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sábado, 8 de dezembro de 2012

VIVA A VIDA!


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Prof. Leonardo Miranda
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E disse Deus: “Haja vida!”. Obviamente que Deus não disse estas palavras, não literalmente, mas talvez se ousássemos resumir o primeiro capítulo do livro do Gênesis, basicamente, a expressão que melhor define as ações divinas criadoras é esta supracitada. Viver é um presente! A vida em si é muito boa! Existir foi o melhor privilégio que Deus nos concedeu. É lamentável que nem todos pensem desse modo. Todavia a Bíblia apresenta argumentos muito mais consistentes para gostarmos de viver e com a devida coerência e equilíbrio necessários para uma vida saudável de acordo com o propósito de Deus de modo que tanto Ele mesmo fique satisfeito conosco quanto nós mesmos fiquemos conosco.

Evidentemente que pelas mais diversas razões várias pessoas não gostam da vida: razões políticas, de injustiça social, econômica (esta principalmente), por problemas familiares e de tantas outras ordens. Contudo, o que ocorre de fato é que quem afirma não gostar da vida faz uma confusão entre “não gostar da vida” com “não gostar do modo como está vivendo”.

Gostar da vida é fenomenológico; a prova disso é que ninguém quer morrer! E para os que dizem não se importar, pois a dor do sofrimento parece insuportável, os psiquiatras afirmam que o que acontece é que pensar na morte ou desejá-la é apenas um jeito de tentar se livrar da tal dor do sofrimento. Há muitas situações que as pessoas vivem que elas mesmas provocaram como certas doenças por não cuidarem da saúde, há outras totalmente acidentais e que jamais ousamos tentar sequer explicar sua origem ou dar sentido a elas como algumas outras doenças graves que simplesmente surgem e ainda há outras situações que as pessoas vivem porque isto lhes foi imposto por outras pessoas como a pobreza que uma classe econômica impõe sobre a outra. Todavia, todas estas situações são modos como alguém está vivendo, isto não resume a dádiva da vida.

Independente das circunstâncias experimentadas, a resposta bíblica revela que viemos de Deus, devemos viver baseados em Seus princípios e um dia, nós que experimentamos a regeneração em Cristo retornaremos para Ele. No livro do Gênesis encontramos um kit de ferramentas existenciais básicas, três orientações deixadas por Deus para uma vida coerente e equilibrada para o ser humano: 1) a Orientação Espiritual, 2) a Orientação Social e 3) a Orientação Cultural.

A Orientação Espiritual dá informações sobre a essência espiritual dos seres humanos. De acordo com a Bíblia todas as pessoas são existencialmente Imagem e Semelhança de Deus que as cria e devem ter um relacionamento saudável com seu Criador, entre si e consigo mesmas.

A seguir vem a Orientação Social que tem a ver com a criação divina da humanidade. No início Deus criou macho e fêmea e ordenou a união de ambos como uma só carne já possibilitando a fecundidade, a multiplicação e o enchimento da terra. Mas junto disso, veio no “pacote” a condição do ser humano ter uma necessidade de completude social e ao mesmo tempo uma capacidade de se relacionar socialmente.

E finalmente, completando as ferramentas existenciais, seguido das Orientações Espiritual e Social, a Orientação Cultural, conhecida no meio teológico como “mandato cultural” que seria uma extensão da doutrina bíblica da “mordomia cristã”. Nesta última orientação Deus deu a co-regência de toda a Criação ao ser humano.

Se não fosse a entrada do pecado na Criação através do primeiro casal (Adão e Eva) era para o ser humano desenvolver e manter tudo aquilo que havia sido criado por Deus. Todas as distorções espirituais, sociais e culturais têm a sua origem no pecado. Porém Deus já sabia disso e desde antes da fundação do mundo providenciou a vitória sobre o pecado e a morte em Jesus.

A obra de Jesus Cristo restaura a Imagem e Semelhança de Deus em nós, nos possibilita viver dentro do proposto pelo próprio Deus nas orientações Espiritual, Social e Cultural. E quem é que pode viver dentro desta coerência? A igreja, pois é a única comunidade que experimentou a obra regeneradora de Cristo e agora pode servir de testemunho de que o que a Bíblia revela é verdade e o que Cristo faz é real.

É por isso que independente das dificuldades, a pessoa cristã deve entender que qualquer situação é passageira e que a vida em si é um grande presente e a existência é uma dádiva! Se Deus disse haja vida, então respondamos a este convite: viva a vida!

Pense nisto! 

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

SALVOS PARA QUÊ?

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Fabiano Xavier
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Ora, no seu último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior correrão rios de água viva. (Jo.7:37,38)

Já pensou no que Deus quer fazer através de nós? Já imaginou a consequência para nosso mundo de uma real conversão de um ser humano a Deus? Já parou para refletir que se Deus nos constituiu servos (escravos) e nos chama de igreja é porque Ele deseja que provemos nosso amor a Ele, ao próximo e ao restante da criação por meio do trabalho (Jo 21:15-17)?

Se analisarmos a passagem acima, Jesus ao mesmo tempo em que se coloca como quem sacia a sede da alma, também transforma aquele que nele crê em um canal de água viva. Percebemos, então, que Deus não comprou com sangue uma igreja que se aliena em relação ao mundo. Não devemos apenas nos inconformar com relação às coisas que acontecem à nossa volta, mas devemos ser ativistas no sentido de manifestar a Graça de Cristo ao mundo para que nisto Deus seja glorificado.

É chegado o reino de Deus! O desejo de Deus é que todos cheguem ao pleno conhecimento da verdade e nosso papel como canais de sua graça é ensinarmos à sua criação o Evangelho de Cristo, para que todos tenham ardente expectativa somente na fonte, de onde procede toda salvação (At.4:12). Nisso se entende a verdadeira prosperidade cristã, que somos salvos/abençoados não para nós mesmos, mas para abençoar nossos semelhantes.

Deus não nos faz melhores que os outros, e sim melhores para os outros! Claro, devemos não nos conformar com o mundo (Rm.12:2) e muito menos amar as coisas que são dele (1Jo.2:15); porém, perceba que há distinção de acordo com as Escrituras entre “mundo” (coisas corrompidas pelo pecado) e “mundo” que é a criação de Deus (Jo.3:16).

É curioso ver que ao mesmo tempo em que vemos o “mundanismo” (mentalidade social pecaminosa) invadir nossos arraiais em nome de uma visão contábil, o mundo (criação de Deus) é colocado à margem. Querem encher os prédios das instituições, mas não querem gastar tempo com o ensino, consolidando aqueles que irão encher o Reino de Deus.

Assim, para entendermos nosso papel como cristãos, devemos refletir sobre que tipo de contribuição nossa salvação traz à criação: se somos alcançados apenas para sermos mais um no “rol de membros” de uma instituição ou se estamos manifestando a palavra de Deus para alcançar os perdidos (Jo.15:16).

Então, diante da pergunta: Sou salvo para quê? Muito simples: para ser igreja que vive e proclama o Evangelho do Reino de Deus no seu cotidiano!

A igreja deve entender que tudo que foi criado por Deus é bom (Gn.1:31) mas, foi contaminado pelo pecado. Logo, o papel de cada crente é proclamar a Cristo trazendo a realidade do Reino que já é manifesto, pois, só o Cordeiro pode tirar o pecado do mundo para que... Nele sejam todas as coisas reconciliadas (Cl 1:20).

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

SOU, OU NÃO SOU?


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Pr. Paulo Cunha
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“Quem põe a mão no arado e olha para trás, não está apto para o Reino de Deus. (Lucas 9:62).

Muitos cristãos devem meditar e pensar como Deus abre portas e mais portas e eles insistem em fechá-las. Dão um passo a frente e dois para trás! Nunca tomam decisões de enfrentar a vida cristã e pessoal com coragem, determinação e persistência. Parecem que se esquecem das promessas de Deus, que Ele estará conosco até a consumação dos séculos e tudo que pedirmos Ele nos concederá conforme a Sua vontade.

Cristãos estão perdendo a oportunidade de servir ao Senhor melhor e ver suas maravilhas, porque na hora de dar o último passo para servir, estão cheios de inseguranças, indecisões, baixa-autoestima e sempre voltam atrás em suas decisões; andam cambaleantes ao ponto de pensar: “vou ou não vou”, “faço ou não faço”. Demonstram alegria exuberante num momento dando glórias e graças a Deus e noutro momento você olha e contempla este mesmo cristão com uma postura de retroceder, de desistir e de não ter persistência indicando que os laços da vida são mais fortes para derrubá-lo do que a Cruz para levá-lo à vitória.

Alguns, ainda, não conseguem tomar uma postura de cabeça erguida, prosseguindo para o alvo. Conseguem até enxergar os milagres que Deus tem feito em suas vidas, mas preferem olhar para os problemas e não para o solucionador dos problemas. A estes, Deus abre mais uma porta e está ele de novo, arrumando outro problema (ou desculpa) para dificultar o seu próprio crescimento.

Está na hora desde comportamento mudar, a insegurança e a indecisão não fazem parte do Reino. O Evangelho chegou até nós porque tivemos homens e mulheres que tiveram a coragem de enfrentar a vida de frente e os problemas com coragem e fé. E quem vai levar o Evangelho para esta geração? Nós, somente nós! Chega de pés vacilantes! É hora de atitude! Nesta vida sempre teremos problemas e o Diabo sempre estará ao nosso derredor; nunca encontraremos soluções para tudo, mas uma coisa é certa: precisamos dar rumo a nossa vida cristã, tomar decisões, sair de cima do muro. O mundo depende de nós para pregar a Palavra.

Este artigo é um desabafo por vermos a falta da luta de alguns para seguir no ministério que Deus chamou. Deus chama para luta, não para derrota. Ele propõe que morramos pelo nome do Seu Filho Jesus, e não o contrário. Pare!!! Chegou a hora de você cristão escolher se quer ficar com seus dilemas e problemas da vida que não terão fim e a cada dia encontrando outro, dando ouvidos a multidão, mudando de opinião a cada hora, ou tomar uma decisão de não desistir, ir à luta, enfrentar as coisas de frente, sabendo que a nossa luta não é vã no Senhor.

Você não terá tudo o que quer, o mundo não será como passa na sua cabeça, eu não tenho tudo, não acontece tudo que imagino, mas escolho lutar, arriscar, tomar decisões; e se eu tiver que voltar e corrigir a rota, o Senhor me mostrará e farei na humildade e no aprendizado do Mestre. Eu decido lutar e esquecer as opiniões da multidão. Sou Filho do Rei e não empregado das ideias dos outros.

Saia da inércia, pergunte a si mesmo: sou ou não sou chamado por Deus para viver e fazer diferente? Sou ou não sou?

terça-feira, 20 de novembro de 2012

APRENDENDO PELA TRISTEZA

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Pr. Paulo Cunha
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Lembram-se de como Marta foi prática quando Jesus foi cear em sua casa? Se quiser relembrar leia Lucas 10:38-42. Pois aqui está Marta de novo citada no texto de João 11:17-37. Desta vez está pesarosa pela morte de seu irmão, Lázaro, mas não tão desesperada que não possa conversar inteligentemente com seu Senhor. Assim pode aprender muito com esta experiência. Sua irmã Maria, porém, estava tão abatida que parecia que Jesus não podia ensinar-lhe nada. A questão é que em muitas situações nos comportamos como Maria em vez de agir como Marta. Como podemos reagir em tais condições? E tomarmos a mesma atitude que Marta tomou? É sobre isto que vamos refletir “aprendendo com a tristeza”.

Nos versículos 21 e 22 encontramos Marta afirmando ao próprio Jesus que se Ele estivesse presente dias antes seu irmão não teria morrido, contudo, parece que sua fé toma um novo passo para frente ao declarar imediatamente que possui consciência do poder de Jesus diante da adversidade. Muitas vezes a desgraça pode fazer o mesmo para que nossa fé cresça em Cristo. Repare, se Marta teve, então nós também podemos ter uma nova compreensão da fé.

Ainda nos versículos 25 2 26, a narrativa prossegue revelando que Marta estava pronta a ouvir; por isso Jesus pode ensinar-lhe coisas que antes ela não sabia. Houve ali uma nova compreensão da verdade. Observe: Deus pode usar o infortúnio pra tornar-nos mais sábios e mais próximos dEle (se permitirmos isto em nossa vida).

E por fim, além de nova compreensão da fé e da verdade, Marta teve uma nova compreensão do Senhor. No versículo 27 está escrito que Marta respondeu positivamente ao ensinamento de Jesus: “... Sim, Senhor, eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo”. O pesar de Marta a ajudou a conhecer melhor a Cristo e a confiar mais nele. Quem sabe precisamos repetir do fundo do nosso coração as palavras desta grande aprendiz para nos aproximarmos do nosso Mestre Jesus? Fica para reflexão do leitor e de quem vos escreve.

Talvez você não tenha gostado do que eu disse a respeito de Maria, mas é uma verdade registrada na Palavra de Deus. Bem, quem sabe se em seu íntimo ela aprendeu alguma coisa, sem nada dizer? Ao lermos João 12:3, parece-nos que a morte e sepultamento de seu irmão Lázaro e depois o milagre de sua ressurreição realizada por Jesus a ajudou a compreender melhor do ninguém o que é estar aos pés de Cristo e ouvir suas palavras, conselhos e consolação.

Fica para nós a reflexão que no meio de cada experiência que passamos nesta vida, precisamos estar sempre aos pés de Cristo e aprender mais dEle e de sua obra completa na cruz do Calvário; lembrando que Ele ressuscitou e ainda hoje nos ensina como nos portarmos como verdadeiros cristãos. Uma verdade que ecoa há mais de 2.000 anos quando Ele nasceu numa simples manjedoura para nos resgatar do mundo tenebroso das trevas, para sua gloriosa luz.


Soli Deo Gloria

sábado, 10 de novembro de 2012

O QUE FAZ DO CRISTÃO UM LÍDER

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Pr. Paulo Cunha
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Leiam Atos 27:27-44

O texto em questão trata da terceira parte do capítulo 27. Todo o capítulo narra a viagem marítima de Paulo para Roma onde permaneceu preso pelos próximos dois anos seguintes. A primeira parte (v.1 a 12) inicia o relato da partida do apóstolo para Roma, a segunda parte (v.13 a 26) conta sobre uma tempestade que precisou ser enfrentada pelos que estavam presentes na embarcação e a terceira parte (27-44) comenta sobre o naufrágio como resultado da grande tempestade e sobre como todos receberam o livramento de Deus por meio da vida do principal dos protagonistas: o prisioneiro Paulo.

A leitura cuidadosa do texto em questão indica claramente que sem Paulo os demais homens estariam todos perdidos. Sabiam disso, e seguiram suas ordens fielmente. O resultado está no verso 44: “... e que os demais se salvassem, uns em tábuas e outros em quaisquer destroços do navio". Assim chegaram todos à terra salvos.

Lanço uma pergunta ao leitor: O que fez de Paulo o “homem da hora”?

Já que estamos analisando o texto do ponto de vista das características de uma liderança cristã, conseguimos perceber três grandes qualidades no apóstolo: 1) seu sadio bom-senso, 2) seu sadio espírito cristão e 3) seu caráter. Veja:

Paulo não entrou em pânico; muito pelo contrário, deu instruções claras e práticas. O que revela o sadio bom-senso deste líder foi ter a capacidade de perceber os recursos que tinha à sua disposição no momento da dificuldade. Observem alguns detalhes:

“Precisamos dos marinheiros”, disse ele (v. 31). Confiar em Deus não quer dizer assentar-se e esperar milagres. Vejam nos v. 27, 28, 40 e 41 as coisas que só marinheiros hábeis podiam fazer. Diante da crise ou da dificuldade temos que dar o primeiro passo para que Deus intervenha na situação. No Reino de Deus há trabalho para todos, somos “marinheiros” nas mãos de Deus para proclamar o Evangelho sadio e genuíno nesta nossa viagem aos céus.

“Precisamos de alimento”. Paulo rogava a todos que comessem alguma coisa, dizendo: “É já hoje o décimo quarto dia que esperais e permaneceis em jejum, não havendo provado coisa alguma.” (v.33). Estavam fracos por falta de comer; havia serviço pesado a fazer, notem os versos 40-44. Nem mesmo conseguiam alcançar a terra como estavam. Podemos tirar um belo exemplo para nossas vidas espirituais com esta atitude do apóstolo Paulo: vários problemas espirituais de muitos cristãos seriam resolvidos se alimentassem com regularidade do alimento de Deus: A BÍBLIA.

Igualmente, o apóstolo revelou possuir sadio espírito cristão. Isto se salienta; perceba que Paulo se sustentou e levou os outros a confiar nele. Esta atitude nos leva a observar sua fé pessoal (v.34) que não vacilou diante da dificuldade e perigo de morte que estava correndo. Ele não perdeu a chance de mostrar aos que estava naquele navio seu testemunho pessoal de que Deus estava com consigo. Independentemente da situação (v.35) não se envergonhava de confessar o Deus Todo Poderoso perante todos.

E por último, mas não menos importante, o caráter transformado de Paulo (v.43) serviu como testemunho que levou o centurião a arriscar sua carreira para salvar a vida desse prisioneiro por Cristo.

Nesta breve análise vimos que temos que orar muito, mas muito a Deus para que Ele nos faça cristãos que saibam o que fazer numa crise ou em qualquer tipo de dificuldade, e liderar uma igreja, um grupo ou nós mesmos para sairmos do problema enfrentado. Temos que recorrer ao nosso Salvador clamando por seu amor e por seu socorro, crendo pela fé que se a Igreja é de Cristo e se somos dEle, então por misericórdia Ele vai nos ajudar e guiar.

Portanto que abramos nosso coração e aceitarmos a ajuda divina nos momentos difíceis de nossa vida, pois para ser líder, temos antes que sermos servos e seguirmos as palavras de Jesus: “Não é o discípulo mais do que o seu mestre, nem o servo mais do que o seu senhor.” (Mt.10:24). E o nosso mestre é Cristo!

E como isto é possível? Fazendo uso do Alimento Espiritual que é a Bíblia e praticando a Fé!

Soli Deo Gloria.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

CRITICANDO A CRÍTICA

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Prof. Leonardo Miranda
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Buscando inspiração e fatos cotidianos para saber sobre o que escrever, tive a idéia de reler alguns de meus artigos já publicados e encontrei este: “Criticando a crítica”. Quando eu o escrevi a Discipulus ainda não existia; eu nem mesmo pensava em fazer parte deste grupo tão abençoado por Deus. Assim, relendo, decidi, republicar postando no blog exatamente por ver o seu conteúdo como algo ainda relevante e, de certa forma, atual. O texto permanece exatamente como quando o escrevi, até o título permanece original.

Quando a Discipulus nasceu, nossos sonho e objetivo eram, ainda são e continuarão sendo o de fazermos alguma diferença dentro do Cristianismo. Nada de brilhantismo, holofotes, centro das atenções, novas crenças e novas doutrinas ou mesmo novas revelações. Não! Nada disso! A tal diferença é única e exclusivamente o desejo de muitos cristãos honestos diante da crise evangelical eclesiástica de nosso contexto brasileiro: uma tentativa de retorno às Escrituras e ao Evangelho de Cristo. Ousado? Talvez! Sincero na tentativa de glorificar a Deus? Totalmente!

O texto criticando a crítica nasceu de uma reflexão sobre o que eu presenciei nos púlpitos, nos instituições de ensino teológico e nas conversas informais com líderes cristãos: a crítica mordaz, severa e sem misericórdia de algumas pessoas sobre as outras, sem um devido parâmetro, de maneira totalmente inconseqüente não importando a “quem doesse” ou mesmo se decepções ou traumas seriam provocados nos criticados posteriormente.

De certo modo, quando a Discipulus posta um texto escrito por mim ou pelos demais escritores que se doam disponibilizando seus artigos ao blog, é fato que não há como medir a repercussão das mensagens publicadas semanalmente: alguém pode concordar, outro pode discordar, ainda outro pode considerar relevante cada reflexão, mas ser mais comedido entendendo que há talvez certos exageros por parte dos autores, contudo, a intenção da Discipulus é colocar cada leitor para pensar, para ponderar sobre o que está acontecendo na realidade ao seu redor e que, às vezes, devido a uma visão de mundo mais simplista, os fatos passam despercebidos.

Assim, ouso postar este texto em nome da Discipulus, para que todos os leitores vejam o nível de compreensão que temos sobre a delicadeza que é tratar dos assuntos que escrevemos. Somo todos sensíveis quanto a perceber que cada crítica não nos dá alegria, mas, sim, tristeza, pois estamos lutando contra uma situação de corrupção da mensagem original do Evangelho, encontrada na Bíblia e na Ortodoxia. Quem nos dera por der escrever somente coisas boas! Portanto, para todos os que entendem a crítica de modo errôneo e para todos os que entendem que a crítica deve ser feita, mas não sabem o modo de usá-la, deixo este texto como uma sugestão sobre como podemos criticar o sistema corrupto sem “ferir mortalmente” os que pertencem a ele por ignorância ou pela própria corrupção pessoal. Afinal, o Evangelho genuíno, mesmo não compactuando com o pecado, deve transmitir uma mensagem de vida a todos que o ouvem! Faça bom proveito! Boa leitura!
   
Criticando a crítica? É isso mesmo que você acabou de ler querido leitor! É preciso criticar a crítica, é preciso questionar a utilidade da crítica. Afinal, como eu costumo me perguntar, para que serve a crítica se ela não provocar, no mínimo, uma reflexão?

A crítica em si é um instrumento muito útil no que diz respeito a avaliarmos as situações e as obras humanas cotidianas. A crítica é um julgamento. Mas… se é assim, como é possível criticar e não pecar em nosso julgamento? Como é possível criticar e não contrariarmos o ensino do evangelho que nos instrui sobre não julgarmos para não sermos julgados? (Evangelho segundo Mateus 7:1).Se considerarmos que nosso julgamento se restringe a faculdade de examinar e/ou julgar as obras de caráter literário ou artístico, social, político e educacional, sob forma de análise, comentário ou apreciação teórica e/ou estética ou até mesmo nos limitarmos à discussão de fatos históricos, necessariamente não estamos atribuindo condenação a ninguém. Ao contrário, ao limitarmos nossa crítica às obras acima citadas, nos concentramos em apenas examiná-las censurando o que não gostarmos ou acharmos que é injusto ou reconhecendo o valor de uma idéia por seu grau de perfeição e originalidade e, nalguns casos, o benefício que produzirá à sociedade. O grande problema é quando associamos a crítica ao julgamento das pessoas. Isso sim é condenável de acordo com o ensino do evangelho dado por Jesus. Pois nesses casos, o que é a crítica senão o julgamento advindo da sugestão social que provoca no “criticado” a falsa culpa?

Ao criticarmos uma pessoa demonstramos preconceito e contribuímos para a formação de uma baixa auto-estima. Ao criticarmos uma pessoa demonstramos a distorção do pecado que há em nós, cuja tendência nos induz a censuramos ou condenarmos aquilo que, inconscientemente, desejamos ter ou ser, mas não temos coragem de assumir e não suportamos o fato de que o outro seja ou tenha e nós não.

Então, qual deve ser nossa posição em relação à crítica? Muito simples, devemos assumi-la como uma ferramenta de discernimento. Criticar as obras e não às pessoas significa ou demonstra que somos seres pensantes e que ninguém tem o direito de nos enganar e/ou manipular, seja em benefício próprio ou de outros. Daí se conclui que é preciso criticar a crítica! É preciso criticar a crítica quando essa não gera nenhuma reflexão, é preciso criticá-la quando se percebe que o “ataque” é desferido contra a pessoa, contra o “autor” da fala, da ação ou do objeto; é preciso criticar a crítica quando se percebe que o “crítico” não tem motivos conscientes, claros, consistentes, coerentes, plausíveis, objetivos e benéficos para criticar, isto é, quando o crítico critica simplesmente porque já foi dominado pela crítica ao invés de dominá-la e agora sua mente já não faz uso da razão corretamente sem lançar uma crítica qualquer.

É preciso criticar a crítica quando se vê claramente que sua origem está na inveja que o crítico sente do criticado. Nessas situações percebe-se notoriamente que o crítico, no afã de mostrar publicamente que é alguém que pensa, perdeu a humildade e não consegue discernir e reconhecer que outros também podem ter originalidade e competência para falar, opinar, agir e criar momentos, ações ou objetos.

Essa crítica é chamada de “má crítica” ou “crítica destrutiva”. E onde a encontramos? Geralmente nalguns conselhos, nem todos, mas certamente em alguns; nos ambientes de trabalho, no meio de pessoas invejosas e na própria Igreja. Observe que quando os maus conselheiros, os invejosos, os competidores concorrentes no ambiente de trabalho e alguns cristãos criticam, estão na verdade, querendo dizer nas “entrelinhas” que eles pensam, falam ou agem com mais prudência, melhor ou com mais capacidade do que os criticados, revelando então, que os criticados não sabem viver sua própria vida. Isso restringe a liberdade de pensamento e decisão do criticado.

Para esse combate sugiro duas ferramentas: uma usada em mim mesmo se eu for o crítico e a outra sobre aquele que projeta a crítica, ou seja, se o crítico for outra pessoa:

A primeira eu intitulo de “crítica introspectiva” e funciona em mim: quando eu desenvolvo uma crítica devo me perguntar, criticando a mim mesmo, o porquê de minha crítica e qual o seu alvo; assim saberei se minha crítica procede ou não. Se a resposta for positiva, isto é, se proceder, se minha crítica for sobre a obra do autor e sua origem não estiver na inveja, na falta de humildade, ou na falta de discernimento; a seguir devo observar se ocorrerá conseqüentemente uma reflexão que me leve a duas mudanças em minha vida 1)aprender com o acerto ou o erro do autor para me tornar uma pessoa melhor, jamais desprezando ou inferiorizando o autor por seu erro, se assim acontecer; e 2)se eu fosse o autor como eu faria e de que forma isso beneficiaria também aos demais, além de mim mesmo, na medida do possível.

A segunda eu intitulo de “crítica da crítica” e funciona na pessoa que criticou: ao ouvir a crítica devo perguntar sutilmente qual a razão dessa e o que o crítico observou para desferir sua crítica. Pelo simples uso da lógica o crítico se denunciará se suas razões não forem consistentes. Pois naturalmente ao demonstrar seu objeto de crítica, seja a pessoa criticada, isto é o autor, ou não, ao ser questionado o porquê de sua crítica se o crítico demonstrar falta de domínio do assunto ou desdenho, já se saberá que essa critica não tem fundamento nem lógico, nem pedagógico e nem bíblico.

Sei que escrever sobre o tema proposto nesses tempos em que a individualidade tem sido “endeusada” com o apoio da relatividade e da subjetividade não é fácil, e talvez seja necessária uma avaliação mais completa, que por sua vez, exija certo nível de complexidade tendo em vista decidirmos quais os apontamentos ou quais os parâmetros que devemos usar para afirmar quando alguém está dando um mau conselho ou está com inveja do criticado. Inclusive a própria Bíblia está recheada de instruções sobre os benefícios da multidão de conselheiros e conselhos. Todavia certo é que alguns dos apontamentos usados neste artigo e que devem ser combatidos são a inveja, a falta de humildade e a falta de discernimento. Portanto, querido leitor, todas as vezes que percebermos que a crítica feita ergue-se contra a pessoa, e sua origem está numa dessas razões acima citadas devemos combatê-la, devemos criticá-la, devemos criticar a crítica.

Pense nisto!

terça-feira, 16 de outubro de 2012

FÉ, ESPERANÇA E AMOR





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Jader Faleiro
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Ao analisarmos o contexto em que o apóstolo Paulo escreve a carta aos coríntios é impossível não fazer um paralelo com a atual situação da igreja. A contemporaneidade com das palavras ditas pelo apóstolo são de causar arrepios àqueles que vislumbram a crise em que se encontra a igreja no século XXI, vejamos o que diz o texto:

Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa, e que não haja entre vós divisões; antes sejais unidos em um mesmo pensamento e em um mesmo parecer. Porque a respeito de vós, irmãos meus, me foi comunicado pelos da família de Cloé que há contendas entre vós. Quero dizer com isto, que cada um de vós diz: Eu sou de Paulo, e eu de Apolo, e eu de Cefas, e eu de Cristo. Está Cristo dividido? foi Paulo crucificado por vós? ou fostes vós batizados em nome de Paulo?” (1ª Coríntios 1:10-13)

Paulo começa rogando para que os irmãos digam as mesmas coisas uns aos outros, e que não haja divisões na igreja. É impossível não pensarmos como hoje são pregados vários discursos dentro da mesma igreja, como são levantadas tantas bandeiras representando a mesma cruz e como o partidarismo tem corrompido a pregação do Evangelho. Ao dizer que devemos ter um só discurso Paulo não está censurando a criatividade, ou a liberdade de expressão da igreja. Não! Ele está alertando a igreja! Pois a diferença de pensamentos é o principio da divisão, pois hoje temos uma igreja multifacetada onde no mesmo ambiente você encontra vários grupos.

Desde o grupo dos pentecostais, dos tradicionais, dos teólogos, passando pelo grupo dos que defendem a teoria da prosperidade e dos que são radicalmente contra tal crença, até o grupo dos “adoradores” e daqueles que não estão preocupados com nada.

Nesse contexto alguém pode dizer que a igreja é isso mesmo: ela é feita destas diferenças e eu concordo, porém esta pluralidade somada à ausência de conhecimento bíblico e, porque não dizer, somada à ausência de novo nascimento, tem resultado em um show de divisões em nossas igrejas locais. O problema não está no que a pessoa crê, mas está nela por causa de sua crença. A pessoa é capaz de se posicionar contra seu irmão alegando sempre que estar certa: “eu sou de Paulo, eu sou de Apolo, eu sou de Pedro”. Como temos ouvido este discurso, porém com outras palavras!

Na verdade temos contemplado uma igreja espiritualmente imatura, pessoas que não aceitam nenhuma repreensão, nenhuma exortação. Vivemos um tempo em que as pessoas não se adéquam aos padrões do Evangelho, mas procuram “um evangelho” que se adéque aos seus padrões e se por ventura não encontram, simplesmente elas criam um. Quantas vezes não presenciamos pessoas que saíram de suas igrejas somente por não ter concordado com uma situação, ou porque não aceitaram a correção de um líder, como meninos saem correndo em busca de um evangelho que possa lhes massagear o ego.

Em uma carta em que vemos o apóstolo Paulo exortar de tal maneira uma igreja, ele resume seu discurso nas palavras do capítulo treze falando sobre o amor:

“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá. Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos. Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor”. (1ª Coríntios 13:1-13)

Só conseguimos entender o que Paulo disse nesse capitulo quando traçamos um paralelo com a situação de divisão na qual a igreja de Corinto estava enfrentando: muitos dons, muita coisa acontecendo, muito pecado, muita conversa, muitos grupos, mas Paulo resume sua exortação aos coríntios dizendo que “se não tivesse amor de nada valeria”. Temos vivido em uma época onde a igreja está perdendo seu amor, onde o poder, a politicagem, a conveniência, o conformismo com esse século tem possuído os corações das pessoas e infelizmente da maioria dos cristãos.

Na atual crise de identidade que a igreja se encontra, nos resta “a fé, a esperança e o amor” e que o nosso amor seja maior do que todas as outras coisas a ponto de lutarmos pelo evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

PACTO DE LAUSANNE – 3º Parte: UM APELO PARA O RESGATE DA VERDADEIRA IDENTIDADE DA IGREJA



Imagem extraída do Google Image

Prof. Leonardo Miranda

Este é o terceiro e último texto da qual nos beneficiamos em reflexão sobre o Pacto de Lausanne. Os 15 artigos firmados como compromissos continuam atuais e coerentemente apelativos à nossa consciência. Portanto, nada melhor do que ponderarmos sobre a realidade da Igreja brasileira a partir deste documento tão importante.

No primeiro texto refleti sobre a reafirmação do compromisso da Igreja e seu papel na sociedade a partir dos cinco primeiros artigos. No segundo texto destaquei, a partir de mais cinco artigos subseqüentes, o que intitulei como pecados coletivos da Igreja ao nos apegarmos à centralização nas atividades do templo e na falta de evangelização genuína. Neste terceiro texto exponho os cinco últimos artigos mostrando que o seu conteúdo é suficiente para percebermos que diante de nos arrependermos de nossas práticas pseudo-evangélicas, ainda há tempo de assumirmos a verdadeira identidade que Cristo legou à sua Igreja. Vejamos:

11. Educação e liderança: Confessamos que às vezes temos nos empenhado em conseguir o crescimento numérico da igreja em detrimento do espiritual, divorciando a evangelização da edificação dos crentes. [...] Reconhecemos que há uma grande necessidade de desenvolver a educação teológica, especialmente para líderes eclesiásticos. Em toda nação e em toda cultura deve haver um eficiente programa de treinamento para pastores e leigos em doutrina, em discipulado, em evangelização, em edificação e em serviço. Este treinamento não deve depender de uma metodologia estereotipada, mas deve se desenvolver a partir de iniciativas locais criativas, de acordo com os padrões bíblicos.

12. Conflito espiritual: Cremos que estamos empenhados num permanente conflito espiritual com os principados e postestades do mal, que querem destruir a igreja e frustrar sua tarefa de evangelização mundial. Sabemos da necessidade de nos revestirmos da armadura de Deus e combater esta batalha com as armas espirituais da verdade e da oração. Pois percebemos a atividade no nosso inimigo, não somente nas falsas ideologias fora da igreja, mas também dentro dela em falsos evangelhos que torcem as Escrituras e colocam o homem no lugar de Deus. Precisamos tanto de vigilância como de discernimento para salvaguardar o evangelho bíblico. Reconhecemos que nós mesmos não somos imunes ao perigo de capitularmos ao secularismo. [...] por vezes tem acontecido que, na ânsia de conseguir resultados para o evangelho, temos comprometido a nossa mensagem, temos manipulado os nossos ouvintes com técnicas de pressão, e temos estado excessivamente preocupados com as estatísticas, e até mesmo utilizando-as de forma desonesta. A igreja tem que estar no mundo; o mundo não tem que estar na igreja.

13. Liberdade e perseguição: [...] oramos pelos líderes das nações e com eles instamos para que garantam a liberdade de pensamento e de consciência, e a liberdade de praticar e propagar a religião, de acordo com a vontade de Deus, e com o que vem expresso na Declaração Universal do Direitos Humanos. Também expressamos nossa profunda preocupação com todos os que foram injustamente encarcerados, especialmente com nossos irmãos que estão sofrendo por causa do seu testemunho do Senhor Jesus. Prometemos orar e trabalhar pela libertação deles. Ao mesmo tempo, recusamo-nos a ser intimidados por sua situação. Com a ajuda de Deus, nós também procuraremos nos opor a toda injustiça e permanecer fiéis ao evangelho, seja a que custo for. Não nos esqueçamos de que Jesus nos preveniu de que a perseguição é inevitável.

14. O poder do Espírito Santo: Cremos no poder do Espírito Santo. O pai enviou o seu Espírito para dar testemunho do seu Filho. Sem o testemunho dele o nosso seria em vão. Convicção de pecado, fé em Cristo, novo nascimento cristão, é tudo obra dele. De mais a mais, o Espírito Santo é um Espírito missionário, de maneira que a evangelização deve surgir espontaneamente numa igreja cheia do Espírito. A igreja que não é missionária contradiz a si mesma e debela o Espírito. A evangelização mundial só se tornará realidade quando o Espírito renovar a igreja na verdade, na sabedoria, na fé, na santidade, no amor e no poder. Portanto, instamos com todos os cristãos para que orem pedindo pela visita do soberano Espírito de Deus, a fim de que o seu fruto todo apareça em todo o seu povo, e que todos os seus dons enriqueçam o corpo de Cristo. Só então a igreja inteira se tornará um instrumento adequado em Suas mãos, para que toda a terra ouça a Sua voz.

15. O retorno de Cristo: Cremos que Jesus Cristo voltará pessoal e visivelmente, em poder e glória, para consumar a salvação e o juízo. Esta promessa de sua vinda é um estímulo ainda maior à evangelização, pois lembramo-nos de que ele disse que o evangelho deve ser primeiramente pregado a todas as nações. Acreditamos que o período que vai desde a ascensão de Cristo até o seu retorno será preenchido com a missão do povo de Deus, que não pode parar esta obra antes do Fim. Também nos lembramos da sua advertência de que falsos cristos e falsos profetas apareceriam como precursores do Anticristo. Portanto, rejeitamos como sendo apenas um sonho da vaidade humana a idéia de que o homem possa algum dia construir uma utopia na terra. A nossa confiança cristã é a de que Deus aperfeiçoará o seu reino, e aguardamos ansiosamente esse dia, e o novo céu e a nova terra em que a justiça habitará e Deus reinará para sempre. Enquanto isso, rededicamo-nos ao serviço de Cristo e dos homens em alegre submissão à sua autoridade sobre a totalidade de nossas vidas.

A leitura destes artigos só confirma a compreensão bíblico-doutrinária sobre a Igreja de Cristo que traduz a sua verdadeira identidade. Observe:

Enquanto estiver pregando o Evangelho a Igreja é operante, aguardando a volta de Cristo quando finalmente será triunfante e gozará de paz eterna. Enquanto estiver labutando pela causa de Cristo, ela é a representante dos interesses de Deus neste mundo. Enquanto estiver vivendo (praticando) os ensinos bíblicos individual e coletivamente, assumindo uma visão cristã de mundo, a Igreja demonstra visivelmente a realidade, a presença e o poder invisíveis do Reino de Deus neste mundo. E é claro que esta visão de mundo é algo que vai muito além de simplesmente dizer para alguém “Jesus te ama...”, envolve assumir uma visão bíblico-ética em todas as instâncias funcionais das atividades humanas em todas as manifestações culturais em todo o planeta (mas isto fica para outro artigo!).

Mas tudo isto só será possível ser feito, evidentemente, por meio da graça de Deus, e da consciência coletiva de todo aquele que se diz “igreja”. Desse modo faço aqui uma convocação: você que lê este artigo, pondere nas palavras finais do Documento, logo abaixo e reflita sobre de que modo este texto ou os três textos que escrevi sobre o Pacto de Lausanne interferiram (ou não) na sua forma de crer e viver seu compromisso com Deus!   

Portanto, à luz desta nossa fé e resolução, firmamos um pacto solene com Deus, bem como uns com os outros, de orar, planejar e trabalhar juntos pela evangelização de todo o mundo. Instamos com outros para que se juntem a nós. Que Deus nos ajude por sua graça e para a sua glória a sermos fiéis a este Pacto! Amém. Aleluia!

[Lausanne, Suíça, 1974]

Pense nisto!

domingo, 30 de setembro de 2012

Quem é o inimigo, quem é você?


                                               



Fabiano Xavier
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Você sabe quem é seu verdadeiro inimigo?
É comum ouvir no meio cristão que o diabo é nosso inimigo. De fato ele é adversário, salvo, quando se age verdadeiramente como igreja, pois qual seria outro motivo dele se levantar contra um mísero homem que somos cujas vidas são tão efêmeras (Tg 4:14)? Na verdade, como inimigo de Deus ele luta contra sua criação. Logo, o sentido de se levantar contra os eleitos se deve ao fato dele se opor a Deus. O que quero dizer é que por mais que o diabo esteja ao nosso derredor (1Pe 5:8), ele nada pode fazer contra a igreja se Cristo, nosso Senhor e verdadeiro possuidor de todo poder, não permitir (Mt 16:18; Mt 28:18).
Em nosso meio há quem semeie um medo do agir de satanás de forma exagerada (não que essa preocupação deva ser deixada de lado), quando na verdade existem também outros inimigos perigosos para nossa caminhada cristã e que por muitas vezes não damos muita atenção. Esses inimigos são muitas vezes o que o diabo usa verdadeiramente para nos confundir. Na maioria das vezes o agir do adversário é simplesmente não agir, ou seja, apenas encorajar o inimigo que reside no homem e assistir como este fica confundido e recuado.
Refletindo sobre a ocasião onde Davi enfrenta Golias (sem comparar o gigante com os problemas e outras coisas) percebemos que inimigos muito mais nocivos são desprezados, quando se foca apenas em um inimigo aparente.
Então, saiu do arraial dos filisteus um homem guerreiro, cujo nome era Golias, de Gate, que tinha de altura seis côvados e um palmo. Trazia na cabeça um capacete de bronze e vestia uma couraça de escamas; e era o peso da couraça de cinco mil siclos de bronze. E trazia grevas de bronze por cima de seus pés e um escudo de bronze entre os seus ombros. E a haste da sua lança era como eixo de tecelão, e o ferro da sua lança, de seiscentos siclos de ferro; e diante dele ia o escudeiro.
E parou, e clamou às companhias de Israel, e disse-lhes:
- Para que saireis a ordenar a batalha? Não sou eu filisteu, e vós, servos de Saul? Escolhei dentre vós um homem que desça a mim.  Se ele puder pelejar comigo e me ferir, seremos vossos servos; porém, se eu o vencer e o ferir, então, sereis nossos servos e nos servireis.
Disse mais o filisteu: Hoje, desafio as companhias de Israel, dizendo: Dai-me um homem, para que ambos pelejemos.
Ouvindo, então, Saul e todo o Israel essas palavras do filisteu, espantaram-se e temeram muito.
Você consegue perceber que ao ouvirem as palavras do gigante os verdadeiros inimigos se apresentaram? Sim, espanto e temor!
Se prestarmos atenção às nossas vida veremos quantos são os inimigos de nossa alma; em nossa alma!
Quantas vezes não cumprimos nosso papel como cristãos por causa de adversários que se colocam diante de nós por nós mesmos? Qualquer um que analisar a própria vida perceberá que muitas vezes o verdadeiro inimigo está em si mesmo e é encorajado pelo maligno. Paulo adverte os cristãos em várias ocasiões de suas epístolas a derrotar o inimigo íntimo:
Mortificai, pois, os vossos membros que estão sobre a terra: a prostituição, a impureza, o apetite desordenado, a vil concupiscência e a avareza, que é idolatria; pelas quais coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência; nas quais também, em outro tempo, andastes, quando vivíeis nelas (Cl 3:5) .

Mas, agora, despojai-vos também de tudo: da ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes da vossa boca (1Co 3:5-8).
Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, despertou em mim toda a concupiscência: porquanto, sem a lei, estava morto o pecado (Rm 7:8).
Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne (Gl 5:16).
Tiago também revela contra o que devemos lutar:
Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta.
Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência (Tg 1:13-14).
Deus quer trocar o fruto do nosso pecado pelo seu fruto do  Espírito Santo (Gl 5:22).
Lutemos contra nós mesmos. E uma vez derrotado nosso fruto do pecado, o diabo não terá o que incentivar em nós para nos conduzir à perdição.
Façamos guerra contra a concupiscência, o medo, o temor, a timidez, a altivez, a dúvida, a ira, o preconceito, a discriminação, a lascívia, o ódio, o egoísmo, a avareza, a calúnia, a desobediência, a ingratidão, a irreverência, a traição, o amor pelo dinheiro, a imoralidade, o desrespeito, a falta de fé, o pragmatismo, a língua...
Supliquemos hoje pelo fruto do Espírito e para que Deus em sua infinita misericórdia nos revista de sua armadura para que possamos resistir quando o maligno tentar encorajar o inimigo em nós.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

O QUE FAÇO, FAÇO PARA...?


Fabiano Xavier
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   “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus.”
(1Co 10:31)

Evoluir é algo inerente ao ser humano. Nascemos e logo queremos andar, nos comunicar, aprender e socializar no impulso de crescer como seres criados à imagem e semelhança de Deus.  E tudo isto é muito bom, pois todas as pulsões de energia que nos conduzem são dádivas de Deus a partir do fôlego de vida.


O problema da criação é o pecado, que direciona tudo que nos dá força motriz (nossas paixões, potencialidades, desejos) para aquilo que desagrada a Deus por causa do coração enganoso (Jr.17:9). Somos impelidos a nos distanciar da vontade boa, perfeita e agradável do Criador, assim aquilo que deveria ser para a glória do Senhor acaba sendo "pedra de tropeço", que nos aproxima de uma eternidade de trevas.

Por isso entender que só a graça pode transformar o homem caído, para que ele, pelo sangue de Cristo, viva para a glória do Pai experimentando sua misericórdia em todo tempo, muda nossa consciência e nos livra de uma vida religiosa falsa recheada de valores próprios, vazia de orientação evangelical, de legalismos e esforços inúteis de se fazer aquilo que é de competência apenas de Jesus o Filho de Deus. De acordo com a Bíblia recebemos perdão, graça e misericórdia. Podemos então desfrutar da forma correta das maravilhas da criação de Deus.

Outra questão ainda é compreender que podemos glorificar a Deus em tudo que fazemos e não necessariamente só no exercício de nossa fé na religião. Você já pensou que sua profissão secular, por exemplo, é uma forma de glorificar a Deus? Por exemplo como um bom advogado, engenheiro, administrador, vendedor, etc.? Podemos ser testemunhas de Deus, não só com o comportamento cristão, mas nas ações decorrentes da vida cotidiana, sendo éticos, desenvolvendo nossas ações de forma correta, procurando contribuir para a sociedade, obedecendo as leis, preservando o meio ambiente, tendo uma verdadeira consciência política, lutando pela democracia, justiça social, sendo um bom cidadão, entre outros exemplos.

Tendo a vida transformada, não somos mais nós, mas Cristo passa a viver em nós. Consequentemente nossas ações passam a partir da perspectiva da palavra de Deus que revela sua vontade para seus filhos. Só aí nossas ações deixam de ser conduzidas pela "carne", a qual é sepultada no velho homem pelo poder redentor da cruz. Assim, todo nosso exercício de vida glorifica a Deus e é por meio dele realizado. Ainda que imperfeitos na terra, com tropeços, a direção de nossas ações é dada pelo Senhor, que nos molda em todo tempoaté que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, o varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo”. (Ef 4:13)

sábado, 1 de setembro de 2012

PACTO DE LAUSANNE: 2ª parte – A DENUNCIA DO PECADO COLETIVO DA IGREJA


Extraído do Google Imagens

 Prof. Leonardo Miranda
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Outro dia desses me deparei com uma pessoa cujo principal questionamento é sobre sua insatisfação com o culto do domingo. Conhecendo esta pessoa como eu conheço, sei que apesar de ser falha como todo ser humano, ele é um cristão compromissado com Deus. Portanto, não entrando no mérito da compreensão monergista ou sinergista de vida cristã, mas considerando a crises que ele e vários outros cristãos têm mesmo diante de uma vida piedosa, resolvi ponderar sobre a tal crise a partir do Pacto de Lausanne, documento expedido como resultado do Congresso Mundial de Evangelização. Então, conforme já anunciamos no artigo anterior (07/07/2012), este é o segundo artigo sobre o Pacto de Lausanne. Abaixo, a síntese de mais cinco diretrizes que ressaltam o compromisso firmado no evento de 1974.

6. A Igreja e a evangelização: Afirmamos que Cristo envia o seu povo redimido ao mundo assim como o Pai o enviou, e que isso requer uma penetração de igual modo profunda e sacrificial. [...] Na missão de serviço sacrificial da igreja a evangelização é primordial. [...] requer que a igreja inteira leve o evangelho integral ao mundo todo. A igreja ocupa o ponto central do propósito divino para com o mundo, e é o agente que ele promoveu para difundir o evangelho. Mas uma igreja que pregue a Cruz deve, ela própria, ser marcada pela Cruz. Ela torna-se uma pedra de tropeço para a evangelização quando trai o evangelho ou quando lhe falta uma fé viva em Deus, um amor genuíno pelas pessoas, ou uma honestidade escrupulosa em todas as coisas, inclusive em promoção e finanças. A igreja é antes a comunidade do povo de Deus do que uma instituição, e não pode ser identificada com qualquer cultura em particular, nem com qualquer sistema social ou político, nem com ideologias humanas.

7. Cooperação na evangelização: Afirmamos que é propósito de Deus haver na igreja uma unidade visível de pensamento quanto à verdade. A evangelização também nos convoca à unidade, porque o ser um só corpo reforça o nosso testemunho, assim como a nossa desunião enfraquece o nosso evangelho de reconciliação. [...] Confessamos que o nosso testemunho, algumas vezes, tem sido manchado por pecaminoso individualismo e desnecessária duplicação de esforço. [...]

8. Esforço conjugado de Igrejas na evangelização: [...] Deus está levantando das igrejas mais jovens um grande e novo recurso para a evangelização mundial, demonstrando assim que a responsabilidade de evangelizar pertence a todo o corpo de Cristo. Todas as igrejas, portando, devem perguntar a Deus, e a si próprias, o que deveriam estar fazendo tanto para alcançar suas próprias áreas como para enviar missionários a outras partes do mundo. Deve ser permanente o processo de reavaliação da nossa responsabilidade e atuação missionária. Também agradecemos a Deus pela existência de instituições que laboram na tradução da Bíblia, na educação teológica, no uso dos meios de comunicação de massa, na literatura cristã, na evangelização, em missões, no avivamento de igrejas e em outros campos especializados. Elas também devem empenhar-se em constante auto-exame que as levem a uma avaliação correta de sua eficácia como parte da missão da igreja.

9. Urgência da tarefa evangelística: [...] mais de dois terços da humanidade, ainda estão por serem evangelizadas. Causa-nos vergonha ver tanta gente esquecida; continua sendo uma reprimenda para nós e para toda a igreja. [...] Deve haver um fluxo cada vez mais livre de missionários entre os seis continentes num espírito de abnegação e prontidão em servir. [...] Não podemos esperar atingir esse alvo sem sacrifício. Todos nós estamos chocados com a pobreza de milhões de pessoas, e conturbados  pelas injustiças que a provocam. Aqueles dentre nós que vivem em meio à opulência aceitam como obrigação sua desenvolver um estilo de vida simples a fim de contribuir mais generosamente tanto para aliviar os necessitados como para a evangelização deles.

10. Evangelização e cultura: O desenvolvimento de estratégias para a evangelização mundial requer metodologia nova e criativa. A cultura deve sempre ser julgada e provada pelas Escrituras. Porque o homem é criatura de Deus, parte de sua cultura é rica em beleza e em bondade; porque ele experimentou a queda, toda a sua cultura está manchada pelo pecado, e parte dela é demoníaca. O evangelho não pressupõe a superioridade de uma cultura sobre a outra, mas avalia todas elas segundo o seu próprio critério de verdade e justiça, e insiste na aceitação de valores morais absolutos, em todas as culturas. As missões, muitas vezes têm exportado, juntamente com o evangelho, uma cultura estranha, e as igrejas, por vezes, têm ficado submissas aos ditames de uma determinada cultura, em vez de às Escrituras. Os evangelistas de Cristo têm de, humildemente, procurar esvaziar-se de tudo, exceto de sua autenticidade pessoal, a fim de se tornarem servos dos outros, e as igrejas têm de procurar transformar e enriquecer a cultura; tudo para a glória de Deus.

Lendo cada uma destes artigos de fé causa-me espanto em perceber o quão distante estamos de nosso compromisso como Igreja do Senhor; e foi exatamente a este diagnóstico que chegamos, o rapaz da crise e eu, ao dialogarmos sobre sua vida cristã. Concluo que há dois problemas no contexto de vida dele: o problema externo e o problema interno.

O externo refere-se a ausência do compromisso evangelizador da Igreja de hoje. Praticamente tudo o que os 5 artigos mencionam sobre a autenticidade da mensagem cristã, a não-adulteração do conteúdo do Evangelho e sobre o sacrifício em prol de que vidas sejam alcançadas, não tem sido uma prática no cotidiano de muitas denominações. Muitos têm se concentrado nas atividades de dentro do templo como se somente isto fosse considerado “obra de Deus”, quando, do ponto de vista da dinâmica para a qual a Igreja foi vocacionada por Jesus, os trabalhos do templo são secundários (não menos importantes, mas secundários).

O foco deve ser a comunhão que vai além do templo, tendo em vista que nalgumas culturas ou subculturas não há templos, ou por opção da comunidade cristã, ou por não terem condições políticas ou econômicas de possuírem um templo.

O outro problema, o interno, não menos pernicioso, é a consequência dos problemas externos. Note, como cristão, individualmente cada pessoa faz parte de uma comunidade reconhecida pela Bíblia como “corpo de Cristo” de modo que se um, no corpo, padece, logo todo o corpo sofre. Se um líder adultera a mensagem do Evangelho ou se um grupo boicota a sua participação nas atividades fora do templo como visitas evangelísticas, logo todos padecem. Certo pastor disse uma vez que “o crente velho vira capeta dentro da Igreja” e outro pastor disse que muitas vezes “os mais velhos atrapalham os mais novos na fé de prosseguirem corretamente a sua caminhada”. Isto é bem simples de entender!

Se um novo convertido que está sendo discipulado sobre a vida cristã percebe que um cristão mais antigo de conversão faz tudo ao contrário do que aprendeu, é certo que o mais novo, além de ver isto como um mau testemunho, poderá se sentir desestimulado em sua caminhada. Resultado: um cristão, individualmente, atinge negativamente outro cristão e gera um problema interno no afetado, que pode não se sentir mais estimulado no corpo de Cristo, comunitariamente, para seguir a vida cristã.

Como se pode perceber, este rapaz e várias outras pessoas padecem de uma crise que não pode ser constituída como pecado da parte deles e muito menos como demoníaca. Que tal se a virmos como uma ação divina, em que o Espírito Santo esteja queimando cada coração insatisfeito, gerando temor e um ardente desejo de retornar ao compromisso da comunhão e da evangelização conforme o proposto no Pacto de Lausanne?

Talvez seja a hora de os insatisfeitos com o culto se pronunciarem com amor, misericórdia e sensatez bíblica denunciando o pecado coletivo de omissão desta geração de cristãos adormecidos, cuja frieza em relação ao amor ao próximo e a cegueira dos interesses pessoais seja motivo suficiente para que revejam seus conceitos, sua postura diante da humanidade e se arrependam assumindo para si o Evangelho genuíno.

Pense nisto!