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quarta-feira, 10 de abril de 2013

VOLTANDO AOS FUNDAMENTOS

Imagem extraída do Google Image

Prof. José A. Nogueira
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Não é novidade informar por meio de blogs, jornais, boletos circulares e outros meios de comunicação que o cristianismo latino está em crise! Também não é novidade encontrarmos as mais diversas críticas sobre os procedimentos de líderes ditos cristãos, ou mesmo sobre os problemas que as denominações enfrentam. Algumas fundamentadas e outras não! E de certo modo, este artigo não é parcialmente diferente considerando que ele é produto de minha reflexão sobre questões que tenho visto por aí. Contudo, o diferencial neste artigo é que aqui proponho pensarmos coletivamente, acima das barreiras denominacionais, como corpo de Cristo independente de nosso segmento teológico. Vamos juntos pensar em nosso contexto e refletirmos sobre como podemos melhorar e glorificar a Deus!

Vivemos num tempo em que o cristianismo foi banalizado! Tornou-se “barato”, simplório e fácil de ser seguido! Tão fácil que não vê nem mesmo a necessidade de seguir determinados princípios bíblicos que foram, depois, confirmados na ortodoxia cristã. E dentre estes princípios encontra-se a regulação da fundação da Igreja.

A menos que eu esteja errado, foi Jesus quem instituiu a Igreja e tinha um projeto em mente para ser seguido e tudo isso foi transferido aos seus discípulos. Para saber se isto é verdade confira aí em sua Bíblia! Sim! Abra a sua Bíblia e se familiarize com ela, observe a Palavra de Deus e imagine as palavras de Jesus...

“Por isso diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens. Ora, isto, ele subiu, que é, senão que também antes tinha descido às partes mais baixas da terra? Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas. E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor.” [Efésios 4.9-16]

Agora percebam: “Vós sois meus amigos, se fazeis o que vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz seu senhor. Mas chamei-vos amigos, pois vos dei a conhecer tudo quanto ouvi de meu Pai.” [João 15:14-15]

Diante dos versículos citados, o que realmente entristece é perceber que muitos cristãos são usados como objetos, enquanto os objetos são mais valorizados e amados como se fossem gente, como se fossem pessoas. Tudo às avessas, tudo ao contrário! E esta inversão de valores, este sistema anticristão, anti Jesus Cristo, corrupto e aquém da Palavra e da vontade moral de Deus, está se alastrando no meio do cristianismo latino, mais especificamente brasileiro. Se você ainda não parou para pensar nessa denúncia, pense, pense mesmo!

É hora de pensar e repensar os valores cristãos dentro dos templos. Nem da igreja posso dizer, porque templo físico não se denomina igreja e sim ajuntamento. [Atos 17.22-25] Parem e “rasguem suas vestes” diante do Deus Vivo e da sua Palavra. O que será que Jesus Cristo quis dizer a partir dos registros de Mateus, no capítulo 6, na parte “c” do versículo 25?

Isto está se tornando insuportável! Pessoas não cristãs escrevem livros e dão as suas palestras para dizer ao mundo o que Jesus Cristo falou; em outras palavras, ensinando a moral que a igreja com os seus ajuntamentos deveriam estar proclamando ao mundo: conceitos de amor, ética, respeito, altruísmo, empatia e cidadania. Pelo amor de Deus! Sejamos cristãos ou neguemos o evangelho que dizemos receber e honrar! Não há duas verdades, nem um “sim” e um “não”! Percebam: “Seja, porém, o vosso sim, sim, e o vosso não, não; o que passar disso vem do maligno”. [Mateus 5.37] Agora vejam: "Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará a um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro". [Mateus 6:24]

Todas estas citações bíblicas foram escritas para mostrar que encontramos na própria bíblia as respostas de que necessitamos para sairmos da situação lastimosa em que nos encontramos. É por meio da instrução e prática da verdade bíblica que teremos condições de melhorarmos e glorificarmos a Deus. O primeiro compromisso de qualquer cristão não é nem mesmo com a própria vida ou seus interesses particulares como se Deus fosse um amuleto que resolvesse todos os problemas e a ação divina girasse em torno de nossos desejos; mas sim com Deus e seu Reino, doa a quem doer, custe o que custar, incluindo a própria vida.

Não temos o direito de adulterar ou omitir o Evangelho em nome da camaradagem ou como se o propósito salvífico considerasse o ser humano como o centro das atenções. Deus é o centro e todo o seu propósito resulta, primeiramente, para a sua própria glória de modo que qualquer ser humano que estiver incluído no projeto de salvação o está pela graça de Deus. Assim sendo, é o ser humano quem deve se adequar às normas de Deus estabelecidas em sua Palavra e procurar viver uma vida de cumprimento da vontade de Deus, independente da denominação. E isto inclui voltar aos valores bíblicos de que pessoas são mais importantes que objetos, pois elas é que são a Imagem e Semelhança de Deus! Voltemos aos fundamentos da fé cristã, aos fundamentos do ensino bíblico!

Finalizo ironicamente com uma frase de um não-cristão cujo conteúdo testifica da verdade bíblica:
“No mundo atual, aprendemos a amar as coisas e usar as pessoas; deveria ser o contrário: deveríamos amar as pessoas e usar as coisas.” [John Powell/ autor não cristão]

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