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Jader H. Faleiro
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Estamos vivendo tempos em que nossa sociedade
está passando por grandes transformações; não falo de transformações tecnológicas,
pois essas são inevitáveis e em sua maioria são bem vindas, porém mudanças mais
profundas e estão ligadas diretamente com a posição que a Igreja tem tomado
nesses últimos dias.
De certa forma as mudanças sociais sempre
aconteceram e que fazem parte de um ciclo normal da humanidade. De fato,
podemos perceber que a sociedade passa diariamente por mudanças, e que estes acontecimentos
em longo prazo sempre culminam em revoluções, revoltas e até guerras que marcam
o que alguns chamam de mudança de ciclo da humanidade.
A sociedade brasileira está chegando ao fim
de um “ciclo”: o aumento da criminalidade, da depravação moral e a aprovação de
leis as quais são fortes golpes contra a Igreja são exemplos disso. Como consequência
da perseguição política e ideológica e da falta de conhecimento das Escrituras
para se posicionar publicamente, temos a “prostituição teológica” que faz o
sincretismo imperar nas denominações ditas evangélicas criando uma geração de
cristãos enfraquecidos, que são levados por vários ventos de falsas doutrinas
de um lado para o outro, embriagados por ensinos que negam a fé cristã ao mesmo
tempo em que são estimulados a amarem este mundo e a si próprios.
A Igreja (em sua maioria de líderes e membros)
se encontra indiferente aos resultados na mudança de ciclo. Ao buscar por interesses
não bíblicos, ela não percebe que sua omissão resulta em parte alimentando o caos
social. Quando ela deixou a sã doutrina, quando deixou de ser missionária,
quando trocou os cultos por shows, a leitura da bíblia por livros de auto-ajuda
e quando deixou de amar o próximo passou a o tê-lo como inimigo, rival e até
concorrente!
A noiva está caída, machucada, ela foi
vendida, foi abusada, seus profetas estão mudos, seus ministros bêbados, seus
cantores cantam ao vento, porém ouve-se um gemido muito tímido, uma voz
parecida com a de uma criança pedindo restauração. Quem pode ouvir essa voz? Onde
chegaremos como sociedade, ou pior como igreja? “O mundo dorme nas trevas, a
igreja não luta, pois dorme na luz” (Keith Green)
Essa sociedade é um barril de pólvora que
pode explodir a qualquer momento, enquanto muitos “bons samaritanos” querem
cuidar das classes minoritárias, as grandes massas padecem com o crime, com a
desigualdade. Estaremos nós como Igreja assistindo a tudo isso sem reagir?
Esperaremos o islamismo aparecer como única solução para por limites, como tem
acontecido em vários países que decepcionados com a corrupção da Igreja no
decorrer da história se renderam a religião de Maomé, pois encontraram nele um
refugio contra depravação social? É isso que espera o futuro do povo
brasileiro?
A igreja é chamada para ser o estandarte de
Cristo! E o que vale um estandarte dentro de uma caixa? O que adianta a unção
se ela não alcançar os perdidos? E de que adiantam as belas e inflamadas mensagens
se o alvo não for o coração dos perdidos? Não podemos nos esconder atrás da
desculpa “que essas coisas vão
acontecer mesmo” na covardia de um discurso escatológico alienado
para não fazermos nada. Precisamos de um avivamento bíblico, real para a Igreja
brasileira. Não um avivamento fantasioso caracterizado por muito barulho,
manifestações supostamente sobrenaturais ou mesmo psicológicas. Mas, sim, um
avivamento que provoque mudança na visão de mundo dos cristãos evangélicos brasileiros,
uma transformação de dentro para fora, na renovação do entendimento e que seja
suficiente para uma mobilização prática, no comportamento da Igreja.
Estamos vivendo um tempo único em nossa
nação, o qual as gerações futuras provarão dos frutos de nossas decisões. E
pensando como pai me pergunto: Qual é o futuro que deixaremos para nossos
filhos nessa nação?
Finalizando essa reflexão deixo uma frase cuja
autoria me é desconhecida, porém resume bem o que foi proposto: “Amar a
Cristo equivale a amar a igreja que Ele comprou com Seu sangue e reconhecer que
a igreja é d'Ele. Ele é o único Senhor”.
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