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terça-feira, 31 de julho de 2012

PASTOREIO VIRTUAL


Imagem extraída do Google Image
Fabiano Xavier
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Comumente, em igrejas sérias, para ser ordenado pastor o candidato é sabatinado, tendo que responder a questões que podem qualificá-lo, ou não, para o ofício. Ler a bíblia toda, ter conhecimento do credo da igreja e possuir uma postura bíblico-doutrinária são assuntos e características tratados em ocasião de uma ordenação.  Diante disso, ouso imaginar que possuir um perfil de rede social está também se tornando algo quase que obrigatório para quem almeja o episcopado.

Qualquer um que foi chamado para ser responsável sobre a igreja precisa ter conhecimento de que tipo de conduta o corpo de Cristo tem em sua vida virtual, quais assuntos têm sido compartilhados nos perfis, e a consequência disso no testemunho cristão.

Numa entrevista concedida ao site G1 o advogado Renato Ópice Blum, especializado em direito digital, faz a seguinte afirmação: “Na internet, o conteúdo se espalha em poucos minutos”. Sei... E o que tem isso a ver com a igreja?

O apóstolo Paulo já havia alertado os cristãos de Colosso que se prevenissem dos que tentariam enganá-los com vãs sutilezas (Cl 2:8). Hoje a internet tem se tornado um campo livre de disseminação de ideias, não só cristãs e bíblicas, ortodoxas, mas também de toda liberalidade, neopentecostalismo, teologia da prosperidade, relativismo bíblico e máximas construídas a partir de trechos de canções ditas evangélicas que muitas vezes desconstroem argumentos bíblicos; e isto não contando as outras ideologias de religiões e seitas.

O que mais impressiona é a velocidade na qual, frases, ideias, pensamentos, opiniões se disseminam e são tomadas como verdades, por muito incautos, neófitos e imaturos. Sem um fundamento bíblico doutrinário e uma hermenêutica e exegese adequadas, qualquer colocação, qualquer texto fora do contexto, passa a ser verdade com muita facilidade, principalmente quando relativa à prosperidade, triunfalismo, vitória, promessas e outros assuntos preferidos dos “estelionatários da fé”.

A questão é que ainda que lideres sejam comprometidos com a sã doutrina, os cristãos, principalmente jovens, são bombardeados em todo momento por uma imensa onda de pensamentos e ideologias. Nesse sentido é preciso estar atuando de forma consistente no terreno virtual, num sentido missionário e apologético e, por que não dizer, pastoral, a fim de combater os “principados e potestades virtuais” que vêm no intuito de confundir a mente dos cristãos.

É preciso que Pastores, líderes, teólogos, mestres e pais estejam em comunhão com os irmãos também nas redes sociais, buscando verificar quais os assuntos compartilhados pelos seus e pelos círculos de amizades, procurando exortar que as relações sociais, o conhecimento científico, as artes, as reflexões e tudo mais que vier será bem vindo desde que se fundamente sempre na cosmovisão cristã para o mundo, pois o caminho inverso sempre é destrutivo para a fé em Cristo (1Co 3:11).

Reflita sobre isto! 

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