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Prof. Leonardo Miranda
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Nos
artigos anteriores escrevi sobre educação cristã: primeiro apresentei o
conceito e as características desta proposta teórica, depois ponderei sobre suas
motivações e seus desafios. Neste terceiro e último artigo sobre o referido
assunto, apresento as diferenças ideológicas entre a educação não cristã e a
cristã como a fim de demonstrar que as duas possuem algumas similaridades, mas,
igualmente diferenças significativas que, em logo prazo podem trazer malefícios
ou benefícios sociais dependendo de qual das propostas será escolhida na
educação de uma geração. Pois bem, prossigamos:
Educação
não cristã é também conhecida como “educação secular” que, como o nome já
indica, é a perspectiva educacional voltada para o século. Neste caso, a
abordagem da educação é feita a partir de uma concepção da realidade cujas
explicações de origem e funcionamento passam por teorias não bíblicas, não
teístas, mais especificamente influenciadas pelo evolucionismo.
Desse modo, como a educação secular exclui Deus de suas considerações e não
atenta para as necessidades espirituais de seus alunos, sobram apenas teorias
humanistas.
A
partir deste conceito a educação tem sido entendida de modo mais genérico, mais
amplo, que supõe o desenvolvimento integral do ser humano tanto na sua
capacidade física, passando por sua capacidade intelectual quanto moral,
objetivando a formação das habilidades, do caráter e da personalidade social. Até
este ponto de certa forma os objetivos da educação são louváveis! O problema
está no conjunto ideológico que alimenta este alvo.
A
principal teoria usada na pós-modernidade é o construtivismo, que, como já
mencionado antes, considera o conhecimento como sendo o resultado da interação
entre o aluno e o meio em que vive. A partir dessa premissa, todo conhecimento
é uma construção que vai sendo gradativamente formada no relacionamento com os
objetos físicos e culturais. Assim, o professor é apenas um agente facilitador
que permite ao aluno, segundo sua subjetividade, sua pessoalidade e sua
condição peculiar de discernimento, “construir” seu próprio conhecimento.
Nessa
perspectiva teórica, tanto o direcionamento ou intervenção dos professores
quanto a intervenção dos pais pode ser prejudicial, principalmente se esses
adultos agirem como transmissores da realidade,
pois o alvo principal da educação secular é a obtenção da autonomia do ser
humano através da supervalorização da obtenção do conhecimento como resultado
das interações sociais.
Já
a educação cristã caminha na contramão da teoria secular defendendo uma
abordagem holística, isto é, em todas as direções, considerando não apenas o
universo material como alvo de pesquisa, fonte de obtenção de conhecimento e,
consequentemente, interesse da educação, como também a realidade metafísica/ espiritual.
A
partir destas características, a educação cristã deve ser vista como uma forma
particular de educar. Forma esta que não rejeita totalmente os objetivos
defendidos pela educação secular (pontos similares), como por exemplo, a
necessidade do desenvolvimento do caráter do aluno que o possibilitará viver em sociedade. Contudo,
a educação cristã compreende que esse valor de desenvolvimento do caráter deve
estar baseado nos princípios estabelecidos por Deus, e, não, pelo humanismo
(pontos divergentes).
A
base ideológica da educação cristã está em educadores, professores e alunos assumirem
uma cosmovisão bíblica, entendendo o ser humano como criado à imagem e
semelhança de Deus e não meramente um animal biológico cuja mente deve ser
condicionada. Por isso, o principal objetivo dessa educação cristã é levar o
educando a viver de tal forma que ele reconheça e adore o seu Criador, a fim de
cumprir o propósito para o qual foi criado. Por essa razão essa proposta
teórica teísta não oculta sua cosmovisão sob o pretexto da neutralidade
ideológica,
antes, procura desenvolvê-la mediante os currículos e metodologias específicas
adotadas.
Repare
que tanto a educação não cristã, ou secular, quanto a cristã, fazem uso da
filosofia para articular desde propostas educacionais, passando pelo projeto
pedagógico, até o processo ensino-aprendizagem. Portanto, a diferença
estrutural entre uma proposta e outra é exatamente a visão de mundo e a
filosofia adotada por cada uma. A longo prazo, uma geração que é educada por
uma educação meramente secular resultará no desequilíbrio social que possuímos
hoje em decorrência das influências do pecado, cujas respostas para as demandas
sociais são superficiais e inóspitas. Já, uma geração que é educada pela
educação cristã não significará uma sociedade perfeita, contudo, certamente
teremos um conjunto de pessoas mais conscientes e eticamente bíblicas.
Pense nisto!
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