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domingo, 30 de setembro de 2012

Quem é o inimigo, quem é você?


                                               



Fabiano Xavier
_______________________________ 


 
Você sabe quem é seu verdadeiro inimigo?
É comum ouvir no meio cristão que o diabo é nosso inimigo. De fato ele é adversário, salvo, quando se age verdadeiramente como igreja, pois qual seria outro motivo dele se levantar contra um mísero homem que somos cujas vidas são tão efêmeras (Tg 4:14)? Na verdade, como inimigo de Deus ele luta contra sua criação. Logo, o sentido de se levantar contra os eleitos se deve ao fato dele se opor a Deus. O que quero dizer é que por mais que o diabo esteja ao nosso derredor (1Pe 5:8), ele nada pode fazer contra a igreja se Cristo, nosso Senhor e verdadeiro possuidor de todo poder, não permitir (Mt 16:18; Mt 28:18).
Em nosso meio há quem semeie um medo do agir de satanás de forma exagerada (não que essa preocupação deva ser deixada de lado), quando na verdade existem também outros inimigos perigosos para nossa caminhada cristã e que por muitas vezes não damos muita atenção. Esses inimigos são muitas vezes o que o diabo usa verdadeiramente para nos confundir. Na maioria das vezes o agir do adversário é simplesmente não agir, ou seja, apenas encorajar o inimigo que reside no homem e assistir como este fica confundido e recuado.
Refletindo sobre a ocasião onde Davi enfrenta Golias (sem comparar o gigante com os problemas e outras coisas) percebemos que inimigos muito mais nocivos são desprezados, quando se foca apenas em um inimigo aparente.
Então, saiu do arraial dos filisteus um homem guerreiro, cujo nome era Golias, de Gate, que tinha de altura seis côvados e um palmo. Trazia na cabeça um capacete de bronze e vestia uma couraça de escamas; e era o peso da couraça de cinco mil siclos de bronze. E trazia grevas de bronze por cima de seus pés e um escudo de bronze entre os seus ombros. E a haste da sua lança era como eixo de tecelão, e o ferro da sua lança, de seiscentos siclos de ferro; e diante dele ia o escudeiro.
E parou, e clamou às companhias de Israel, e disse-lhes:
- Para que saireis a ordenar a batalha? Não sou eu filisteu, e vós, servos de Saul? Escolhei dentre vós um homem que desça a mim.  Se ele puder pelejar comigo e me ferir, seremos vossos servos; porém, se eu o vencer e o ferir, então, sereis nossos servos e nos servireis.
Disse mais o filisteu: Hoje, desafio as companhias de Israel, dizendo: Dai-me um homem, para que ambos pelejemos.
Ouvindo, então, Saul e todo o Israel essas palavras do filisteu, espantaram-se e temeram muito.
Você consegue perceber que ao ouvirem as palavras do gigante os verdadeiros inimigos se apresentaram? Sim, espanto e temor!
Se prestarmos atenção às nossas vida veremos quantos são os inimigos de nossa alma; em nossa alma!
Quantas vezes não cumprimos nosso papel como cristãos por causa de adversários que se colocam diante de nós por nós mesmos? Qualquer um que analisar a própria vida perceberá que muitas vezes o verdadeiro inimigo está em si mesmo e é encorajado pelo maligno. Paulo adverte os cristãos em várias ocasiões de suas epístolas a derrotar o inimigo íntimo:
Mortificai, pois, os vossos membros que estão sobre a terra: a prostituição, a impureza, o apetite desordenado, a vil concupiscência e a avareza, que é idolatria; pelas quais coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência; nas quais também, em outro tempo, andastes, quando vivíeis nelas (Cl 3:5) .

Mas, agora, despojai-vos também de tudo: da ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes da vossa boca (1Co 3:5-8).
Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, despertou em mim toda a concupiscência: porquanto, sem a lei, estava morto o pecado (Rm 7:8).
Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne (Gl 5:16).
Tiago também revela contra o que devemos lutar:
Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta.
Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência (Tg 1:13-14).
Deus quer trocar o fruto do nosso pecado pelo seu fruto do  Espírito Santo (Gl 5:22).
Lutemos contra nós mesmos. E uma vez derrotado nosso fruto do pecado, o diabo não terá o que incentivar em nós para nos conduzir à perdição.
Façamos guerra contra a concupiscência, o medo, o temor, a timidez, a altivez, a dúvida, a ira, o preconceito, a discriminação, a lascívia, o ódio, o egoísmo, a avareza, a calúnia, a desobediência, a ingratidão, a irreverência, a traição, o amor pelo dinheiro, a imoralidade, o desrespeito, a falta de fé, o pragmatismo, a língua...
Supliquemos hoje pelo fruto do Espírito e para que Deus em sua infinita misericórdia nos revista de sua armadura para que possamos resistir quando o maligno tentar encorajar o inimigo em nós.

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