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sábado, 27 de agosto de 2011

VALORES: UMA DAS BASES DA CONSTRUÇÃO DO SUJEITO

_____________________Imagem retirada do site: http://2.bp.blogspot.com/


Prof. José A. Nogueira
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A vida humana é estruturada a partir de crenças, valores e comportamentos. As minhas crenças, os meus valores e o meu comportamento e os do outro são as bases para o construção do meu eu. Isto significa que me torno sujeito não apenas com as características inatas que possuo, mas principalmente na relação com o outro. Funciona assim: a partir da crença que uma pessoa possui, ela assume valores e estes mesmos são utilizados para guiar o comportamento individual e coletivo. Assumindo esta prerrogativa vamos pensar um pouco... Por que, mesmo crendo em Deus, às vezes tomamos atitudes impensadas das quais nos arrependemos depois? A resposta está nos valores! Crer por crer somente não basta! Falta uma conexão entre a crença e o comportamento; e esta conexão é o valor. E é sobre isso que vamos ponderar!

De acordo com a filosofia e com o dicionário de língua portuguesa, valor significa “medida variável de importância que se atribui a um objeto ou serviço necessário aos desígnios humanos e que, embora condicione o seu preço não lhe é idêntico. É uma atribuição de significado pessoal a qual se destaca por sua necessidade de maior ou menor importância a cada ser como um indivíduo”. Em simples palavras, podemos entender que valor é o maior ou menor grau de importância que atribuímos sobre alguma coisa. Se algo me encanta, me serve e me satisfaz, então me custa, então é importante para mim, então possui valor para mim.

Em todos os tempos, por causa do pecado, o ser humano adotou como sistema de valores o que seu desejo corrompido almejou! Hoje, principalmente, temos como exemplo de valor adotado pela massa social o consumismo. Mas este tipo de valor tem contribuído para crises de caráter e atitudes pecaminosas tais como ira, rancor ou raiz de amargura, inveja, porfia, brigas e discussões (Hb.2.15/ Tg.3.14-16) dentro e fora da Igreja. Mas Jesus nos convida a substituirmos os valores pecaminosos pelos valores do Reino de Deus, encontrados no Evangelho. Somente quando assumimos valores bíblico-éticos é que teremos condições de nortear nossas ações com coerência! Foi pensando na importância dos valores de Deus para nós que Cristo ensinou: “O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem; e o homem mau, do seu mau tesouro tira o mal.” (Lc.6.45)

O “bom tesouro” é uma alusão aos valores do Reino de Deus. Sabedores disso devemos sempre nos perguntar: Onde está o meu tesouro? Por onde anda o meu coração? De acordo com o Evangelho, alguns desses valores são: arrependimento, discipulado, humildade e maturidade cristã.

Arrependimento. As vezes é preciso lembrar-se do passado e reconhecer as nossas limitações (AP.2:5a). Eu reconheço que preciso ser refeito, “nascer novamente” e isso só se dá pelo poder que Deus tem de mudar a minha vida. Ainda que o homem pudesse voltar no passado e interferir no futuro, como nos filmes de ficção, esta interferência prejudicaria todo o seu presente e traria dor no seu futuro, seria um verdadeiro desastre. Porém, se Deus tem o poder de fazer de um vaso quebrado um novo vaso para honra, Deus pode, muitas vezes, usar a sua dificuldade para arrancar de você o melhor que você tem para a glória dEle e o seu próprio benefício. Você pode dizer: Eu sou fraco, mas Deus é forte; eu sou influenciável, mas Deus não pede conselho para dizer o que deve ou não ser feito. Deus pode, por meio do arrependimento promovido por Ele mesmo no coração humano, transformar um homem ou uma mulher perdido nos falsos valores em homem e mulher de Deus, isto é, com valores do Reino.

Discipulado. O fundamento da relação com Deus é o discipulado. Precisamos entender que somos discípulos. Se eu sou um discípulo, então, obviamente, não sou mestre. Sou aquele que deve seguir. A palavra discípulo tem origem grega: matheteuo que significa “o aluno que segue determinado mestre, pensador e rabino”. Quem é o seu mestre? Se Jesus é de fato o seu Mestre e se você é de fato o seu discípulo, você deve saber que a condição para se tornar um cristão é fazer tudo o que o seu mestre te orientar. Nós devemos pensar como ele pensa; não adianta estar ao lado de Jesus, é preciso mergulhar nele, o Espírito dEle deve habitar em nosso “eu” assim como um simples chá ao ser mergulhado numa água sem cor e sem sabor. Imagine, quando o chá é mergulhado passa a dar a “sua cor” e o “seu sabor” a esse copo com água a tal ponto, que com o passar do tempo haja homogeneidade, isto é, a água, mesmo não deixando sua essência passa a ser tão parecida com a substancia habitada dentro dela que passa a ser conhecida como chá. Ela não mais é uma simples água incolor e insípida, mas passa a ter vida e sabor.

Humildade. O contrário de humildade é o orgulho! Nosso orgulho pode contribuir para nossa derrota! É um valor errado! Geralmente temos dificuldade em assumir nosso orgulho! Tendemos a nos justificar afirmando que somente o Diabo contribui para qualquer tentativa de fracasso em nossa vida, mas, enquanto nos justificarmos o orgulho impedirá o crescimento, a aprendizagem e a mudança com a conseqüente assimilação de novos valores do Reino e maturidade na relação com Deus. Usar frases como: “Eu sempre tenho razão! Não vem com essa de que a crítica constrói porque ela sempre agride a minha auto-estima” e tantas outras do tipo, caracterizam mais uma mentira, ou falso valor, do seu “eu” narcisista e imperialista. Humildade é um constante exercício contra o orgulho! Por que eu não suporto uma crítica? Porque é melhor ser elogiado que criticado, afinal, dói muito menos ou não dói nada ser bajulado que ouvir verdades. A grande dificuldade de se assumir o valor “humildade” é que as verdades do Evangelho vêm de Deus que nos conhece e não concorda em realizar todas as nossas vontades obsessivas que massageiam o nosso ego. O próprio Jesus disse: “Não pensem que vim trazer paz a terra; não vim trazer paz, mas espada” (MT.10.34). É através do colapso que sempre temos tido entre nosso “eu” e a Palavra da Verdade é que crescemos de fé em fé. Apóstolo Paulo já afirmava: “não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito, mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui alcançado por Cristo Jesus. Irmãos, não julgo que o haja alcançado. Mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que para trás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fp.3.12-14).

Maturidade Espiritual. Uma pessoa madura é aquela que “transforma o ambiente”, e, não, aquela que o “ambiente transforma”. No livro Por que tenho medo de lhe dizer quem sou? encontramos um trecho interessante. O colunista Sydney Harris conta uma história em que acompanhava um amigo à banca de jornal. O amigo cumprimentou o jornaleiro amavelmente, mas como retorno recebeu um tratamento rude e grosseiro. Pagando o jornal que foi atirado em sua direção, o amigo de Sydney sorriu polidamente e desejou um bom fim de semana ao jornaleiro. Quando os dois amigos desceram pela rua, o colunista perguntou se o jornaleiro sempre o tratava com grosseria, e o amigo prontamente respondeu que infelizmente sim. Perplexo com a resposta, Sydney questionou sobre o porquê de o amigo ser sempre educado diante de um tratamento daqueles e o estimado amigo respondeu: “Porque não quero que ele decida como eu devo agir”. Moral da história: uma pessoa amadurecida é aquela que “transforma o ambiente”, e, não, aquela que o “ambiente transforma”. A maturidade cristã se manifesta da mesma forma: os valores do Reino de Deus estão tão entranhados, tão enraizados no coração humano que experimentou o arrependimento, foi discipulado e é humilde que este não é mais inconstante, levado ao redor por todo vento de falsas doutrinas e falsos valores. Tenha consciência disso! Não se deixe levar pelos acontecimentos ou valores que apenas parecem suprir seus desejos pecaminosos desenfreados; antes, tenha atitude de ser conduzido pela Bíblia Sagrada, pelo Evangelho.

Como já mencionei, não basta crer por crer, é preciso assumir valores bíblico-éticos. Talvez por isso Jesus também ensinou sobre a importância de buscarmos o Reino de Deus em primeiro lugar (MT.6:32,33).

Obviamente que, mesmo assumindo estes valores bíblicos, não encontramos nenhum respaldo bíblico, nenhuma forma de ensinamento das Escrituras Sagradas que nos garante que nos tornaremos perfeitos enquanto tivermos vida terrena! Não! Não é isto! Talvez você se pergunte: como posso deixar de praticar o pecado, conhecido biblicamente como “obras da carne”? Simplesmente não podemos! Podemos lutar contra aquele que ressuscita tais atitudes, porém, as obras da carne são atitudes nossas! Somos moralmente responsáveis diante de Deus! Honestamente, tais valores vêm a nós como conseqüência de sermos alcançados pela graça e iniciarmos um relacionamento com Deus. Assim, o que podemos esperar é que as palavras dos profetas tenham efeito no nosso coração. Esperar que, por meio de Jesus Cristo, a Graça abunde em cada um de nós a fim de que o Espírito Santo nos habite iniciando um verdadeiro processo de reabilitação e re-humanização por causa de nosso estado pecaminoso.

Lembre-se: os “valores da carne” não são os mesmos “valores dados pelo Espírito”! Aquilo que o homem necessariamente atribui valor pelos sentidos e pela ação das emoções reprimidas e descaracterizadas pela ação do pecado, não tem o mesmo valor ou importância para Deus. Deus é Santidade Perfeita, nós somos imperfeitas; Deus é Santidade Absoluta, nós não somos absolutos e nem auto-suficientes; dependemos do controle do Espírito Santo para que possamos andar em novidade de vida perante Deus e os homens. Os valores de Deus são imutáveis, porém, os homens atribuem valores segundo as suas necessidades (I Jo.2:17a / Hb. 13.8). Portanto, assuma os valores que, de fato, também são valores para Deus, pois eles é que são suficientes para a construção do nosso “eu”, a nossa construção como sujeitos. 

sábado, 20 de agosto de 2011

O VERDADEIRO ENCONTRO COM DEUS NO CRISTIANISMO

Prof. Leonardo Miranda
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Durante todo o percurso da história humana, a busca de Deus, por parte do homem, tem tomado muitos rumos. O resultado é essa enorme diversidade de expressões religiosas que se vê no mundo todo; desde o politeísmo do Hinduismo, passando pelo Animismo, Espiritismo ou Xamanismo, até o monoteísmo do Judaísmo, Islamismo e do Cristianismo. Não contando as “filosofias orientais” do Xintoísmo, Taoísmo, Budismo e Confucionismo. Diante deste fenômeno pergunta-se: Será que esta busca por Deus tem sido bem sucedida?

Ao contrário do que pensam os evolucionistas, o ser humano tem uma dimensão espiritual que o torna diferente, superior, em relação às demais criaturas. Ele nasce com ânsia de desvendar o desconhecido. Está sempre perguntando: Qual é o sentido da vida? O que acontece após a morte? Qual é a relação do homem com o mundo material? E com o universo? Ele é impelido também pelo desejo de alcançar algo mais elevado ou mais poderoso do que ele próprio, para que de algum modo possa controlar o seu meio ambiente e a sua vida. Ivar Lisser, em seu livro “Man, God. and Magic” (O Homem, Deus e a Magia) explicou que as energias do homem jamais foram orientadas meramente na direção das necessidades da vida. Muito pelo contrário, a humanidade persevera sempre procurando, aspirando o inatingível; e este anseio estranho e inerente no ser humano é sua espiritualidade”.

Naturalmente, os que não crêem em Deus não encaram o assunto dessa maneira. Em geral atribuem essa tendência às necessidades do homem, psicológicas ou outras. Não sabemos todos nós que, diante do perigo ou de uma situação desesperadora, a primeira reação da maioria das pessoas é recorrer a Deus ou algum poder superior em busca de ajuda? Tem sido assim tanto hoje como em tempos idos.

Sem querer entrar em detalhes da antropologia e sociologia da religião, por causa de sua espiritualidade, no passado os povos criaram uma estonteante variedade de práticas religiosas através das quais esperavam apelar aos deuses benevolentes e apaziguar os temíveis. Algumas daquelas práticas que chegaram aos nossos dias tais como a reverência e o temor para com espíritos sagrados e poderes sobrenaturais, o uso da magia, a adivinhação do futuro através de sinais e agouros, astrologias e variados métodos de ler a sorte. A diferença é que hoje estão trasvestidas com novas roupagens, como por exemplo, pessoas hoje que crêem que certas coisas e objetos são sagrados, e elas as usam como objetos de devoção. Constroem altares, santuários e templos nesses lugares. O rio Ganges é sagrado para os hindus, cujo mais acalentado desejo é banhar-se nele quando em vida e terem suas cinzas espalhadas sobre ele quando morrem. Os budistas consideram uma extraordinária experiência adorar no santuário em Buda Gaia, Índia, onde se diz que Buda foi iluminado debaixo de uma figueira-dos-pagodes. Alguns católicos vão de joelhos à Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe, no México, ou banham-se nas “águas sagradas” do santuário de Lourdes, na França, em busca de curas milagrosas. Alguns evangélicos se banham com “sabonetes consagrados” para se verem livres de males sobrenaturais ou se isolam numa espécie de “retiro espiritual” em lugares ermos como matas, montes e vales sob a alegação de que o local é sagrado. Como se pode notar, venerar coisas criadas, em vez de se buscar o Criador, ainda é muito comum hoje.

Toda essa estrutura comportamental revela claramente que, por causa da espiritualidade, o ser humano precisa religar-se a algo externo a ele. Dessa necessidade, as religiões não cristãs desenvolvem sua crença e ensinamentos a partir de duas vias: 1ª) em torno da existência do divino como um ser impessoal, uma espécie da força ou energia do universo; 2ª) em torno da inexistência desse divino, enfatizando apenas a necessidade de boas obras e do desapego ao ambiente planetário em que vivemos. Assim, esses vários segmentos religiosos nunca chegam a um consenso.

Quando avaliamos o sentido da existência na perspectiva da espiritualidade, percebemos que todas as pessoas, independente de seu país, cultura e religião, manifestam um profundo desejo pela vida. Portanto, os movimentos religiosos, questionáveis e confusos, cada qual se mostrando falsamente como mais eficiente, atraindo e levando multidões consigo nada mais são do que tentativas de expressar vida. Elas têm “semelhança de vida”, mas na verdade são as compensações para um estado de morte espiritual segundo a definição de Austin Sparks em seu livro O Testemunho do Senhor e a Necessidade do Mundo. Por isso insisto na pergunta: Será que esta busca por Deus tem sido bem sucedida?

Ainda de acordo com Sparks, desejar a vida é experimentar o que é real e concreto baseado na necessidade de dinamismo, força, capacidade, recursos para as realizações, para alcançar, para ser eficiente em oposição a ser fraco e derrotado, é a necessidade do poder e da abundância. Todas essas carências resumem o profundo desejo pela vida. Enfim, para o ser humano em sua finita compreensão, não basta existir, é preciso experimentar a vida por meio da satisfação. E tal expectativa se intensifica por causa da consciência da morte. Mesmo que haja muitas tradições, histórias de povos e indivíduos poderosos, doutrinas, “caminhos que conduzem à luz” espalhados neste mundo, a realidade com que todos se deparam é a morte, é a limitação espiritual. E agora? O desejo pela vida continua! O fenômeno da espiritualidade continua presente! Onde encontrar a resposta? Simples: em Deus, mas somente no cristianismo!

Note! As religiões não conseguem suprir totalmente a ânsia pela vitalidade, mas o grande diferencial do cristianismo é que somente o testemunho do Senhor Jesus possui a resposta: a ressurreição. Ressurreição é a palavra-chave para a fé e que é capaz de suprir tal ânsia pela vida, promovendo dois esclarecimentos essenciais para o ser humano:

1. A promessa da ressurreição implica uma posição totalmente nova para o homem: Significa novidade de vida. Agora tudo é novo, as coisas velhas como a cegueira espiritual e a condenação pelo pecado já não existem mais. A morte de Cristo em nosso lugar deve ter um efeito espiritual em nós. Estávamos espiritualmente mortos e fomos vivificados pela vida de Cristo; assim, o prosseguimento da vida humana pela eternidade baseia-se no poder que vêm unicamente de Deus sobre aqueles que se entregaram a Cristo.

2. A Morte de Cristo traz benefício para nós aqui e agora: se morreu por nós, o efeito deve estar registrado em nós; precisamos “morrer em Cristo” para o pecado, (aqui significando que a natureza humana foi contaminada pelo pecado). Com isso, a novidade de vida se manifesta na crença correta, na assimilação de novos valores (os ensinados pelo Evangelho de Cristo), e no novo comportamento baseado nesses novos valores.

A necessidade da humanidade é vida em todas as esferas? A resposta bíblica é “sim”; mas essa não é encontrada na realidade, no poder, e nem na satisfação; é encontrada na ressurreição. Ressurreição indica o ilimitado, é movermos num reino sem fronteiras, experiência viva e espiritual e que começa aqui. Significa antes de tudo, um lugar de morte para que então possa surgir vida. Jesus afirmou que aquele que crer nele passou da morte para a vida, ainda que esteja morto viverá!

Pense nisto!

sábado, 13 de agosto de 2011

O QUE TEMOS PRIORIZADO?


Jader H. Faleiro
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Atualmente estamos vivendo em um mundo onde tudo é muito rápido, se estamos com fome, logo pensamos em fast food, é rápido e não nos dá muito trabalho; se queremos estar atualizados com as informações não paramos para ler todo o jornal ou todo o site de notícias, simplesmente selecionamos as notícias que entendemos serem mais importantes. Quando queremos saber algo nem pensamos em livros, é só jogar a dúvida no “Dr. Google” e logo temos uma resposta se nem mesmo nos preocuparmos com a veracidade da “resposta”. As notícias correm o mundo em segundos, com o avanço das telecomunicações todo o mundo é notícia e todo mundo faz notícia, todos querem seus “15 minutos de glória”!

E nesta "onda do momento", é claro que algumas denominações eclesiásticas não ficariam para traz, ensinando maciçamente que “temos o direito da benção e se temos esse direito, nós a queremos pra ontem!” Não temos tempo para estudos bíblicos, no máximo queremos ouvir 20 minutos sobre algo que comece com um versículo bíblico e termine massageando nosso ego. E os livros? Geralmente só os livros que apresentam grandes experiências de homens com Deus é que são lidos, para que possamos imitá-los em nossos cultos! Tem que ser algo rápido, que não nos dê muito trabalho nem custe sacrifício e que no final saiamos ganhando algo... Claro, somos a geração da adoração, mesmo que o conceito de adoração esteja distorcido, ninguém vai se preocupar com isso, porque grande parte do conhecimento adquirido pela igreja contemporânea é fruto do que é ensinado no púlpito, onde o louvor tem que ser a parte principal do culto, onde não pode faltar o “hit” mais tocado no momento, de preferência que fale de nossa benção, restituições ou coisas do tipo.

Infelizmente esse mal tem assolado a sociedade, perdemos o prazer em quase tudo, somos a geração com mais condições e recursos, porém não aproveitamos nada! Tudo que almejamos tem caído no desuso logo após conquistarmos, queremos mais, trabalhamos mais para isso, por isso vivemos menos! Sem tempo para a família, sem tempo para os amigos, sem tempo para Deus! Pense qual foi a última vez que você levou seu filho para pescar? Ou quando saiu com sua família para um lugar sem ter que voltar rápido porque à noite você já tinha um compromisso inadiável marcado. Estamos perdendo momentos preciosos que nunca mais irão voltar.

Somos a geração que está se afastando da Palavra de Deus para acreditar em qualquer profeta que diga algo que gostamos de ouvir, (esse erro já foi cometido na história, porém não aprendemos) não conhecemos nossa história, não valorizamos nossos mártires, não nos importamos com a Palavra.

É momento, como igreja, de repensarmos quem somos e quais são nossas prioridades, é momento de redescobrirmos a Palavra e o verdadeiro relacionamento com Deus, de deixarmos essa vida “materialista gospel”, tomarmos a cruz e negarmos a nós mesmos!

É momento de deixarmos de valorizar somente o sobrenatural e voltar a sermos impactados com mensagens simples do tipo “A pesca maravilhosa”, “A Cruz”, “A videira verdadeira”, “O Bom Pastor” e tantas outras! Mensagens que a muito não ouvimos em nossos púlpitos. Temos que voltar a simplicidade do evangelho, o partir do pão, o desejo de conhecer as Escrituras, o anseio em proclamar o evangelho! Ir a Escola Bíblica Dominical ou o ministério de ensino de nossa congregação e às rodas de discussões bíblicas, a comunhão dos cultos de sábados... etc.

Neste mundo onde tudo é rápido demais, estamos regredindo na velocidade da luz no que diz respeito ao Reino de Deus, portanto reitero, é momento de repensarmos a igreja do século XXI, é momento de repensarmos nossas atitudes como cristãos, é momento de refletirmos...

O que temos priorizado?

sábado, 6 de agosto de 2011

ELE PRECISA MORRER

 Prof. Paulo Rogério da Cunha
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“Nisto é em nós aperfeiçoado o amor, para que no dia do juízo mantenhamos confiança, pois, segundo Ele é, também nós somos neste mundo.” 1º João 4:17

O imperador Maximiliano foi enviado por Napoleão a fim de estabelecer um império francês no México. Lá reinou a partir de 1864 até 1867. Não aguentando mais as atrocidades cometidas por Maximiliano, surgiu um líder revolucionário chamado Benito Juarez, que com muitos mexicanos entraram em guerra com o imperador francês para a independência mexicana.

Após a derrota de Maximiliano surgiu a questão de que se devia ou não ser ele executado. Até mesmo a celebridade literária que era Victor Hugo escreveu a Juarez, implorando-lhe que libertasse o imperador derrotado e o mandasse de volta para a França. Victor Hugo escreveu: “A execução de Maximiliano, não havia de condizer com vossa dignidade; seria um desmerecimento para Benito Juarez. Que glória poderia acrescentar a vossa dignidade? Será glória para o agora presidente do México libertá-lo”.

Benito Juarez, contudo, dizia a si mesmo e a seu fiel exército: “Enquanto esse homem viver, de um modo ou outro fomentará a rebelião; na verdade ele precisa morrer”.

Na cruz, Deus pôs o machado à raiz da árvore genealógica de Adão. Não a limpou, nem podou. Nada esperava da humanidade caída. Quando o primeiro homem pecou, Deus foi destronado da sua vida. O “eu” apoderou-se da soberania e subiu ao trono da vida humana; um tirano havia tomado posse da principal criação de Deus. Ele viu que, enquanto fosse permitido ao “eu” viver, de um modo ou de outro a rebelião seria fomentada sobre a face da terra.

A soberania de Cristo jamais poderá ser estabelecida na vida do cristão enquanto o seu “eu” for permitido viver. Você já imaginou qual a razão de sua falta de vitória cristã? Já abandonou tudo por Cristo? Reconhece a verdade de que você pertence a Ele? Tem se esforçado para deixar o velho homem de lado e ainda assim tem sido derrotado? Já me peguei muitas vezes fazendo estas perguntas. E você? Muito provavelmente nosso problema esteja exatamente aí! Temos nos esforçado para ficar ao pé da Cruz, porém, estamos deixando passar os reflexos que saem dela.

Pois, ali na Cruz, foi que nascemos de novo. Ali, Satanás foi derrotado e sua morte decretada aos olhos de todos, quando Cristo exclamou em alta voz: “Está consumado”. Ali a morte foi tragada pela vitória.

Enquanto não chegar a reconhecer que seu “eu” tem que ser colocado ao pé da Cruz e a partir daí viver com o reflexo da Cruz na sua vida, você não matou este terrível tirano. Não adianta apenas dar uma poda ou retoque na sua vida, isso só servirá para consolidar mais ainda o “eu” dentro de você. Não há remédio, senão a Cruz. Corte a árvore! Por que ocupar a terra inutilmente? Ponha um lema em sua vida: “Não mais eu, mas, Cristo em mim”. Terás lutas, com certeza, mas alcançarás vitórias, poderás cair, certamente, mas, terás a mão de Deus estendida para te levantar. Deixe seu “eu” morrer e adquira uma vida cristã que vale a pena ser vivida, pois está escrito: “Eis que faço novas todas as coisas”. Deixe Deus agir, dê a Ele o controle total da sua vida. Ele prometeu que jamais nos deixaria. Você duvida? Então experimente e verás.