Imagem extraída do Google Image
Prof. José A. Nogueira
____________________________
Não
é novidade informar por meio de blogs, jornais, boletos circulares e outros
meios de comunicação que o cristianismo latino está em crise! Também não é
novidade encontrarmos as mais diversas críticas sobre os procedimentos de
líderes ditos cristãos, ou mesmo sobre os problemas que as denominações
enfrentam. Algumas fundamentadas e outras não! E de certo modo, este artigo não
é parcialmente diferente considerando que ele é produto de minha reflexão sobre
questões que tenho visto por aí. Contudo, o diferencial neste artigo é que aqui
proponho pensarmos coletivamente, acima das barreiras denominacionais, como
corpo de Cristo independente de nosso segmento teológico. Vamos juntos pensar
em nosso contexto e refletirmos sobre como podemos melhorar e glorificar a
Deus!
Vivemos
num tempo em que o cristianismo foi banalizado! Tornou-se “barato”, simplório e
fácil de ser seguido! Tão fácil que não vê nem mesmo a necessidade de seguir
determinados princípios bíblicos que foram, depois, confirmados na ortodoxia
cristã. E dentre estes princípios encontra-se a regulação da fundação da Igreja.
A
menos que eu esteja errado, foi Jesus quem instituiu a Igreja e tinha um
projeto em mente para ser seguido e tudo isso foi transferido aos seus
discípulos. Para saber se isto é verdade confira aí em sua Bíblia! Sim! Abra a
sua Bíblia e se familiarize com ela, observe a Palavra de Deus e imagine as
palavras de Jesus...
“Por isso diz: Subindo
ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens. Ora, isto, ele subiu,
que é, senão que também antes tinha descido às partes mais baixas da terra?
Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para
cumprir todas as coisas. E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para
profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores,
querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para
edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao
conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa
de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por
todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam
fraudulosamente. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele
que é a cabeça, Cristo, do qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo
auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o
aumento do corpo, para sua edificação em amor.” [Efésios 4.9-16]
Agora
percebam: “Vós sois meus amigos, se
fazeis o que vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que
faz seu senhor. Mas chamei-vos amigos, pois vos dei a conhecer tudo quanto ouvi
de meu Pai.” [João 15:14-15]
Diante
dos versículos citados, o que realmente entristece é perceber que muitos
cristãos são usados como objetos, enquanto os objetos são mais valorizados e
amados como se fossem gente, como se fossem pessoas. Tudo às avessas, tudo ao
contrário! E esta inversão de valores, este sistema anticristão, anti Jesus
Cristo, corrupto e aquém da Palavra e da vontade moral de Deus, está se
alastrando no meio do cristianismo latino, mais especificamente brasileiro. Se
você ainda não parou para pensar nessa denúncia, pense, pense mesmo!
É
hora de pensar e repensar os valores cristãos dentro dos templos. Nem da igreja
posso dizer, porque templo físico não se denomina igreja e sim ajuntamento.
[Atos 17.22-25] Parem e “rasguem suas vestes” diante do Deus Vivo e da sua
Palavra. O que será que Jesus Cristo quis dizer a partir dos registros de
Mateus, no capítulo 6, na parte “c” do versículo 25?
Isto
está se tornando insuportável! Pessoas não cristãs escrevem livros e dão as
suas palestras para dizer ao mundo o que Jesus Cristo falou; em outras
palavras, ensinando a moral que a igreja com os seus ajuntamentos deveriam
estar proclamando ao mundo: conceitos de amor, ética, respeito, altruísmo,
empatia e cidadania. Pelo amor de Deus! Sejamos cristãos ou neguemos o
evangelho que dizemos receber e honrar! Não há duas verdades, nem um “sim” e um
“não”! Percebam: “Seja, porém, o vosso
sim, sim, e o vosso não, não; o que passar disso vem do maligno”. [Mateus
5.37] Agora vejam: "Ninguém
pode servir a dois senhores; pois odiará a um e amará o outro, ou se dedicará a
um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro". [Mateus 6:24]
Todas estas
citações bíblicas foram escritas para mostrar que encontramos na própria bíblia
as respostas de que necessitamos para sairmos da situação lastimosa em que nos
encontramos. É por meio da instrução e prática da verdade bíblica que teremos
condições de melhorarmos e glorificarmos a Deus. O primeiro compromisso de
qualquer cristão não é nem mesmo com a própria vida ou seus interesses particulares
como se Deus fosse um amuleto que resolvesse todos os problemas e a ação divina
girasse em torno de nossos desejos; mas sim com Deus e seu Reino, doa a quem
doer, custe o que custar, incluindo a própria vida.
Não temos
o direito de adulterar ou omitir o Evangelho em nome da camaradagem ou como se
o propósito salvífico considerasse o ser humano como o centro das atenções.
Deus é o centro e todo o seu propósito resulta, primeiramente, para a sua
própria glória de modo que qualquer ser humano que estiver incluído no projeto
de salvação o está pela graça de Deus. Assim sendo, é o ser humano quem deve se
adequar às normas de Deus estabelecidas em sua Palavra e procurar viver uma
vida de cumprimento da vontade de Deus, independente da denominação. E isto
inclui voltar aos valores bíblicos de que pessoas são mais importantes que
objetos, pois elas é que são a Imagem e Semelhança de Deus! Voltemos aos
fundamentos da fé cristã, aos fundamentos do ensino bíblico!
Finalizo
ironicamente com uma frase de um não-cristão cujo conteúdo testifica da verdade
bíblica:
“No mundo
atual, aprendemos a amar as coisas e usar as pessoas; deveria ser o contrário:
deveríamos amar as pessoas e usar as coisas.” [John Powell/ autor não cristão]