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Prof. Leonardo
Miranda
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E disse Deus: “Haja vida!”. Obviamente que
Deus não disse estas palavras, não literalmente, mas talvez se ousássemos
resumir o primeiro capítulo do livro do Gênesis, basicamente, a expressão que
melhor define as ações divinas criadoras é esta supracitada. Viver é um
presente! A vida em si é muito boa! Existir foi o melhor privilégio que Deus nos
concedeu. É lamentável que nem todos pensem desse modo. Todavia a Bíblia apresenta
argumentos muito mais consistentes para gostarmos de viver e com a devida coerência
e equilíbrio necessários para uma vida saudável de acordo com o propósito de
Deus de modo que tanto Ele mesmo fique satisfeito conosco quanto nós mesmos fiquemos
conosco.
Evidentemente que pelas mais diversas razões
várias pessoas não gostam da vida: razões políticas, de injustiça social,
econômica (esta principalmente), por problemas familiares e de tantas outras
ordens. Contudo, o que ocorre de fato é que quem afirma não gostar da vida faz
uma confusão entre “não gostar da vida” com “não gostar do modo como está
vivendo”.
Gostar da vida é fenomenológico; a prova
disso é que ninguém quer morrer! E para os que dizem não se importar, pois a
dor do sofrimento parece insuportável, os psiquiatras afirmam que o que
acontece é que pensar na morte ou desejá-la é apenas um jeito de tentar se
livrar da tal dor do sofrimento. Há muitas situações que as pessoas vivem que
elas mesmas provocaram como certas doenças por não cuidarem da saúde, há outras
totalmente acidentais e que jamais ousamos tentar sequer explicar sua origem ou
dar sentido a elas como algumas outras doenças graves que simplesmente surgem e
ainda há outras situações que as pessoas vivem porque isto lhes foi imposto por
outras pessoas como a pobreza que uma classe econômica impõe sobre a outra.
Todavia, todas estas situações são modos como alguém está vivendo, isto não
resume a dádiva da vida.
Independente das circunstâncias
experimentadas, a resposta bíblica revela que viemos de Deus, devemos viver
baseados em Seus princípios e um dia, nós que experimentamos a regeneração em
Cristo retornaremos para Ele. No livro do Gênesis encontramos um kit de
ferramentas existenciais básicas, três orientações deixadas por Deus para uma
vida coerente e equilibrada para o ser humano: 1) a Orientação Espiritual, 2) a
Orientação Social e 3) a Orientação Cultural.
A Orientação Espiritual dá informações sobre
a essência espiritual dos seres humanos. De acordo com a Bíblia todas as
pessoas são existencialmente Imagem e Semelhança de Deus que as cria e devem ter
um relacionamento saudável com seu Criador, entre si e consigo mesmas.
A seguir vem a Orientação Social que tem a ver
com a criação divina da humanidade. No início Deus criou macho e fêmea e
ordenou a união de ambos como uma só carne já possibilitando a fecundidade, a multiplicação
e o enchimento da terra. Mas junto disso, veio no “pacote” a condição do ser
humano ter uma necessidade de completude social e ao mesmo tempo uma capacidade
de se relacionar socialmente.
E finalmente, completando as ferramentas
existenciais, seguido das Orientações Espiritual e Social, a Orientação Cultural,
conhecida no meio teológico como “mandato cultural” que seria uma extensão da
doutrina bíblica da “mordomia cristã”. Nesta última orientação Deus deu a co-regência
de toda a Criação ao ser humano.
Se não fosse a entrada do pecado na Criação
através do primeiro casal (Adão e Eva) era para o ser humano desenvolver e
manter tudo aquilo que havia sido criado por Deus. Todas as distorções
espirituais, sociais e culturais têm a sua origem no pecado. Porém Deus já
sabia disso e desde antes da fundação do mundo providenciou a vitória sobre o
pecado e a morte em Jesus.
A obra de Jesus Cristo restaura a Imagem e
Semelhança de Deus em nós, nos possibilita viver dentro do proposto pelo
próprio Deus nas orientações Espiritual, Social e Cultural. E quem é que pode
viver dentro desta coerência? A igreja, pois é a única comunidade que
experimentou a obra regeneradora de Cristo e agora pode servir de testemunho de
que o que a Bíblia revela é verdade e o que Cristo faz é real.
É por isso que independente das dificuldades,
a pessoa cristã deve entender que qualquer situação é passageira e que a vida em
si é um grande presente e a existência é uma dádiva! Se Deus disse haja vida, então
respondamos a este convite: viva a vida!
Pense nisto!