteira se tornará um instrumento adequado em Suas mãos, para que toda a terra ouça a Sua voz.

15. O retorno de Cristo: Cremos que Jesus Cristo voltará pessoal e visivelmente, em poder e glória, para consumar a salvação e o juízo. Esta promessa de sua vinda é um estímulo ainda maior à evangelização, pois lembramo-nos de que ele disse que o evangelho deve ser primeiramente pregado a todas as nações. Acreditamos que o período que vai desde a ascensão de Cristo até o seu retorno será preenchido com a missão do povo de Deus, que não pode parar esta obra antes do Fim. Também nos lembramos da sua advertência de que falsos cristos e falsos profetas apareceriam como precursores do Anticristo. Portanto, rejeitamos como sendo apenas um sonho da vaidade humana a idéia de que o homem possa algum dia construir uma utopia na terra. A nossa confiança cristã é a de que Deus aperfeiçoará o seu reino, e aguardamos ansiosamente esse dia, e o novo céu e a nova terra em que a justiça habitará e Deus reinará para sempre. Enquanto isso, rededicamo-nos ao serviço de Cristo e dos homens em alegre submissão à sua autoridade sobre a totalidade de nossas vidas.

A leitura destes artigos só confirma a compreensão bíblico-doutrinária sobre a Igreja de Cristo que traduz a sua verdadeira identidade. Observe:

Enquanto estiver pregando o Evangelho a Igreja é operante, aguardando a volta de Cristo quando finalmente será triunfante e gozará de paz eterna. Enquanto estiver labutando pela causa de Cristo, ela é a representante dos interesses de Deus neste mundo. Enquanto estiver vivendo (praticando) os ensinos bíblicos individual e coletivamente, assumindo uma visão cristã de mundo, a Igreja demonstra visivelmente a realidade, a presença e o poder invisíveis do Reino de Deus neste mundo. E é claro que esta visão de mundo é algo que vai muito além de simplesmente dizer para alguém “Jesus te ama...”, envolve assumir uma visão bíblico-ética em todas as instâncias funcionais das atividades humanas em todas as manifestações culturais em todo o planeta (mas isto fica para outro artigo!).

Mas tudo isto só será possível ser feito, evidentemente, por meio da graça de Deus, e da consciência coletiva de todo aquele que se diz “igreja”. Desse modo faço aqui uma convocação: você que lê este artigo, pondere nas palavras finais do Documento, logo abaixo e reflita sobre de que modo este texto ou os três textos que escrevi sobre o Pacto de Lausanne interferiram (ou não) na sua forma de crer e viver seu compromisso com Deus!   

Portanto, à luz desta nossa fé e resolução, firmamos um pacto solene com Deus, bem como uns com os outros, de orar, planejar e trabalhar juntos pela evangelização de todo o mundo. Instamos com outros para que se juntem a nós. Que Deus nos ajude por sua graça e para a sua glória a sermos fiéis a este Pacto! Amém. Aleluia!

[Lausanne, Suíça, 1974]

Pense nisto!