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sexta-feira, 13 de setembro de 2013

NOS BASTIDORES DA EDUCAÇÃO SECULAR E DA EDUCAÇÃO CRISTÃ

Imagem extraída do Google Image
Prof. Leonardo Miranda
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Nos artigos anteriores escrevi sobre educação cristã: primeiro apresentei o conceito e as características desta proposta teórica, depois ponderei sobre suas motivações e seus desafios. Neste terceiro e último artigo sobre o referido assunto, apresento as diferenças ideológicas entre a educação não cristã e a cristã como a fim de demonstrar que as duas possuem algumas similaridades, mas, igualmente diferenças significativas que, em logo prazo podem trazer malefícios ou benefícios sociais dependendo de qual das propostas será escolhida na educação de uma geração. Pois bem, prossigamos:

Educação não cristã é também conhecida como “educação secular” que, como o nome já indica, é a perspectiva educacional voltada para o século. Neste caso, a abordagem da educação é feita a partir de uma concepção da realidade cujas explicações de origem e funcionamento passam por teorias não bíblicas, não teístas, mais especificamente influenciadas pelo evolucionismo.[1] Desse modo, como a educação secular exclui Deus de suas considerações e não atenta para as necessidades espirituais de seus alunos, sobram apenas teorias humanistas.[2]

A partir deste conceito a educação tem sido entendida de modo mais genérico, mais amplo, que supõe o desenvolvimento integral do ser humano tanto na sua capacidade física, passando por sua capacidade intelectual quanto moral, objetivando a formação das habilidades, do caráter e da personalidade social.[3] Até este ponto de certa forma os objetivos da educação são louváveis! O problema está no conjunto ideológico que alimenta este alvo.  

A principal teoria usada na pós-modernidade é o construtivismo, que, como já mencionado antes, considera o conhecimento como sendo o resultado da interação entre o aluno e o meio em que vive. A partir dessa premissa, todo conhecimento é uma construção que vai sendo gradativamente formada no relacionamento com os objetos físicos e culturais. Assim, o professor é apenas um agente facilitador que permite ao aluno, segundo sua subjetividade, sua pessoalidade e sua condição peculiar de discernimento, “construir” seu próprio conhecimento.

Nessa perspectiva teórica, tanto o direcionamento ou intervenção dos professores quanto a intervenção dos pais pode ser prejudicial, principalmente se esses adultos agirem como transmissores da realidade[4], pois o alvo principal da educação secular é a obtenção da autonomia do ser humano através da supervalorização da obtenção do conhecimento como resultado das interações sociais.   

Já a educação cristã caminha na contramão da teoria secular defendendo uma abordagem holística, isto é, em todas as direções, considerando não apenas o universo material como alvo de pesquisa, fonte de obtenção de conhecimento e, consequentemente, interesse da educação, como também a realidade metafísica/ espiritual.

A partir destas características, a educação cristã deve ser vista como uma forma particular de educar. Forma esta que não rejeita totalmente os objetivos defendidos pela educação secular (pontos similares), como por exemplo, a necessidade do desenvolvimento do caráter do aluno que o possibilitará viver em sociedade. Contudo, a educação cristã compreende que esse valor de desenvolvimento do caráter deve estar baseado nos princípios estabelecidos por Deus, e, não, pelo humanismo (pontos divergentes).

A base ideológica da educação cristã está em educadores, professores e alunos assumirem uma cosmovisão bíblica, entendendo o ser humano como criado à imagem e semelhança de Deus e não meramente um animal biológico cuja mente deve ser condicionada. Por isso, o principal objetivo dessa educação cristã é levar o educando a viver de tal forma que ele reconheça e adore o seu Criador, a fim de cumprir o propósito para o qual foi criado. Por essa razão essa proposta teórica teísta não oculta sua cosmovisão sob o pretexto da neutralidade ideológica[5], antes, procura desenvolvê-la mediante os currículos e metodologias específicas adotadas.[6]  

Repare que tanto a educação não cristã, ou secular, quanto a cristã, fazem uso da filosofia para articular desde propostas educacionais, passando pelo projeto pedagógico, até o processo ensino-aprendizagem. Portanto, a diferença estrutural entre uma proposta e outra é exatamente a visão de mundo e a filosofia adotada por cada uma. A longo prazo, uma geração que é educada por uma educação meramente secular resultará no desequilíbrio social que possuímos hoje em decorrência das influências do pecado, cujas respostas para as demandas sociais são superficiais e inóspitas. Já, uma geração que é educada pela educação cristã não significará uma sociedade perfeita, contudo, certamente teremos um conjunto de pessoas mais conscientes e eticamente bíblicas.

Pense nisto!


[1] SANTOS, p.158.
[2] De acordo com Santos, a educação secular tem sido influenciada por teorias psicanalíticas que evitam “frustrar a criança” em todos os sentidos. Consequentemente, seus métodos promovem a liberdade irrestrita e não supervisionada dos alunos. Ao invés de Deus, o ser humano é que se torna o centro dessa perspectiva educacional. (SANTOS, p.159)
[3] ARANHA apud SANTOS, p.157.
[4] PORTELA, p.1.
[5] O conteúdo e a metodologia do educador serão sempre determinados por suas crenças mais íntimas. Desse modo, reconhece-se a impossibilidade de uma neutralidade ideológica nas atividades educacionais.
[6] Sobre isso, Santos citando Miller, afirma que a educação cristã possui um caráter distinto ao se comprometer com a realização dos objetivos educacionais por meio de um currículo que integra as variadas áreas do conhecimento com a epistemologia bíblica, dando a atenção integral ao ser humano sempre partindo da cosmovisão bíblica. (SANTOS, p.158)

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