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terça-feira, 8 de janeiro de 2013

DEUS ME AMA DO JEITO QUE EU SOU?

Imagem extraída do Google Image
Jader H. Faleiro
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Vivemos em uma sociedade que quer customizar tudo ao seu jeito; uma sociedade que não gosta de ser confrontada, que vive somente as aparências, máscaras que são trocadas de acordo com a necessidade onde até mesmo Deus precisa ser adaptado às necessidades das pessoas, sendo crido e interpretado como um “deus submisso” que vive para atender os pedidos narcisistas das pessoas, precisando suportar a maneira de viver leviana com ameaças de não ser mais lembrado. Como um grande amigo costuma dizer: “vivemos em uma sociedade mimada”! Tudo precisa ser “para ontem”!

Quem nunca ouviu a solene frase dizendo: “Deus me ama do jeito que eu sou”! Mas será que Ele realmente nos ama do jeito que somos? Para entendermos melhor essa colocação temos que analisar duas afirmações dentro da mesma frase: a primeira é “do jeito que eu sou” e a segunda é “Deus me ama”. Inverti a frase para criar um melhor entendimento, então vejamos:

Quando eu digo “do jeito que eu sou” estou me referindo a um ser caído, que em sua queda (entrada do pecado na vida humana) perdeu a comunhão com Deus. E essa queda foi tão catastrófica que em todas as esferas de sua vida o homem foi contaminado pelo pecado não lhe restando nada de puro, nem mesmo seu intelecto ou sua capacidade de escolha; e seu discernimento entre o bem e o mal também não escapou imune de modo que o que ele julga ser bom, pode ser ruim aos olhos de Deus e o que ele reprova pode ser aprovado por Deus, pois Deus não vê como o homem: o homem olha o exterior, mas Deus vê o coração, disse o profeta Samuel a família de Jessé.

Assim, vamos refletir: como pode Deus me amar do jeito que eu sou, se esse “jeito” é contrario a Sua santidade, aos Seus padrões morais e éticos?

A primeira parte da dita frase está correta, verdadeiramente “Deus me ama”, mas não do jeito que eu sou, Ele me ama a ponto de entregar Seu Filho à morte para me livrar desse “meu jeito caído”, pois como diz João em seu evangelho: “Pois Deus amou o mundo de tal maneira que entregou o seu filho unigênito para que todo aquele que Nele crê não pereça mas tenha vida eterna.” (Jo 3:16)

O sacrifício de Jesus na cruz foi a prova que sim, Deus nos ama, mas não do jeito que eu sou, Ele me ama a ponto de me resgatar e me salvar e salvar em todos os sentidos, não apenas me livrar de um tormento futuro, mas também me salvar do “meu jeito caído de ser” e ao me salvar ele me chama à responsabilidade de viver uma nova vida Nele, um novo nascimento onde as “coisas” não podem ser mais do meu jeito, mas do jeito dEle e isso não quer dizer que não pecaremos, mas se pecarmos temos um Advogado junto ao Pai.

Na verdade o Evangelho nos chama à renuncia, ao arrependimento, ao entendimento de que necessitamos conhecer a Deus como Ele é e, não, criarmos um conceito de deus adaptado a nossa vontade.

Portanto, em síntese, concluímos que o Evangelho nos revela o amor deste Deus e Sua vontade: Deus me ama e ao receber e entender este amor eu mudo o meu jeito por amor a Ele e com o auxilio dEle, pois o Evangelho nos revela o quanto somos Seus dependentes. Então, podemos afirmar sem hesitar que essa sociedade precisa conhecer Deus por meio de Sua palavra e experimentar uma vida do “jeito” de Deus que é o único válido e aprovado aos Seus olhos.