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sábado, 10 de dezembro de 2011

A GRAÇA DE DEUS PELA CRUZ: ALÍVIO PARA O FARDO DOS FARISEUS










Imagem extraída do Google Images
Jader H. Faleiro
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Eles atam fardos pesados e os colocam sobre os ombros dos homens, 
mas eles mesmos não estão dispostos a levantar um só dedo para movê-los (Mt.23:4) 

Jesus dizia estas palavras referindo-se aos fariseus e aos doutores da lei, pessoas religiosas que tinham nas práticas religiosas sua glória e honra, porém todo zelo em cumprir a tradição lhes fizeram como “máquinas” sem sentimentos, programados somente para o que era “certo ou errado”! E quantas vezes não lemos sobre o amado Senhor Jesus os exortando, chamando-os de sepulcros caiados por causa da petulância e arrogância com que eles se dirigiam aos pequeninos. 

Em nossos dias infelizmente o farisaísmo está em alta, porém ao invés de judeus fanáticos, temos basicametne dois tipos de fariseus: líderes fanáticos e membros “embriagados” em suas ilusões pseudobíblicas, com seus dedos em riste apontando para todos que não aceitam suas ideologias falidas. 

Em se tratando dos líderes fanáticos, é notório o fardo sendo colocado nos ombros das pessoas quando essas são ludibriadas a doarem mais do que o Espírito Santo as moveu para doar, quando são forçadas a confessar uma cura, porque estão sendo constrangidas em frente à igreja e se elas disserem que nada aconteceu, subentende-se que Deus não usou o “profeta” ou que ela não tem fé! O fardo fica cada vez mais pesado quando as pessoas são obrigadas a acreditar que elas precisam fazer algo para “mover o coração de Deus”, fazer algo que O motive a operar. Estes são alguns exemplos dentre os mais conhecidos de farisaísmo moderno de algumas lideranças. Para estes eu deixo a pergunta: se Jesus fosse membro deste grupo, será que ele concordaria com tais posturas? 

Em se tratando dos membros “embriagados”, o fardo fica mais pesado quando a arrogância toma conta do meu ser, e ao contrário do que o Evangelho ensina, eu me sinto superior aos meus irmãos em Cristo. O apóstolo Paulo ensinou que temos que olhá-los e considerá-los superiores a nós mesmos! Mas não acabou por aí! O fardo continua pesado quando acuso meu irmão, ou seja, deixo a posição de servo e passo a ser juiz. A Bíblia nos ensina em que ocasião e como devemos exortar nossos irmãos, mas na maioria das vezes o fazemos por orgulho, por nos acharmos mais santos, mais íntimos de Deus. 

Paradoxalmente, queremos que Deus manifeste em nossas vidas Seu poder para que todos vejam Sua Glória, porém não queremos ser misericordiosos como Ele é. Se buscássemos manifestar em nossas vidas e cultos Seu amor e misericórdia como desejamos Seu poder, acredito que muito mais pessoas já teriam sido alcançadas e não veríamos o islamismo e outras seitas crescendo como tanta intensidade. 

Mas o pior e mais pesado de todos os fardos é o ensino de que as pessoas precisam lutar para serem salvas, como se a obra de Cristo fosse apenas um “empurrãozinho motivacional” dado pelo Senhor e o resto é conosco. Se conseguirmos, no final teremos o gozo eterno, se não, no final teremos a fúria do Deus mal com grande expectativa em nos punir e nos lançar no lago de fogo e enxofre porque não cumprimos seus mandamentos “tão fáceis de serem cumpridos”. Este fardo é lançado tanto por líderes quanto por membros! 

O resultado desses fardos pesados tem sido a evasão da igreja para o mundo. Com a falta de base bíblica, de um ensino consistente dos fundamentos da fé cristã, com as imposições pseudodoutrinárias e comportamentais, como as já citadas nada cristãs, o resultado é uma comunidade que se diz cristã, porém imatura, que se deixa levar por qualquer vento de falsa doutrina[1] e que assume conceitos e costumes mudanos. Com isso, qualquer motivo serve para não congregarmos; mesmo o mais banal. Ler a Bíblia, então, pode esquecer! Conceitos pós-modernos como a velocidade de informação, a necessidade de se fazer tudo ao mesmo tempo, o prazer acima de tudo, tem entrado nas igrejas locais de tal maneira que as pessoas estão deixando seu ministério porque não gostaram da pregação do pastor, ou porque não gostam de um determinado irmão. 

Nestas horas eu me pergunto: Onde está a cruz, onde está a graça? Aprendemos sobre elas pelo conhecimento genuinamente bíblico! Se refletirmos profundamente perceberemos que, na íntegra, ninguém consegue viver uma vida cristã sem a obra libertadora de Cristo na cruz. Somos maus por influência do pecado em nossas vidas. Em pecado nascemos e em iniquidade nos gerou a nossa mãe em seu ventre.[2] O bem que sabemos que devemos fazer este não o fazemos, mas o mal que sabemos que não devemos fazer é este que o fazemos.[3] É por isso que ninguém consegue seguir os ensinos bíblicos se não nascer de novo, se não houver regeneração, se não houver a frequente misericórdia da parte de Deus, enfim, se não houver a manifestação da graça de Deus. Quando oramos, quando agradecemos, quando congregamos, quando lemos e estudamos a Bíblia, quando exercemos a moral cristã, quando vivemos em contato com as mais diversas áreas da vida humana, fazemos tudo isto pela graça de Deus. Existimos pela graça! Tudo é pela graça! 

Os cristãos da Reforma Protestante entenderam isto quando racionalizaram o conceito Sola Gratia (somente a graça). Sem nehuma presunção, afirmo que muitos, talvez a maioria dos cristãos, ainda não entenderam o significado dessa expressão, não porque está em latim, mas porque a Graça de Deus no sentido bíblico incomoda essa geração que é viciada em conceitos capitalistas de troca e lucro, não conseguem entender o favor de Deus para com a humanidade. Ele deu Seu único filho, não é uma troca, é Graça! Ele sim poderia cobrar-nos fardos pesadíssimos, mas resolveu que aliviaria todo aquele que estivesse cansado e sobrecarregado. Novamente afirmo: isto é Graça! A Graça de Deus é o refrigério eterno para nossas almas, pois nos revela o amor de Deus para com a humanidade, nos revela a eficácia do sangue de Cristo, pelo qual fomos comprados. 

A Bíblia já nos declara pecadores, totalmente depravados, mostrando-nos o quanto vivemos de forma distorcida afastados da comunhão com Deus. Não há necessidade de sermos acusados por mais ninguém ou apontados por outras pessoas ou, ainda, sermos submetidos a sistemas corruptos de poder por meio de nossa ignorância como estes fariseus modernos tentam fazer hoje. Aliás, se pensarmos bem, até a tentativa deles de domínio e poder, tanto de líderes quanto de membros, também é uma manifestação de pecado e uma prova de que eles mesmos não compreenderam nem a cruz e nem sua graça. 

A verdade é que qualquer fardo fica impossível de se carregar quando o tento fazer sem a Graça de Deus! E qual a resposta bíblica? A resposta é simples: A graça de Deus pela cruz! A cruz se manifesta pela graça e esta mesma cruz manifesta graça! Há uma inter-relação! Só é possível a obra da cruz porque Deus, por sua graça, a permitiu; como consequência, é por esta mesma obra da cruz que Deus derrama de sua graça sobre nós! Assim sendo, nos lembremos do ensino de Cristo ao manifestar sua graça contra os fardos pesados dos fariseus: “Vinde a mim todos que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei”.[4]

Muito obrigado meu Deus por ter-nos alcançado com Sua Graça pela cruz!


[1] Cf. Efésios 4:13,14.
[2] Cf. Salmo 51:5,6.
[3] Cf. Romanos 7:14-24.
[4] Cf. Mateus 11:28

Um comentário:

  1. Efésios 4:13,14
    Até qie todos cheguemos à unidade da f, e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, àq medida da estatura completa de Cristo
    Para que não sejamos mais meninos incontantes, levados em rodas por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.
    Salmo 51:5,6[ eis que em iniquidadefui formado, e em pecado me concebeu minha mãe:] [eis que amas a vertdade no íntimo, e no ocilto me fazes conhecer a sabedoria]
    Romanos 7 :14,24[ Porque bem sabemos que a lei é esporitual; mas eu sou carnal, vendido sobo pecado] [ Porque o que faço não o aprovo, pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço] [ me se faço o que não quero concinto com a lei que é boa.][ De maneira que agora já nmão sou eu que faço isso, mas o pecado que habita em mim.][ Portque eu sei que em mim, isto é na minha carne, n]ão habita bem algum: e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem.][ Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não queri esse faço.][ Ora, se eu falo o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim][ Acho então esta le3i em mim: que quando quero fazer, o mal está comigo][ Porque segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus.][ Mas vejo nos meus menbros outra lei que batalha contra a lei do meu entenhdimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está que está nos meus membros][ Mirerável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?][
    Mateus 11:28 Vinde a mim todos, todos os que estais can sados e oprimidos e eu vos aliviarei].

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