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Fabiano Xavier
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Mas,
vendo o povo que Moisés tardava em descer do monte, ajuntou-se o povo a
Arão e disseram-lhe: Levanta-te, faze-nos deuses que vão adiante de
nós; porque quanto a este Moisés, a este homem que nos tirou da terra do
Egito, não sabemos o que lhe sucedeu. Arão lhes disse: Arrancai os
pendentes de ouro que estão nas orelhas de vossas mulheres, e de vossos
filhos, e de vossas filhas e trazei-mos. Então, todo o povo arrancou os
pendentes de ouro que estavam nas suas orelhas, e os trouxeram a Arão, e
ele os tomou das suas mãos, e formou o ouro com um buril, e fez dele um
bezerro de fundição. Então, disseram: Estes são teus deuses, ó Israel,
que te tiraram da terra do Egito. E Arão, vendo isto, edificou um altar
diante dele; e Arão apregoou e disse: Amanhã será festa ao SENHOR. E, no
dia seguinte, madrugaram, e ofereceram holocaustos, e trouxeram ofertas
pacíficas; e o povo assentou-se a comer e a beber; depois,
levantaram-se a folgar. (Exodo 32:1-6)
É espantoso como a narrativa desse triste episódio da história de Israel,
às vezes parece ser reconstruída em nosso cotidiano. Como um filme que
se repete, quando observamos alguns cristãos no que pensam ser um
relacionamento com o Senhor, vemos as pessoas procurando se servir de
Deus e não servi-lo.
Quando
desconsideram a Soberania de Deus e colocam na própria vida qualquer
coisa no lugar que só Ele deveria ocupar, muitos estão construindo seus
ídolos. Porém, antes que isso aconteça, algumas considerações podem
ser levantadas:
- Se
toda a revelação do Senhor, de sua intervenção na história que Ele
mesmo governa, é para que o mundo fosse preparado para o Cristo, sendo
este o que forja em nós seu próprio caráter por meio de sua Graça e
misericórdia, deveríamos entender que não conhecemos a Deus, mas Ele se
faz conhecido e tal processo (justificação, regeneração e santificação)
inevitavelmente se dará a duras penas. (Fp 1:29)
- Ora,
então o Deus que opera em nós tanto o querer quanto o efetuar (Fp 2:13),
nos concede o dom da fé para que, não o vendo, não o conhecendo como de
fato é, e até mesmo não entendendo o porquê de alguns acontecimento em
nossa vida, prossigamos para o alvo, sabendo em quem temos crido. (Rm
11:34,35; Fp 3:14; 2Tm 1:12).
Infelizmente
porém, assim como a narrativa de Exôdo, para alguns é mais confortável
"invetar" um deus que não existe, do qual podem se servir, a servir o
Senhor. É mais confortável, cultuar a si mesmo, com canções
antropocêntricas, com mensagens de autoajuda, prosperidade,
triunfalismo, distorcendo a escritura, enfatizando o show, a técnica, a
festa. Buscam um Deus que não exige nada, mas corresponde às suas
expectativas imediatas e mundanas.
Porque
virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo grande
desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo os
seus próprios desejos. 2 Tm 4.3.
A
exemplo dos homens no caminhos de Emaús (Lc 24:21), constroem uma
imagem falsa sobre Deus e ao depararem com a verdade, se decepcionam por
saberem que o Senhor quer nos livrar de nós mesmos, de nossas
concupiscências, de nossa carnalidade.
- O
Deus invisível está habitando em nós (igreja de Cristo). Precisamos
fazer esse Deus visível com nossas atitudes,
assim como Ele é, começando por nos submetermos a Ele em reverência.
Tendo antes de tudo, prazer na sua lei, amor por conhecer as Sagradas
Escrituras e sermos santificados na verdade. Prestarmos um verdadeiro
culto ao Senhor, suplicando para que Ele seja soberano em nossas vidas, a
fim de experimentarmos sua boa, perfeita e agradável vontade. (Sl 1:2;
Jo 17:17; Rm 12:2)
Que tal começarmos imitando
a Jesus?