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sábado, 20 de abril de 2013

O EVANGELHO SÓ POSSUI UM CONTEÚDO: O BÍBLICO! E ESTE NÃO MUDA!


Imagem extraída do Google Image
Prof. Leonardo Miranda
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Tem coisas e situações que parecem nunca mudar! Uma delas é a estrutura social que, independente do modelo adotado de acordo com cada cultura, permanece com uma necessidade, por si só, de se organizar para a manutenção das sociedades. Algumas outras coisas mudam, entre elas, o próprio ser humano que na medida em que ganha experiência de vida, muda alguns conceitos.

Mas, de tudo o que permanece sem mudanças, o mai importante é o Evangelho do Reino ensinado por Jesus. Formas de pregá-lo podem até mudar, o público ouvinte também dada a condição de que gerações vão morrendo e gerações vão nascendo, mas a palavra do Senhor deve permanecer para sempre. E não apenas do ponto de vista de que Deus cumpre o que promete, mas também considerando o conteúdo ensinado por Cristo deve permanecer inalterado.

Somos apenas instrumentos de proclamação da mensagem salvífica! A nenhum de nós foi dada autoridade para interpretar retirando ou acrescentando conteúdos e conceitos dentro do Evangelho. Assim sendo, como prova de que a palavra do Senhor e seus princípios, quando pregados genuinamente, permanecem é esta mensagem que vem a seguir:
  
“Nem todos os que se vangloriam na fé são de fato cristãos. Cristo derramou seu sangue. Não somos justificados por uma fé que não muda nossas vidas. Você diz: ‘Eu acredito nisso’ (o diabo também pode dizer o mesmo). Você apenas aprendeu a repetir palavras [...]. Onde estão os frutos que demonstram no que você realmente acredita? Você permanece em seus pecados. Certamente Cristo não morreu pelos pecados que você ama e faz planos constantes de cometê-los. Cristo veio para destruir as obras do diabo, como diz 1 João 3.8. Isso é uma realidade na vida do homem regenerado. Se você fosse, como Zaqueu, por exemplo, um cobrador de impostos nos dias de Cristo, diria sem dúvida ao ser regenerado: ‘Eu vou dar a metade dos meus bens e, se defraudei alguém, vou restituir quatro vezes mais...’ ( Lucas 19.08 ). Na vida de Zaqueu as obras do diabo foram destruídas [...]. Entenda de uma vez por todas, ‘o sangue de Cristo mata o pecado; não o torna vivo; torná-lo vivo é obra do diabo, que inflama o desejo ajudado pela carne e pelo mundo [...]’.

Cristo não morreu para que você possa continuar a ser o mesmo homem sob o poder do pecado, mas para que o pecado, depois de ter sido morto, seja apagado, e que, doravante, você possa amar a Deus sobre todas as coisas [...].

A verdadeira fé toma o pecado e o coloca à morte, de modo que você não possa mais viver nele, mas na justiça que flui de Cristo. Portanto, mostre através de sua vida e seus frutos que há verdadeira fé em ti. Senão, o fato é que o sangue de Cristo não fez nada por ti. Se você é desobediente, negligente, reveja o que você diz acreditar. Pois a fé que salva é vitoriosa, triunfante, e vence o mundo ( 1 Jo 5.4). Crer e viver em desobediência é uma contradição.

Que cada um pense: ‘Eu fui feito um crente, eu tenho sido lavado com o sangue de Cristo, o sangue do Filho de Deus, com o propósito de que meus pecados pudessem ser mortos... Eu não sou desobediente e vou declarar isso com os meus atos’ – Caso contrário, tudo que tens é apenas orgulho e uma fé vã. Você sabe que é um homem que vive em desobediência? Então não se vanglorie de ter fé em Cristo e em seu sangue purificador. Você pertence ao diabo pelas obras que sua vida demonstra a cada dia. Você está levando o nome de Cristo a vergonha e ao escárnio dos homens e dos anjos caídos: você está caminhando para a condenação eterna!”.[1]

Lutero, Alemanha, 07 de Junho de 1545.
Sermão pregado em 1 João 4.16-21, no Domingo, 07 de Junho de 1545 em Wittenberg, Alemanha.

Note que os fundamentos doutrinários bíblicos sobre pecado, arrependimento e conversão são iguais aos de hoje, e são iguais ao dos primeiros séculos da era cristã. Provavelmente se este sermão não fosse datado imaginaríamos que ele foi pregado esta semana no culto ou no domingo passado! A lição que fica é que não temos o direito de adulterar o Evangelho modificando-o em favor de algumas pessoas ou mesmo por partidarismo ou por desagradarmos alguns ouvintes, ou, ainda, por qualquer outra forma de corrupção. Doa a quem doer, incluindo nós mesmos, nosso compromisso é com o anúncio da verdade de Deus.

Pense nisto!

[1] Agradecimentos especiais ao irmão Jeferson Santos (o Gê), pelo envio do material que inspirou este artigo.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

VOLTANDO AOS FUNDAMENTOS

Imagem extraída do Google Image

Prof. José A. Nogueira
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Não é novidade informar por meio de blogs, jornais, boletos circulares e outros meios de comunicação que o cristianismo latino está em crise! Também não é novidade encontrarmos as mais diversas críticas sobre os procedimentos de líderes ditos cristãos, ou mesmo sobre os problemas que as denominações enfrentam. Algumas fundamentadas e outras não! E de certo modo, este artigo não é parcialmente diferente considerando que ele é produto de minha reflexão sobre questões que tenho visto por aí. Contudo, o diferencial neste artigo é que aqui proponho pensarmos coletivamente, acima das barreiras denominacionais, como corpo de Cristo independente de nosso segmento teológico. Vamos juntos pensar em nosso contexto e refletirmos sobre como podemos melhorar e glorificar a Deus!

Vivemos num tempo em que o cristianismo foi banalizado! Tornou-se “barato”, simplório e fácil de ser seguido! Tão fácil que não vê nem mesmo a necessidade de seguir determinados princípios bíblicos que foram, depois, confirmados na ortodoxia cristã. E dentre estes princípios encontra-se a regulação da fundação da Igreja.

A menos que eu esteja errado, foi Jesus quem instituiu a Igreja e tinha um projeto em mente para ser seguido e tudo isso foi transferido aos seus discípulos. Para saber se isto é verdade confira aí em sua Bíblia! Sim! Abra a sua Bíblia e se familiarize com ela, observe a Palavra de Deus e imagine as palavras de Jesus...

“Por isso diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens. Ora, isto, ele subiu, que é, senão que também antes tinha descido às partes mais baixas da terra? Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas. E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor.” [Efésios 4.9-16]

Agora percebam: “Vós sois meus amigos, se fazeis o que vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz seu senhor. Mas chamei-vos amigos, pois vos dei a conhecer tudo quanto ouvi de meu Pai.” [João 15:14-15]

Diante dos versículos citados, o que realmente entristece é perceber que muitos cristãos são usados como objetos, enquanto os objetos são mais valorizados e amados como se fossem gente, como se fossem pessoas. Tudo às avessas, tudo ao contrário! E esta inversão de valores, este sistema anticristão, anti Jesus Cristo, corrupto e aquém da Palavra e da vontade moral de Deus, está se alastrando no meio do cristianismo latino, mais especificamente brasileiro. Se você ainda não parou para pensar nessa denúncia, pense, pense mesmo!

É hora de pensar e repensar os valores cristãos dentro dos templos. Nem da igreja posso dizer, porque templo físico não se denomina igreja e sim ajuntamento. [Atos 17.22-25] Parem e “rasguem suas vestes” diante do Deus Vivo e da sua Palavra. O que será que Jesus Cristo quis dizer a partir dos registros de Mateus, no capítulo 6, na parte “c” do versículo 25?

Isto está se tornando insuportável! Pessoas não cristãs escrevem livros e dão as suas palestras para dizer ao mundo o que Jesus Cristo falou; em outras palavras, ensinando a moral que a igreja com os seus ajuntamentos deveriam estar proclamando ao mundo: conceitos de amor, ética, respeito, altruísmo, empatia e cidadania. Pelo amor de Deus! Sejamos cristãos ou neguemos o evangelho que dizemos receber e honrar! Não há duas verdades, nem um “sim” e um “não”! Percebam: “Seja, porém, o vosso sim, sim, e o vosso não, não; o que passar disso vem do maligno”. [Mateus 5.37] Agora vejam: "Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará a um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro". [Mateus 6:24]

Todas estas citações bíblicas foram escritas para mostrar que encontramos na própria bíblia as respostas de que necessitamos para sairmos da situação lastimosa em que nos encontramos. É por meio da instrução e prática da verdade bíblica que teremos condições de melhorarmos e glorificarmos a Deus. O primeiro compromisso de qualquer cristão não é nem mesmo com a própria vida ou seus interesses particulares como se Deus fosse um amuleto que resolvesse todos os problemas e a ação divina girasse em torno de nossos desejos; mas sim com Deus e seu Reino, doa a quem doer, custe o que custar, incluindo a própria vida.

Não temos o direito de adulterar ou omitir o Evangelho em nome da camaradagem ou como se o propósito salvífico considerasse o ser humano como o centro das atenções. Deus é o centro e todo o seu propósito resulta, primeiramente, para a sua própria glória de modo que qualquer ser humano que estiver incluído no projeto de salvação o está pela graça de Deus. Assim sendo, é o ser humano quem deve se adequar às normas de Deus estabelecidas em sua Palavra e procurar viver uma vida de cumprimento da vontade de Deus, independente da denominação. E isto inclui voltar aos valores bíblicos de que pessoas são mais importantes que objetos, pois elas é que são a Imagem e Semelhança de Deus! Voltemos aos fundamentos da fé cristã, aos fundamentos do ensino bíblico!

Finalizo ironicamente com uma frase de um não-cristão cujo conteúdo testifica da verdade bíblica:
“No mundo atual, aprendemos a amar as coisas e usar as pessoas; deveria ser o contrário: deveríamos amar as pessoas e usar as coisas.” [John Powell/ autor não cristão]