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sábado, 25 de fevereiro de 2012

CHAMADOS À COMUNHÃO



Imagem extraída do Google Image
Pr. Paulo Cunha
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“Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor.” (1ª Coríntios 1:9)


Nesta e em outras referências, “comunhão” deriva-se do grego koinonia que fundamentalmente é “participar de”, “ter contato mútuo com”, “tornar-se sócio”.

A palavra tem a ver com participação comum na fé e nos ideais, numa causa ou sociedade. Também significa “intimidade” naquilo que concerne ao amor e a paz. Na prática, “comunhão”, geralmente se manifesta na forma de contribuições para suprimento de necessidades entre irmãos em Cristo.

É indispensável que haja comunhão entre os filhos de Deus, devendo servir de exemplo os que ocupam funções de liderança espiritual. Aliás, um dos requisitos no reconhecimento de líderes na igreja deveria ser comunhão, nunca o contrário. Isto porque a citação bíblica inicial sobre comunhão nos leva às seguintes verdades:

1- “Fiel é Deus...” De fato, isto é inquestionável porque um de Seus santos atributos é a fidelidade. Justamente por Ele ser fiel, não permite tentação além de nossas forças (1ºCoríntios 10:13). Aquela bendita comunhão estabelecida por Sua exclusiva iniciativa na criação do homem, mantida por todo o tempo em que este e sua mulher estiveram no Jardim do Éden e terrivelmente prejudicada com a queda (a expulsão do casal do Jardim), manteve-se inegavelmente reconhecível nas promessas messiânicas e no chamamento de um povo peculiar.

2- “... chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor.” Isto lembra que a comunhão cristã caracteriza e identifica uma família de Deus especial e sagrada – a família de Deus, privilegiada por contar como membros principais, santos e soberanos o Pai, o Filho e o Espírito Santo, acrescida dos salvos (Efésios 2:19 e 1ºJoão 1:3b). Alerta também sobre uma necessidade urgente: que esta santa comunhão precisa ser cultivada e exercitada – como no princípio da igreja (Atos 2:42) e sob a recordação de um alto preço pago (Atos 20:28; 1ºCoríntios 6:20; 7:23; 10:16).

Assim ao invés de se promover tanta separação drástica e maléfica entre o povo de Deus, cultivemos e exercitemos junta a comunhão a que fomos chamados.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

E TODOS DIZEM: CULPADO!





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Pr. Márcio A. Leão
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Como vários brasileiros, não pude deixar de acompanhar a sentença do jovem Lindemberg Alves, pronunciada pela juíza Milena Dias, após quatro dias de julgamento no fórum de Santo André – SP. Ao findar de 40 horas de trabalho, a justiça se dá por satisfeita em condenar o rapaz de 25 anos de idade a 98 anos e 10 meses de reclusão pela morte de Eloá e pelos 11 crimes cometidos durante os cincos dias de confinamento ocorrido em outubro de 2008, sendo este considerado o maior crime de cárcere privado no país.

Os jurados tiveram que votar em 49 quesitos que resultaram na condenação de Lindemberg pelos 12 crimes cometidos: homicídio duplamente qualificado contra Eloá, tentativa de homicídio duplamente qualificado contra Nayara, tentativa de homicídio qualificado contra o sargento Athos Valeriano, cinco cárceres privado e por quatro disparos de arma de fogo.

Estes crimes comoveram todo o país. Pessoas passaram tempo diante da televisão, fizeram plantão junto ao apartamento onde ocorreu o crime, todos na expectativa de um desfecho tranqüilo; o que não foi possível. E agora a mesma multidão se encontrava no dia 16 de Fevereiro deste ano na frente de seus televisores e diante do fórum de Santo André-SP, pedindo por justiça, justiça essa que resultaria na condenação máxima do réu.

No final do pronunciamento feito pela juíza Milena Dias, todos presentes na sala aplaudiram seu veredito. Mas ao acompanhar a sentença me fiz as perguntas: E se a juíza Milena resolvesse inocentar Lindemberg pelos crimes cometidos? Se o jure que o considerou culpado não o considerasse responsável pelos seus delitos? Como a impressa, as pessoas presentes na sala e toda a população presente diante do fórum e pela mídia reagiriam? Afinal nem mesmo a sua advogada Ana Lucia Assad o considerava inocente.

Não existe na legislação de qualquer parte do mundo algo que o pudesse inocentar de seus crimes, e certamente a juíza Milena Dias nem se quer sairia com segurança daquele fórum se cometesse “tal loucura”, afinal existia ali presente e por toda parte do país um clamor por justiça: “condene-o a pena máxima”!

Ao fazer essa pergunta a uma jovem, do que ela pensaria se a juíza inocentasse Lindemberg, a mesma me disse que a juíza seria considerada pior do que o autor dos crimes. Ao ver esse rapaz diante daquele tribunal pensei justamente na nossa condição diante de Deus: somos culpados pelos nossos pecados! Isto significa que não há nada que nos justifique diante dEle; somos dignos de sermos condenados pelo único justo, presente na sala, Deus. Ninguém por maior esforço que fizesse poderia nos inocentar diante dEle, sim somo todos culpados, merecedores da condenação, e ninguém consideraria Deus injusto pela sentença pronunciada contra nós, afinal temos nossos delitos expostos diante dEle.

Então eu respondi a jovem: A humanidade é um lindemberg diante de Deus.  Paulo ao escrever sua epístola aos Romanos declara: “... todos, tanto judeus como gregos, estão debaixo do pecado; como está escrito: Não há justo, nem sequer um... todos se extraviaram, a uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer... pois todos pecaram e carecem da glória de Deus.” (Rm. 3:9, 10, 12; 23). E ainda assim se não estivéssemos incluídos nesta condição, estaríamos diante do tribunal divino clamando que Deus fizesse justiça contra tais culpados: Condene-os a eternidade no lago de enxofre.

Mas não foi isso que Deus fez! Mesmo estando na condição de responsáveis pelos nossos pecados, ele escolheu nos justificar por meio de seu filho. Langston no seu livro “Esboço de Teologia Sistemática” diz que Deus não faz o homem justo por declará-lo justificado. Uma das maiores glórias do evangelho é esta doutrina, que Deus, o justíssimo entre todos, pode justificar o injusto sem praticar injustiça.

Em Romanos 3:25, está escrito: “Deus ofereceu Cristo como sacrifício para que, pela sua morte na cruz, Cristo se tornasse o meio de as pessoas receberem o perdão dos seus pecados, pela fé nEle. Deus quis mostrar com isso que Ele é justo. No passado Ele foi paciente e não castigou as pessoas por causa dos seus pecados”; ainda em Romanos 4: 25: “... o qual por nossos pecados foi entregue e ressuscitou para nossa justificação.”. Ou seja, Cristo é retratado como o propiciatório no qual eram satisfeitos os justos requisitos de Deus (Lv 16:14), a ressurreição de Cristo ocorreu por causa de nossa justificação; isto é, aconteceu como prova de que Deus aceitou o sacrifício de Seu filho. E pela fé em Cristo somos justificados por Deus.

Louvemos a Deus que não imputou a nós os nossos pecados ainda que merecedores, dignos de condenação, mas preferiu nos oferecer perdão entregando o seu único filho na cruz. “Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu único filho, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16). “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito da vida em Cristo Jesus te livrou da lei do pecado e da morte. Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, como efeito, condenou Deus, na carne, o pecado”. (Rm 8:1-3).

Fico pensando em quem são as pessoas que pediam por justiça; se não havia, por acaso, no meio delas alguém que também estará, por outros motivos, ante a um tribunal para ouvir sua sentença, pessoas que talvez no amanhã assumirão o lugar de Lindemberg por outros crimes que chocarão a sociedade, e talvez não reconhecerão seus erros como ele os reconheceu diante do tribunal, pessoas que certamente ouvirão a mesma sentença: “Culpado”!

Filhinhos meus, estas cousas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo; e ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro. (1 Jo 2:1,2)

sábado, 11 de fevereiro de 2012

VOCÊ SABE QUAIS SÃO SUAS NECESSIDADES?





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Jader H. Faleiro
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“... porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes.” (Mateus 6:8) 

Deus sabe quais são nossas necessidades! Essa afirmação bíblica tão verdadeira e linda que demonstra o zelo e amor de nosso Deus para conosco. Porém, Seu cuidado com sua criação tem sido interpretada erroneamente nos últimos tempos. 

Muitas vezes vemos alguns ministros ou autores usando-a como base em seus desarranjos bíblicos para afirmarem que Deus dará tudo que quisermos; e esse ensino está longe de ser, ou melhor, não é a mensagem que o texto traz. 

Muitos em nossos dias, intoxicados com as fábulas da teoria da prosperidade, quando lêem que Deus conhece nossas necessidades, logo começam a pensar: “sou filho de Deus e é uma vergonha para Deus um filho Dele andar de carro velho”, “essa casa velha não é de Deus”. “Embebidos” ou “adubados” com essa teoria, esses pensamentos não param e crescem abundantemente, são como a Hidra mitológica, corta-lhe uma cabeça e nasce quase que instantaneamente outras duas. 

Como resultado, muitos têm abandonado seus empregos com a velha desculpa de que “não nasceram para ser cauda e sim cabeça”. Não sou contra o empreendedorismo, pelo contrário sou totalmente a favor, porém de forma estratégica, com planejamento e direção. Saiba disso: não é porque alguém trouxe uma palavra no domingo a noite que vc é cabeça e não cauda que vc deve chegar na segunda e brigar com seu patrão! 

Por causa da infinidade de erros como esses, percebo em nossos dias uma multidão de cristãos amargurados (muitas vezes com o próprio Deus), abandonados, pois aquele que lhes incentivou a “dar o passo de fé” não apareceu para consolar, frustrados e muitos já desviados, se perguntando: “Mas Deus... se o Senhor conhece minhas necessidades, então por que estou passando por isso?” 

Não estou dizendo com isso que devemos viver em total abstinência de bens patrimoniais, isto seria loucura e absurdo, ou que não devemos almejar uma vida confortável, mas simplesmente chamo a reflexão sobre quais tem sido nossas prioridades como cristãos. Na verdade Deus conhece nossas necessidades, mas a pergunta é: Nós conhecemos nossas necessidades? 

O problema é, justamente, que a nossa visão de mundo como cristãos é tão materialista e carnal que não conseguimos imaginar quais são as necessidades que Deus sabe que precisamos. Sempre julgamos nossas necessidades como prioridades e nunca paramos para ouvir o que Deus tem para nós, talvez seja por medo de que Seus planos não estejam do nosso agrado, ou simples falta de intimidade com Deus. Mas o fato é que sempre estamos prontos a falar e nunca a ouvir contrariando o texto bíblico que diz o contrario. 

Já parou para pensar que o fato de não entendermos nossas necessidades aos olhos de Deus reflete uma gigantesca ausência de intimidade com Ele e Sua Palavra. Consequentemente ficamos expostos ao apetite insaciável de lobos trajados de ovelhas e suas historias sobre prosperidade. 

Faça uma reflexão! Olhe para dentre de si neste momento e responda siceramente para você mesmo e para Deus: Quais são suas reais necessidades? E quais são as necessidades que Deus sabe que você tem? Quem está certo ao seu respeito?